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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

10 anos de Testamentos

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Interrompemos a análise a Digimon Frontier para assinalar o décimo aniversário aqui do estaminé. Não que vá fazer nada de muito especial, esta é apenas uma reflexão sobre a vida deste blogue.

 

Na altura, criei o Álbum de Testamentos para servir de caixote do lixo no bom sentido: para escrever sobre assuntos diversos que não se encaixavam noutros sítios. Com o tempo tornou-se a minha principal plataforma de escrita. E visto que, ao contrário do meu outro blogue, que tem um conceito mais específico e que só requer que eu o atualize algumas vezes de tantos e tantos meses, aqui no Álbum escrevo com muito mais frequência. Assim, sinto-me um pouco mais orgulhosa por ter conseguido fazer isto ao longo de dez anos.

 

Não é a primeira vez que o digo, mas este blogue tem funcionado como um diário de bordo dos meus interesses e entusiasmos. Como raramente falo aqui sobre a minha vida privada, pode parecer que o blogue não é muito pessoal. Acreditem: é mais pessoal do que vocês pensam. Regra geral, se escrevo sobre algo aqui, o assunto do texto esteve na minha mente durante muito tempo, vivi com ele todos os dias, às vezes durante semanas, às vezes durante meses. É por isso que faço retrospetivas musicais anuais – é uma forma indireta de refletir sobre o ano que passou.

 

Por outro lado, há ocasiões em que essas coisas se tornam marcantes porque estou a escrever sobre elas – textos que estavam à espera de ser escritos há muito tempo, como por exemplo a análise a All We Know is Falling no ano passado. Noutras ocasiões, acontecem coisas marcantes, logo, tenho de escrever sobre elas – por exemplo, quando um dos artistas de que gosto lança música nova ou quando resolvi regressar a Digimon em 2015. Às vezes é um misto de ambas. Às vezes funciona como escapismo. Às vezes ajuda-me a lidar com coisas dolorosas – por exemplo, quando o Chester morreu. 

 

Outra faceta de isto ser um diário de bordo diz respeito ao que muda: interesses vão e vêm, alguns mantêm-se, opiniões evoluem, a qualidade vai melhorando. Hoje em dia evito reler e encaminhar para publicações mais antigas – já não estão a um nível que considero aceitável e/ou já não refletem as minhas opiniões atuais. É aquela: hoje escreveria esses textos de maneira muito diferente – e alguns se calhar não escreveria de tudo – mas se não os tivesse escrito não teria aprendido com eles. Não me teria tornado mais exigente comigo mesma.

 

Assim, mesmo que não os promova tanto como textos mais recentes, essas publicações continuam online. Pode ser que as pessoas ainda gostem.

 

Uma coisa de que tenho pena, no entanto, é de não conseguir atualizar o blogue tantas vezes como nos primeiros anos. Tenho menos tempo livre agora, como é óbvio – quando criei o blogue, ainda estava a estudar, agora tenho um emprego a tempo inteiro. Por outro lado, tenho de ser sincera: arranjar um smartphone fez diferença, sobretudo quando arranjei um plano generoso de dados móveis. Quando tenho tempos mortos, é mais conveniente pegar no telemóvel do que sacar do caderno e da caneta. 

 

Acho que não é a primeira que refiro que hoje não gosto muito do nome do blogue. É um bocadinho palavroso, soa esquisito. Mas, para ser sincera, não sei que nome lhe daria. Talvez alguma coisa relacionada com cadernos – mas se calhar seria pouco original.

 

Esse é mesmo o único verdadeiro arrependimento que tenho em relação a este blogue. De resto, não tenho praticamente mais nenhum. Estou muito contente com o que tenho feito com o blogue até agora. 

 

A ideia é ir continuando a fazê-lo enquanto puder. Não tenho ilusões: sei perfeitamente que, daqui a uns anos, terei quase de certeza menos tempo para o blogue (e para escrever em geral). Quero aproveitar enquanto posso.

 

Dito isto, não é a primeira vez que digo que ando a trabalhar, intermitentemente, noutro projeto de escrita. Ainda não quero dizer do que se trata – provavelmente só o farei quando estiver pronta a partilhá-lo. Assim, é possível que as publicações aqui no blogue continuem a ser mais espaçadas do que o ideal.

 

Já é habitual eu, de vez em quando, falar dos meus planos para o blogue – para depois não cumprir metade deles ou ainda mais. É pura auto-indulgência – e, se não se importam, vou continuar a fazê-lo.

 

Para já quero terminar a análise a Fronteira – quando este texto for para o ar, só me devem faltar uma ou duas partes. Depois, como este foi um projeto longo, talvez faça uma pausa aqui no blogue e as minhas próximas publicações serão mais pequenas e mais simples.

 

Tanto Bryan Adams como Avril Lavigne lançaram música este ano – um álbum de inéditas cada um mas não só. Vou escrever sobre isso, mas de maneira diferente: em vez de analisar os álbuns a fundo, como o habitual, vou escrever textos mais parecidos com aqueles que escrevo no fim de cada ano. 

 

Também vou querer fazer um top 10 de música portuguesa – ainda não decidi se o escrevo antes ou depois dos textos de Bryan e Avril. Por outro lado, os Paramore têm um álbum no forno, algo que vou cobrir aqui no blogue. Já não deve faltar muito para pelo menos o primeiro single:  na sexta-feira passada, eles anunciaram concertos para o outono, num poster  com uma estética curiosa. Nas próximas semanas deveremos saber mais alguma coisa. Só espero que o álbum saia antes do Mundial, para não interferir com o meu outro blogue. 

 

Já que falo no Mundial, este vai decorrer excecionalmente em novembro e dezembro. Isso poderá atrasar os meus textos de fim de ano – que mesmo em circunstâncias normais já são difíceis de encaixar no meu horário por causa das festas. Os textos sobre a música de Bryan e de Avril são em parte para não ter de escrever sobre eles no fim do ano. Eu naturalmente espero estar muito tempo ocupada com o meu outro blogue, até depois do dia 18 de dezembro. Quanto mais tiver de atrasar o Álbum por causa do Mundial, mais feliz ficarei.

 

O próximo grande projeto deste blogue será um texto sobre Pokémon Go – algo que ando a prometer há anos, eu sei. Só devo consegui-lo no próximo ano, mas não quero adiá-lo muito mais.

 

Termino esta pequena celebração agradecendo todas as visitas que o meu blogue recebeu na última década. A mais dez anos de Testamentos!

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