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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

Músicas Ao Calhas: New Divide

Nas minhas entradas mais recentes - tirando a última - tenho falado de músicas da minha playlist de cenas de ação. Continuando nessa linha, falo hoje de outro grande título dessa lista: New Divide. Esta é faixa é também uma das minhas favoritas dos Linkin Park. Só não é a favorita porque várias músicas do CD Living Things andam a desafiar esse estatuto.
 
 

"Like a startling sign that fate had finally found me"

New Divide foi criada para tema do segundo filme dos Transformers, Retaliação, na sequência da utilização de What I've Done no primeiro. A série contra, para já, três filmes mas só vi o primeiro - curiosamente, a primeira visualização, no cinema, deu-se precisamente na altura em que começava a familiarizar-me com o trabalho musical dos Linkin Park - e até gostei, sobretudo pelo humor, apesar de não ter sido propriamente um filme marcante. Nunca vi nem o segundo nem o terceiro e não tenciono fazê-lo - as críticas que tenho lido arrasam completamente os filmes e não quero estragar o primeiro. Na verdade, o melhor de Transformers é mesmo a banda sonora.

 

Conforme já mencionei acima, What I've Done foi o tema do primeiro filme. E apesar de a letra falar de arrependimento, expiação e redenção, sendo portanto aplicável, não só ao filme como também a muitas outras situações, em termos musicais, é uma faixa rock vulgar, com pouco do carácter experimentalista, híbrido, que define os Linkin Park.


New Divide tem claros ecos de What I've Done mas deduzo que tal seja propositado; talvez a ideia fosse precisamente, de certa forma, criar uma sequela para o tema do primeiro filme. No entanto, New Divide é bastante superior à sua "prequela": mais interessante, mais "híbrida", conforme procurarei explicar de seguida.
 


 
A letra de New Divide não é muito específica. Dá uma ideia de perigo, de tensão, como se estivesse a ocorrer uma catástrofe, mais especificamente uma tempestade. Condiz bem com filmes de ação de todos os tipos, em particular daqueles cheios de explosões, como os dos Transformers. Ajuda a entrar no espírito, a definir um ambiente de tensão, de combate - daí que seja uma das minhas favoritas para a escrita de cenas de ação.


No entanto, é na parte musical que reside a força de New Divide: uma faixa híbrida, tanto com elementos rock, como guitarras elétricas pesadas e bateria, como elementos eletrónicos. Começando pelo iníco, com o som semelhante a trovões e a sequência que se tornou a identidade da música. Outro dos pontos fortes é a batida, proveniente tanto da já referida bateria de Rob Bourdon como da percussão programada por Joe Hann. A minha parte favorita é a sequência entre o segundo refrão e o terceiro verso. A interpretação de Chester Bennington também está cinco estrelas mas também outra coisa não seria de esperar. A sua voz surge ligeiramente alterada por vezes, em particular nos primeiros versos, mas sem os exageros de The Catalyst ou Until it Breaks. Tudo isto dá um grande poder à música, um caráter muito in-your-face, tornando New Divide numa das melhores músicas dos Linkin Park.




Durante muito tempo, desde a primeira audição de New Divide, tive vontade de montar um vídeo para a música - sobretudo pela batida - mas faltou-me sempre material visual. Os filmes do Pokémon que eu e a minha irmã encontrámos na Internet foram as primeiras imagens adequadas que encontrei. Durante algum tempo, os dois primeiros filmes foram os únicos que encontrámos, por isso é que só usei esses para esta montagem, mas a música adequa-se perfeitamente às partes mais tensas, sobretudo do que toca aquilo que mencionei acima sobre as catástrofes. Se quiserem ler mais sobre estes dois filmes, consultem esta entrada.

Os Linkin Park também contribuíram para a banda sonora do terceiro filme, desta feita com Iridiscent. Esta faixa difere grandemente de What I've Done e New Divide: é uma balada guiada pelo piano, a que se junta a batida, guitarra elétrica e alguns elementos eletrónicos, tudo isto num tom bastante melancólico. No entanto, na minha opinião, a letra ficou demasiado fraca para ficar entre as minhas favoritas. Destaque, contudo, para o refrão cantado em coro e, mais uma vez, a interpretação de Chester.

Contudo, os Linkin Park não foram os únicos a contribuir para a banda sonora deste terceiro filme: os Paramore também o fizeram, com um tema que, mais tarde, figurou nos Singles Club.



"I'm just collecting your victims,
they're getting stronger,
I hear them calling..."
 
O ponto fraco de Monster é a sua letra vaga. Nota-se que a música transmite muita raiva mas não se percebe ao certo a que se dirige. Já Decode, outro tema deles composto de propósito para uma banda sonora, tem a mesma fraqueza. Conforme estive a comentar com uma fã da banda, no dia em que atuaram no Optimus Alive, talvez eles não tenham assim tanto jeito para bandas sonoras. Há quem especule que a letra, invulgarmente sombria para tema dos Paramore, é sobre a saída dos irmãos Farro da banda - na altura do lançamento de Monster, apenas haviam decorrido pouco mais de seis meses desde o triste episódio - mas, pessoalmente, não vejo grande relação tirando, talvez, o verso "Now that you're gone the world is ours". Tem, na minha opinião, bastantes mais referências aos Transformers, em particular na segunda estância, com vagas referências à urgência de salvar o Mundo, mesmo que a letra, no seu conjunto, deixe bastante a desejar.
 
Em termos musicais, não há muito a dizer: é a típica faixa dos Paramore. Destaque no entanto para a bateria antes dos refrões.
 
Apesar de nem todos os fãs terem gostado de Monster, de eu mesma ter ficado um pouco de pé atrás aquando das primeiras audições, existe algo que me atrai na música, não sei ao certo o quê. talvez o facto de a ter incluído na playlist de cenas de ação, talvez por a agrupar junto de New Divide, não sei. Desde que tenho este Álbum, desenvolvi ainda mais o meu sentido crítico, habituei-me a analisar de forma quase inconsciente todas as formas de entretenimento mas, mesmo agora, existem coisas que não consigo explicar.
 


Talvez um dos fatores seja o videoclipe: um dos meus favoritos dos Paramore antes do lançamento de Now.  Realizado por Shane Drake, filmado num hospital abandonado, reflete bem o facto de ser a banda sonora de um filme de ação. Pontos ainda para a edição, que liga bem com a música - o que não surpreendeu, visto Shane ter feito o mesmo com o videoclipe de Smile, de Avril Lavigne.

Parece que o quarto filme dos Transformers sairá no próximo ano. Não sei se os Linkin Park serão de novo convidados a contribuir para a banda sonora - talvez na altura estejam prestes a lançar um sexto álbum. Talvez os Paramore tornem, igualmente, a participar, com um single lançado da mesma forma que Monster foi, numa espécie de Singles Club. Talvez convidem outra banda qualquer. De qualquer forma, depois de  What I've Done, Monster e, sobretudo, New Divide, estou definitivamente curiosa em relação a um potencial tema de Transformers 4. Existe muito boa gente queixando-se da mediocridade destes filmes - não posso concordar nem contradizer pois só vi o primeiro - mas, pela parte que me toca, se estiverem sempre associados a boa música, podem vir à vontade!
 

Músicas Ao Calhas - Nobody's Home e similares

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Quero introduzir aqui uma pequena variante dentro da rubrica Música Ao Calhas. Conforme já afirmei nesta entrada, a cantautora Avril Lavigne e respetiva discografia são o termo de comparação com que analiso praticamente todos os artistas e respetivos trabalhos musicais. De tal forma que acabo por rotular certas músicas de acordo com o tema de Avril Lavigne que me recordam: Nobody's Fool, Naked, Innocence, When You're Gone, Goodbye, I Will Be, etc. Tenciono, então, escrever algumas entradas de Músicas Ao Calhas sobre algumas dessas faixas-rótulo, bem como sobre músicas que a elas se assemelham. Começo hoje por Nobody's Home.



"She's fallen from grace
She's all over the place"

Nobody's Home foi o terceiro single e Under My Skin, o segundo álbum de estúdio de Avril Lavigne, Este é o álbum mais pesado da cantora, tanto em termos de sonoridade - dos quatro, é o disco mais rock, chega a ter influências góticas - como em termos de letras, por vezes exagerando no dramatismo.

Nobody's Home é razoavelmente representativa do espírito de Under My Skin. Resultou de uma colaboração entre Avril e Ben Moody, ex-Evanescence. A cantora escreveu a letra pensando numa antiga colega de escola que optou por maus caminhos. A letra - tanto desta faixa como das outras faixas de que falarei nesta entrada - fala de uma personagem feminina maltratada pela vida, marginalizada, perdida em vários aspetos. Na minha mente, assume a forma de uma sem-abrigo toxicodependente, que se prostitui para sobreviver e arranjar dinheiro para a droga. Mas também podia ser uma adolescente grávida, repudiada pela família. Nestas coisas, apenas somos limitados pela nossa imaginação.

Na verdade, Nobody's Home recorda-me o livro A Lua de Joana, de Maria Teresa Maia Gonzalez. Para aqueles que não o leram, é constituído por cartas de Joana, a personagem principal, destinadas a Marta, a melhor amiga que morreu devido à droga. A própria Joana acaba por se tornar também toxicodependente e, no fim, morre da mesma forma. Não se pode dizer que Joana tenha sido marginalizada, mas esta sente-se sozinha, ignorada pela família, em particular após a morte da avó. Na última carta do livro, antes de morrer, chega, curiosamente, a usar a expressão "Não está ninguém em casa". Devem, de resto, existir imensos casos semelhantes aos descritos, tanto no livro como na música - deve ser daí que vem o verso "She's all over the place"



No entanto, apesar de este conceito ser interessante, foi, na minha opinião, mal aproveitado, pelo menos no que toca à letra. demasiado simplista, fraca, sobretudo se compararmos com Everything Burns e Stand in the Rain - de que falarei mais à frente. Infelizmente, existem demasiados exemplos de letras fracas no trabalho musical da Avril - se em Sk8er Boi isso faz parte da graça da música, a maior parte dos temas saem enfraquecidos pela letra, em diferentes graus. Nobody's Home é um bom exemplo disso. Pelo menos nesse aspeto, acho que se desperdiçou uma oportunidade.

A força de Avril reside, de resto, nas melodias, na interpretação vocal, no tratamento dos instrumentos. Toda essa parte musical está bem construída em Nobody's Home: temos uma balada rock, dramática, algo gótica, conduzida pela guitarra acústica, sendo acompanhada por guitarras elétricas e violinos, estes últimos mais evidentes na parte final da faixa.

Em algumas apresentações ao vivo - como a mostrada acima - a música aparece com um arranjo diferente mas que funciona. Começa apenas com guitarra acústica e voz até ao fim do terceiro verso - o momento do cúmulo dramático - altura em que "explodem" as guitarras elétricas e a bateria.


O videoclipe de Nobody's Home é um dos mais interessantes da carreira de Avril. Aqui, a cantora desempenha o papel da personagem que descreve na música: uma jovem sem-abrigo que vive nas ruas, à margem da sociedade, desprezada por todos. As cenas da vida da jovem - dormindo no chão, tocando guitarra na rua, tentando lavar-se numa casa de banho pública, procurando abrigo da chuva em carros estacionados - alternam com cenas de Avril cantando acompanhada por uma orquestra, tratadas de modo a  assemelharem-se a um filme antigo. Existe uma versão alternativa desse videoclipe, em que estas cenas surgem a cores e em que, em adição às cenas listadas em cima, Avril aparece vageando num supermercado, sorrindo a uma criança no colo de uma senhora que, ao reparar na atenção da jovem, afasta-se olhando-a de lado - uma cena que, no meu ponto de vista, reforça a ideia de marginalização.


"Burn it all down 'cause my anger raise 'till everything burns!
Watching it all fade away..."

Ben Moody trabalhou noutra música muito parecida com Nobody's Home. Trata-se de Everything Burns, que integra a banda sonora do filme Quarteto Fantástico. Curiosamente, o plano inicial era Avril cantá-la, juntamente com Ben, algo que não chegou a acontecer - e que não lamento pois, provavelmente, traria demasiados ecos de Nobody's Home. Estou até convencida que uma das músicas inspirou a outra - as semelhanças entre ambas as faixas são demasiadas para ser coincidência. Em todo o caso, Anastacia foi bem escolhida e, com a sua voz poderosa, pôde espelhar a sua personalidade na canção, dando um verdadeiro espetáculo.
 
Conforme afirmei antes, Everything Burns tem várias semelhanças com Nobody's Home. Começando pela temática, que é essencialmente a mesma - a letra está um pouco melhor mas não muito - acrescentando referências a dor recalcada, reprimida, que se vai acumulando até transbordar, até "explodir". Em termos de tratamento musical, também não difere muito de Nobody's Home: também é guiada pela guitarra elétrica de Ben Moody, sendo acompanhada por violinos e algumas notas de piano. Destaque para o fim do segundo refrão, em que a música "explode" - como na versão ao vivo de Nobody's Home - refletindo bem o conflito descrito pela música. 

Destas três músicas, a minha favorita é Stand in the Rain, por Superchick, uma banda do chamado christian rock, de que sei muito pouco. Descobri-a em montagens de vídeos da Avril Lavigne - e, como podem ver, eu mesma montei um vídeo da música - em 2009. Foi depois de a ouvir que me apercebi das fraquezas de Nobody's Home, em particular em termos de letra. A de Stand in the Rain descreve uma situação semelhante às descritas em Nobody's Home e Everything Burns mas fá-lo de uma forma bem melhor, acrescentando uma mensagem de força e coragem, como forma de não se deixar afogar pela dor.

Stand in the Rain também se destaca das outras pela parte musical: conduzida por arpejos de guitarra, a que se juntam guitarras elétricas distorcidas e pesadas, notas de piano suaves e violinos frenéticos, dando uma nota dramática à faixa. Destaque para os solos após o segundo e o terceiro refrões, bem como para a sequência de piano no desfecho da música.


Há pouco mais de uma semana, Avril anunciou no Twitter o nome do primeiro single do seu próximo álbum. Nós, os fãs, assumimos que isso significa que o disco está, finalmente, pronto a ser editado. Aposto em maio ou junho para o lançamento. Quanto ao primeiro single, Here's to Never Growing Up, devemos ouvi-lo pela primeira vez algures nas próximas semanas - e mesmo só com o nome tenho já vários tópicos que planeio abordar quando escrever sobre a música. As próximas semanas, em particular após o lançamento de Here's to Never Growing, serão muito entusiasmantes, à medida que as informações sobre o álbum forem sendo reveladas. Já está a ser divertido acompanhar esse processo em relação ao álbum dos Paramore, quando for o álbum da Avril sê-lo-á ainda melhor. Nessa altura, talvez publique algumas entradas de antecipação ao álbum.

Uma vez que a médio prazo teremos bastante Avril aqui no blogue, nos próximos tempos vou evitar publicar sobre o tema - a menos que Here's to Never Growing Up seja lançada nos próximos dias. Tenho até várias entradas planeadas sobre outros cantores e músicas e tenciono tê-las publicadas em breve. Mantenham-se ligados. 

Músicas Ao Calhas: Into the Fire

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"Just hold on to your life, down to the wire,
Oh, out from the dragon's jaws, into the fire"
 
Este é também um tema da playlist de ação, de que falei na entrada anterior, se bem que tenha sido uma inclusão mais recente. Já havia referido Into the Fire em outras entradas, de passagem, comparando-a com Burn it Down, dos Linkin Park. No entanto, as semelhanças entre ambas limitam-se ao conceito do fogo. Mas já lá vamos
 
Bryan Adams, o meu cantor masculino preferido, é mais conhecido pelas músicas sobre amor e/ou luxúria. E, de facto, é impossível cansarmo-nos de clássicos como Cuts Like a Knife, Summer of '69, Heaven, Run to You, Can't Stop This Thing We Started, entre outros. No entanto, considero mais interessantes - pelo menos de uma maneira diferente - os temas em que Bryan se desvia dessa zona de conforto, ainda que esse desvio nem sempre seja significativo. São exemplo disso músicas como Here I Am, How Do Ya Feel Tonight (de que já falei AQUI), On a Day Like Today, Heat Of The Night, The Best Was Yet to Come, The Way of the World, entre outras. 
 
Embora seja justo dizer que, mesmo passados mais de dez anos como fã, mesmo depois de dez álbuns de estúdio, o cantautor canadiano continua capaz de me apanhar de surpresa com mais uma música de amor.

 

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Foi para tentar fugir um pouco aos temas costumeiros de amor/luxúria que, após o estrondoso sucesso do seu álbum anterior Reckless (que trouxe muitos dos clássicos acima referidos: Summer of '69, Heaven, Run to You, entre outros), Bryan, em parceria com Jim Vallance (em cujo site pessoal descobri imenso sobre o cantautor canadiano e sobre os seus primeiros álbuns, incluindo as folhas em que ele escreveu a letra desta música, aqui exibidas), criou o álbum Into the Fire, homónimo da música de que falamos hoje. Segundo o que li, tal tentativa não foi muito bem sucedida. Eu mesma não posso opinar pois Into the Fire é o único álbum de estúdio de Bryan Adams que me falta ouvir - ando à procura desse CD há já uns anos mas não consigo encontrá-lo. Podia sacá-lo da Internet mas não quero. Sendo um álbum do meu cantor preferido, quero comprá-lo mesmo, ter o booklet e o CD físico para pôr a tocar no meu quarto, no meu rádio-despertador, ou no carro. Tenho imensa curiosidade em relação a este álbum, não apenas pelo que referi acima, acerca de músicas fora do tema amor/luxúria, mas também porque as únicas músicas que conheço do álbum - Heat of the Night, Into the Fire, Victim of Love, Hearts on Fire (embora esta, segundo o que li, não se enquadre bem no conceito geral do álbum) - encontram-se entre as minhas preferidas. 

 

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Mas falemos da faixa em si. Como já referi anteriormente, devido ao conceito do fogo, Into the Fire é uma das canções que associo à minha personagem principal, Alex. No entanto, para além desse aspeto, a letra de Into the Fire fala, à semelhança de muitas outras músicas por ai, sobre encontrar força para suportar e vencer as contrariedades do mundo e atingir todos os objetivos que delineámos para a nossa vida. Ora, há uns meses, enquanto trabalhava no meu terceiro livro, apercebi-me que esta música ilustrava bem os melhores momentos de Alex: os momentos em que ele, ao ver-se sem ninguém que o ajude, que o salve, é obrigado a convocar todas as suas forças, a dar tudo de si, a suplantar-se, de modo a garantir a sobrevivência, não apenas dele mas daqueles que ama - não foi a pensar nisto que escolhi "O Sobrevivente" para título do meu primeiro livro, mas agora vejo que até se adequa à história de Alex. Se Guardian, de Alanis Morrisette é a música de Bia, a minha personagem principal feminina, Into the Fire é, definitivamente, a música de Alex. 
 
Conheço duas versões desta música, a de estúdio, que é parecida com esta atuação ao vivo, e uma mais despojada, mais "crua". O arranjo musical da versão de estúdio não difere muito das habituais músicas de Bryan Adams: conduzida pela guitarra elétrica, condimentada com os solos de Keith Scott, o seu icónico guitarrista. Destaco, igualmente, a bateria de Mickey Curry, o MasterChef (quem tiver ido ao concerto de 15 de dezembro de 2011 saberá do que estou a falar...) e os vocais nos refrões. 
 

A outra versão foi editada no álbum ao vivo Live!Live!Live! Não é propriamente uma versão acústica pois a  guitarra é elétrica mas o efeito é o de uma versão acústica: a música é apresentada no seu esqueleto mais básico, fazendo sobressair a melodia, os vocais, o sentimento. Acho até que o efeito não seria o mesmo se Bryan tivesse tocado uma guitarra elétrica - Into the Fire não pode ser transformada numa balada vulgar, uma boa parte do seu carácter vem da guitarra elétrica.

Se algum dia conseguir comprar o CD Into the Fire, far-lhe-ei, certamente, uma crítica aqui no blogue. O relativo pouco sucesso em termos de vendas deste álbum, as críticas sugerindo que Bryan devia ter deixado o território temático abordado neste álbum para músicos como Bruce Springsteen, Sting e U2, a descrição de Into the Fire pelo próprio Jim Vallance como um disco "sombrio e desinspirado" não me desanimam. Mesmo que as músicas não sejam nada do outro mundo, mesmo que, de acordo com as críticas, sejam um punhado de lugares-comuns, será sempre interessante ouvi-las na voz de Bryan Adams. Porque quando se trata dos meus artistas favoritos - e, tal como afirmei acima, Bryan Adams é o meu cantor masculino preferido - não preciso de motivos para gostar das músicas. 

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