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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

Músicas Ao Calhas: Into the Fire

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"Just hold on to your life, down to the wire,
Oh, out from the dragon's jaws, into the fire"
 
Este é também um tema da playlist de ação, de que falei na entrada anterior, se bem que tenha sido uma inclusão mais recente. Já havia referido Into the Fire em outras entradas, de passagem, comparando-a com Burn it Down, dos Linkin Park. No entanto, as semelhanças entre ambas limitam-se ao conceito do fogo. Mas já lá vamos
 
Bryan Adams, o meu cantor masculino preferido, é mais conhecido pelas músicas sobre amor e/ou luxúria. E, de facto, é impossível cansarmo-nos de clássicos como Cuts Like a Knife, Summer of '69, Heaven, Run to You, Can't Stop This Thing We Started, entre outros. No entanto, considero mais interessantes - pelo menos de uma maneira diferente - os temas em que Bryan se desvia dessa zona de conforto, ainda que esse desvio nem sempre seja significativo. São exemplo disso músicas como Here I Am, How Do Ya Feel Tonight (de que já falei AQUI), On a Day Like Today, Heat Of The Night, The Best Was Yet to Come, The Way of the World, entre outras. 
 
Embora seja justo dizer que, mesmo passados mais de dez anos como fã, mesmo depois de dez álbuns de estúdio, o cantautor canadiano continua capaz de me apanhar de surpresa com mais uma música de amor.

 

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Foi para tentar fugir um pouco aos temas costumeiros de amor/luxúria que, após o estrondoso sucesso do seu álbum anterior Reckless (que trouxe muitos dos clássicos acima referidos: Summer of '69, Heaven, Run to You, entre outros), Bryan, em parceria com Jim Vallance (em cujo site pessoal descobri imenso sobre o cantautor canadiano e sobre os seus primeiros álbuns, incluindo as folhas em que ele escreveu a letra desta música, aqui exibidas), criou o álbum Into the Fire, homónimo da música de que falamos hoje. Segundo o que li, tal tentativa não foi muito bem sucedida. Eu mesma não posso opinar pois Into the Fire é o único álbum de estúdio de Bryan Adams que me falta ouvir - ando à procura desse CD há já uns anos mas não consigo encontrá-lo. Podia sacá-lo da Internet mas não quero. Sendo um álbum do meu cantor preferido, quero comprá-lo mesmo, ter o booklet e o CD físico para pôr a tocar no meu quarto, no meu rádio-despertador, ou no carro. Tenho imensa curiosidade em relação a este álbum, não apenas pelo que referi acima, acerca de músicas fora do tema amor/luxúria, mas também porque as únicas músicas que conheço do álbum - Heat of the Night, Into the Fire, Victim of Love, Hearts on Fire (embora esta, segundo o que li, não se enquadre bem no conceito geral do álbum) - encontram-se entre as minhas preferidas. 

 

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Mas falemos da faixa em si. Como já referi anteriormente, devido ao conceito do fogo, Into the Fire é uma das canções que associo à minha personagem principal, Alex. No entanto, para além desse aspeto, a letra de Into the Fire fala, à semelhança de muitas outras músicas por ai, sobre encontrar força para suportar e vencer as contrariedades do mundo e atingir todos os objetivos que delineámos para a nossa vida. Ora, há uns meses, enquanto trabalhava no meu terceiro livro, apercebi-me que esta música ilustrava bem os melhores momentos de Alex: os momentos em que ele, ao ver-se sem ninguém que o ajude, que o salve, é obrigado a convocar todas as suas forças, a dar tudo de si, a suplantar-se, de modo a garantir a sobrevivência, não apenas dele mas daqueles que ama - não foi a pensar nisto que escolhi "O Sobrevivente" para título do meu primeiro livro, mas agora vejo que até se adequa à história de Alex. Se Guardian, de Alanis Morrisette é a música de Bia, a minha personagem principal feminina, Into the Fire é, definitivamente, a música de Alex. 
 
Conheço duas versões desta música, a de estúdio, que é parecida com esta atuação ao vivo, e uma mais despojada, mais "crua". O arranjo musical da versão de estúdio não difere muito das habituais músicas de Bryan Adams: conduzida pela guitarra elétrica, condimentada com os solos de Keith Scott, o seu icónico guitarrista. Destaco, igualmente, a bateria de Mickey Curry, o MasterChef (quem tiver ido ao concerto de 15 de dezembro de 2011 saberá do que estou a falar...) e os vocais nos refrões. 
 

A outra versão foi editada no álbum ao vivo Live!Live!Live! Não é propriamente uma versão acústica pois a  guitarra é elétrica mas o efeito é o de uma versão acústica: a música é apresentada no seu esqueleto mais básico, fazendo sobressair a melodia, os vocais, o sentimento. Acho até que o efeito não seria o mesmo se Bryan tivesse tocado uma guitarra elétrica - Into the Fire não pode ser transformada numa balada vulgar, uma boa parte do seu carácter vem da guitarra elétrica.

Se algum dia conseguir comprar o CD Into the Fire, far-lhe-ei, certamente, uma crítica aqui no blogue. O relativo pouco sucesso em termos de vendas deste álbum, as críticas sugerindo que Bryan devia ter deixado o território temático abordado neste álbum para músicos como Bruce Springsteen, Sting e U2, a descrição de Into the Fire pelo próprio Jim Vallance como um disco "sombrio e desinspirado" não me desanimam. Mesmo que as músicas não sejam nada do outro mundo, mesmo que, de acordo com as críticas, sejam um punhado de lugares-comuns, será sempre interessante ouvi-las na voz de Bryan Adams. Porque quando se trata dos meus artistas favoritos - e, tal como afirmei acima, Bryan Adams é o meu cantor masculino preferido - não preciso de motivos para gostar das músicas. 

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