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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

Músicas Não Tão Ao Calhas - Boom

 

Assim está melhor.

 

Na passada sexta-feira, dia 27 de agosto, a banda canadiana Simple Plan lançou um novo single, retirado do seu quinto álbum de estúdio, ainda sem título, ainda sem data de lançamento, ainda inacabado ao que parece. A canção, chamada Boom, não era totalmente desconhecida dos fãs, visto que já tinha sido apresentada ao vivo no fim do ano passado, sob a forma acústica. Aparentemente, Saturday foi apenas um single promocional (que alívio!), Boom é o verdadeiro primeiro single, veio com videoclipe e tudo.

 

Como poderão ler aqui, o avanço anterior deste álbum desconhecido, Saturday, desiludiu-me. No entanto, como já gostava da versão acústica de Boom, era altamente provável que fosse gostar da versão de estúdio. E foi o que aconteceu.

 

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Ainda não sei de qual versão gosto mais, se da acústica, se da com banda completa. De qualquer forma, em ambas o ponto forte é a letra: faz-me lembrar Still Into You no sentido em que fala de um amor que tem resistido ao tempo e a um mundo imperfeito. A minha parte favorita da letra é o refrão: o verso em que o narrador compara a amada a uma canção preferida é uma das coisas mais românticas que já ouvi. Encontrar alguém que nos emocione continuamente, que nos console, que nos faça sentir vivos da maneira como só as músicas da nossa vida conseguem (efeitos que, de resto, já foram muito bem descritos em This Song Saved My Life) é algo a que todos nós devemos aspirar.

 

Tirando a parte dos "Boom!", se calhar, a versão acústica seria mais adequada à letra romântica. Na versão de estúdio, a letra perde-se um pouco no meio das guitarras barulhentas e bateria frenética, da sonoridade explosiva a condizer com o título. Uma pessoa comum que oiça esta música da rádio há de reparar mais depressa nos "Boom! Boom-boom-boom-boom-boom-boom-boom..." do que na metáfora que descrevi no parágrafo anterior. É óbvio que os "Boom!" foram colocados precisamente para isso, para chamar a atenção. O próprio Pierre Bouvier, o vocalista, disse qualquer coisa como:

 

- A partir de agora, as pessoas vão falar desta música como "aquela dos Simple Plan com os Boom-boom-boom".

 

O grande mérito de Boom é, assim, conjugar potencial radiofónico e para concertos ao vivo com alguma substância - ficando a anos-luz da fraquíssima Saturday. Ainda é muito cedo para decidir se Boom arranjará lugar entre as minhas preferidas dos Simple Plan, mas já se tornou uma das minhas favoritas deste ano. 

 

OK, eu sei que temos tido poucos singles dos meus artistas preferidos em 2015, mas mesmo assim...

TAG Era Uma Vez/Once Upon a Time

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Encontro-me, neste momento, a trabalhar na análise à segunda parte da quarta temporada de Once Upon a Time (podem ler a análise à primeira aqui). Em jeito de amostra, deixo aqui as minhas respostas à tag sobre a série.

 

1) Como descobriste a série?

Descobri Once Upon a Time há cerca de três anos, quando estava a fazer zapping e, no AXN (ou seria o AXN White?) estava a passar o episódio The Thing You Love Most - o segundo da primeira temporada.

 

2) Quem é a tua personagem preferida?

Definitivamente Regina, que tem sido a personagem a evoluir mais ao longo de toda a série. Apesar de, tecnicamente, estar agora do lado dos bons, manteve a língua afiada e uma dose saudável de malícia que toda a gente adora.

 

Em segundo lugar, está Emma, apesar de nem sempre gostar do que escrevem para a personagem.

 

3) Se fosses uma personagem de contos de fadas, quem serias?

Não faço a mínima ideia, sinceramente. Sempre gostei de ler histórias tradicionais, sobretudo quando era pequena, mas nunca me identifiquei com nenhuma personagem em especial.

 

4) Charming ou Hook?

Nunca achei muita piada ao Charming, mas o Hook é uma das minhas personagens preferidas. Adoro a química entre ele e Emma.

 

5) Qual é o teu episódio preferido até ao momento?

Já falei de muitos episódios marcantes na série em críticas anteriores. Entre aqueles que considero os melhores encontram-se Snow Falls, The Heart is a Lonely Hunter, Desperate Souls, A Land Without Magic, Lady of the Lake, Tallahasee, Manhattan, Quite a Common Fairy, Going Home, Snow Drifts/No Place Like Home, Shattered Sight, Operation Mongoose. No entanto, o meu preferido provavelmente será sempre o episódio-piloto. Para além de cumprir bem o seu papel de definir as premissas e de seduzir-nos para OUaT, é um dos melhores escritos de toda a série, com imensas deixas memoráveis - as declarações de Mary Margaret sobre a importância dos contos de fadas, as trocas de picardias entre Henry e Emma e até mesmo o discurso cheio de ameaças de Regina quando Emma dá a entender que quer estabelecer uma relação com o filho biológico.

 

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6) Se pudesses ser uma personagem da série, quem serias?

Sendo eu reservada, um pouco tímida e cheia de inseguranças, eu provavelmente seria Elsa ou, então, Ingrid enquanto jovem - até porque também tenho uma irmã mais nova, que adoro.

 

7) Se pudesses namorar uma personagem da série, quem seria?

Hook. Tal como disse antes, é um dos meus preferidos e... é extremamente sexy!

 

8) Qual foi a tua primeira impressão sobre a série? Mudou?

Na sua essência, aquilo que sempre me atraiu em Once Upon a Time mantém-se até ao momento: o facto de ser uma série com personalidade própria, diferente de tudo o resto, uma espécie de Harry Potter com personagens mais velhas em televisão.

 

De início, a primeira temporada, muito focada nas personagens, impacientava-me por o enredo andar a passo de caracol. Daí que a primeira impressão da segunda temporada, com um ritmo mais elevado, tenha sido positiva. No entanto, esta temporada empalidece na comparação com a terceira e a quarta, sendo muitos os aspetos mal conseguidos: a frequente irrelevância de Emma exceto como deus ex-machina, a débil tentativa de redenção de Regina, uma cansativa disputa de custódia por Henry, a morte prematura de Cora, a história da Dark Snow (que não teve conclusão satisfatória), Greg e Tamara (a dupla de vilões que tenho procurado esquecer). O modelo atual de duas temporadas numa funciona - permite que o enredo avance a um ritmo razoável, dando igualmente tempo para o desenvolvimento das personagens.

 

Hei de falar melhor sobre isso na análise à segunda parte da quarta temporada, mas posso desde já assegurar que Once continua a ser a minha série preferida. Pode ter as suas falhas, pode ser cada vez mais Disney que contos de fadas propriamente ditos, mas as conclusões das histórias satisfazem.

 

Mais sobre Once Upon a Time em breve. Continuem por aí...

 

Odaiba Memorial Day - Digimon Adventure #15

Apesar de tudo o que fui assinalando ao longo desta análise, esta primeira temporada de Digimon encontra-se entre os melhores produtos televisivos para crianças alguma vez exibidos, na minha opinião. Marcou-me mais que os frequentemente sobrevalorizados filmes da Disney, por exemplo. A série ajudou-me a definir aquilo de que gosto em ficção e, tal como fui referindo inúmeras vezes neste longo testamento, é uma das minhas fontes de inspiração mais importantes.

 

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Vai ser especial, passados estes anos todos, assistir a novas aventuras com as personagens que todos adoramos, desta feita como adolescentes, em Digimon Adventures Tri - um conjunto de seis filmes, em que o primeiro será lançado dia 21 de novembro (se não estou em erro) no Japão, intitulando-se "Reunião". Ainda não existem grandes pormenores relativamente ao enredo destes filmes - se há, eu não sei - mas prefiro assim, para não ter expetativas demasiado altas. 

 

Antes destes filmes tenciono, no entanto, rever a segunda temporada de Digimon. Só daqui a algumas semanas - depois desta overdose de Digimon para o blogue, preciso de uma pausa. Tal com disse antes, só vi esta temporada uma vez e, mesmo assim, falhei uma mão-cheia de episódios, incluindo o(s) último(s). Daquilo que me recordo, a segunda temporada é significativamente mais sombria que a primeira e não sei se isso me vai agradar... Depois de a rever, talvez escreva sobre ela, bem com sobre Digimon Adventures Tri - mas, se possível, um bocadinho menos, que estas quinze entradas foram um exagero... 

 

Existem outras temporadas de Digimon para além das Adventures (Tamers, Frontier, Fusion...). Nunca as vi - tirando um ou dois episódios daquilo que penso ser o Tamers - e, para ser sincera, não tenho vontade de as ver. Segundo o que li na Internet, estas passam-se em realidades diferentes à de Adventures, a própria natureza do Mundo Digimon é diferente. Estando eu tão ligada ao elenco original, sendo as personagens a minha parte preferida de Digimon, não estou interessada em personagens diferentes e muito menos num mundo Digimon diferente.

 

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A todos aqueles que fizeram questão de ler esta longuíssima análise, o meu sincero "obrigada". Agora que já despachei este testamento, vou voltar-me para textos que já devia ter escrito e publicado há mais tempo...

Odaiba Memorial Day - Digimon Adventure #14 - Imagem e som

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Queria falar agora de um dos aspetos de que menos gosto no franchise: o desenho e/ou o conceito de vários Digimon. Referi antes que o Mundo Digital e respetivos habitantes se baseiam em mitologias e crenças humanas. No entanto, várias dessas inspirações são demasiado óbvias. Isto nota-se, sobretudo, nos vilões: temos uma linha evolutiva representando o Diabo, um vampiro e um palhaço retorcido. De uma maneira igualmente óbvia e pouco imaginativa, do lado dos bons, dois dos mais eficazes contra vilões são anjos. Por outro lado, a qualidade do desenho de certos Digimon deixa muito a desejar. Não sei se é de propósito ou não, mas muitos dos monstros digitais mais secundários são francamente repelentes, como poderão ver abaixo:

 

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Nesse aspeto, Pokémon ganha aos pontos. O franchise colhe, igualmente, inspiração em diversas mitologias e culturas, mas fá-lo de uma forma bem mais subtil. E no geral, tirando umas notáveis exceções, a qualidade dos desenhos em geral é muito superior.

 

Um pequeno apontamento sobre dobragens: já tinha afirmado aqui que não tenho grande opinião da dobragem portuguesa. Quando foi para rever a temporada há pouco menos de três meses, vi-a quase toda em japonês (com legendas, é claro). Gostei. Fiquei com uma certa vontade de aprender a língua. Achei particularmente interessante, sobretudo, o conceito dos títulos honoríficos, alguns dos quais já ouvira antes, sem saber o que significavam: -san, -chan, -senpai, -sensei... e, claro, o muito usado em Digimon e amoroso onii-chan.

 

A dobragem japonesa não foi, contudo, a minha primeira escolha. A minha ideia inicial era assistir à dobragem norte-americana. Esta, no entanto, sofreu uma série de alterações em relação ao guião original - para pior, pelo que li/ouvi em críticas. Graças a Deus, o resto do Mundo teve o bom senso de se guiar pela versão japonesa, ao contrário (julgo eu) da norma.

 

No entanto, o maior crime da dobragem norte-americana, o crime que me fez procurar uma alternativa, não diz respeito às alterações no guião. É a ausência de Brave Heart.

 

 

Brave Heart - a canção que toca aquando das digievoluções e que, para mim, é o coração (no pun intended) de toda a série (ou, pelo menos, da primeira temporada). Daí que não tenha suportado ver a versão americana.

 

Conforme já fui explicando várias vezes ao longo desta análise, as digievoluções - sobretudo quando ocorrem pela primeira vez - acontecem quando as Crianças estão em perigo imediato ou quando invocam a virtude do Cartão que lhes foi atribuído. Ao ser tocada nesses momentos, Brave Heart acaba por simbolizar esse crescimento, essa invocação do melhor lado de cada uma das Crianças Escolhidas, o momento em que elas começam a vencer.  A própria essência de Digimon. Não é preciso saber japonês para compreender esta mensagem. Tudo disto faz com que os momentos das digievoluções se tornem verdadeiramente inebriantes - acreditem, eu andei viciada neles!

 

Estamos quase no fim desta análise, a próxima será já a última. Está quase...

 

Odaiba Memorial Day: Digimon Adventure #13 - Os maus da fita

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Depois de uma extensa análise aos heróis da primeira temporada de Digimon, está na altura de falar dos vilões. Desta feita, a análise não será tão exaustiva pois estes são maioritariamente unidimensionais e pouco interessantes (algo que, mesmo assim, se alterará na segunda temporada). Devimon é um vilão clássico de desenhos animados. Suponho que a intenção de Etemon era ser uma caricatura de Elvis, mas só sei que aquele macaco é extremamente irritante. DemiDevimon tem o seu interesse pois, não primando pela força, consegue virar as Crianças Escolhidas umas contra as outras, o que causa mais dados do que, pura e simplesmente, atacá-las. Myotismon é outro vilão clássico, unidimensional, embora, por um momento, pareça sentir respeito por Kari, quando esta tenciona sacrificar-se pela população da sua cidade. Dos Dark Masters, o único que mostra um centímetro que seja de profundidade é Puppetmon quando as Crianças - destacando-se T.K. - conseguem fazê-lo sentir-se mal por não ter amigos. 

 

Pelo meio, torna-se a notar o chauvinismo da série, visto que a única vilã do sexo feminino desta temporada, LadyDevimon, apenas aparece para se envolver numa catfight com Angewomon.

 

Finalmente, o vilão final, Apocalymon, é mais modelado que todos os que o antecedem. Criado a partir da dor, do desepero e raiva sentida pelos Digimon que, não sendo capazes de evoluir, não conseguiram sobreviver no Mundo Digital - isto inclui todos aqueles previamente derrotados pelas Crianças Escolhidas. Apocalymon vive confinado a um mundo de escuridão e deseja espalhar essa escuridão por todo o Mundo Digital. Segundo o meu entendimento, terá sido para isso que ele criou os vilões anteriores, que fizeram com que o Mundo Digimon procurasse ajuda entre os humanos. Apocalymon consegue, assim, despertar sentimentos de culpa nas Crianças Escolhidas... antes de anular as Digievoluções dos seus Digimon, de destruir os Cartões, de converter tanto os miúdos como os respetivos Digimon a dados informáticos. 

 

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Não é de surpreender que, quando os heróis regressam ao estado normal - depois de um momento bonitinho, em que cada um reflete sobre tudo o que aprendeu enquanto Criança Escolhida, acabando por descobrir que conseguem canalizar as suas virtudes para a Digievolução sem intermédio dos Cartões - os anteriores sentimentos de culpa sejam esquecidos e que Apocalymon seja derrotado sem que se pense duas vezes. 

 

Acabou por ser uma oportunidade perdida para termos um vilão interessante, bem construído, mas, de resto, nunca poderiam fazer muito com uma personagem apresentada no penúltimo episódio da temporada. 

 

Estamos quase a terminar esta análise, só deverão faltar uma ou duas entradas. Nelas penso abordar alguns aspetos mais gerais. Peço-vos, assim, só mais um bocadinho de paciência...

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