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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

Músicas Não Tão Ao Calhas - Still Into You

Não esperava voltar a escrever uma entrada de Músicas Não Tão Ao Calhas tão cedo. Pelo menos não dos Paramore. Pensava que só tornaria a ouvir material novo deles quando saísse o novo álbum, no mês que vem. Fui apanhada de surpresa por Still Into You.
 
 
"Let them wonder how we got this far, 
'cause I don't really need to wonder at all"
 
Já sabíamos que os Paramore haviam adotado um som mais pop em algumas das músicas do álbum novo. Nesse aspeto, Now não era muito representativa. Still Into You é capaz de ser um melhor exemplo desta nova sonoridade. Como já tinha previsto, a polémica entre os fãs está lançada. O segundo single do álbum Paramore é muito pop-rock - mais pop do que estamos habituados a ouvir por parte da banca - com alguns elementos eletrónicos. No entanto, sinto muito espírito Paramore em Still Into You, não está totalmente desprovida de rock, em particular no refrão e pré-refrão. O refrão é, aliás, a minha parte preferida. Recorda-me o espírito de That's What You Get. A banda já havia mencionado que o álbum homónimo teria algumas músicas de amor bem divertidas - Still Into You é claramente uma delas.
 
 
Apesar do tom ligeiro, a letra deste segundo single do álbum Paramore é mais profunda do que parece à primeira audição - não muito, mais o suficiente para se distinguir da larga maioria das músicas de amor dos dias de hoje. A primeira comparação que me surgiu foi Still The One, da Shania Twain: a sonoridade é diferente, é uma balada acústica, mas em termos de conceito é muito semelhante, embora a música da Shania seja mais sentimental e Still Into You tenha um tom mais descontraído e divertido. Esta última conta a história de um romance que resiste ao teste do tempo - há quem diga que fala da relação de Hayley com o seu namorado Chad Gilbert. Como não estou familiarizada com a vida pessoal dela... Nem sempre tem sido fácil, mas amam-se o suficiente para ultrapassarem todos os obstáculos - "It's not a walk in the park to love each other but (...) can't deny you're worth it"; "And even in out worst nights, I'm into you". A paixão, a química, o apoio mútuo continuam a servir de catalisadores à relação. Tal como já afirmei acima, tudo isto é cantado em tom alegre e algo vitorioso.
 
Este último aspeto é a única coisa que Still Into You partilha com Now - de resto, os dois primeiros singles de Paramore são bastante diferentes. Aliás, não me surpreenderia se Still Into You tivesse sido também parcialmente inspirada pela situação a que a banda sobreviveu: mesmo quase dez anos depois, mesmo tendo em conta o abandono dos irmãos Farro, os membros restantes continuam de pedra e cal nos Paramore. Não me admirava se esta premissa fosse o denominador comum de praticamente todas as músicas do quarto álbum. Só o saberemos quando o disco for lançado.
 
 

 

Como podem ver, o videoclipe pode muito bem estar a ser filmado no momento em que escrevo isto. Ou começará a ser filmado dentro de poucas horas. Não sei nada do conceito mas apostaria que se centrasse num casal de velhotes recordando a sua história de amor. No que toca ao lyric vídeo, achei graça às sombras chinesas. Agora gostava de aprender a fazê-las também - não consigo descobrir como é que se fazem...
 
 Não digo que Still Into You seja uma música do outro mundo ou mesmo que seja a melhor dos Paramore. Ainda é cedo para percebê-lo. Posso, no entanto, adiantar desde já que se encontra bem acima da média, em particular por causa da sua letra. É agradável ao ouvido e, tal como uma boa música pop, eleva de imediato o humor de uma pessoa. Depois de Now e de Still Into You, estou ainda mais curiosa em relação a este quarto álbum. Se todas as músicas forem tão interessantes como os dois primeiros singles, a entrada em que analisarei Paramore será enorme. Mais um Testamento a juntar ao Álbum. Mal posso esperar. Até lá...

Músicas Ao Calhas: Somewhere

Hoje quero falar de uma música de uma das minhas bandas preferidas da atualidade: os Within Temptation. Já havia falado deles AQUI, a propósito do seu último álbum The Unforgiving. Hoje quero falar de uma das minhas músicas preferidas deles: Somewhere.

 
"I just need to know whatever has happened, the truth will free my soul"
 
A faixa faz parte do álbum The Silent Force, o meu preferido deles por, entre vários motivos, considerar que a voz da vocalista, a linda Sharon den Adel, se encontra no seu melhor, bem como a sonoridade: temos um equilíbrio quase perfeito entre o metal/rock pesado e as influências celtas. Somewhere é um bom exemplo deste carácter híbrido: é uma balada conduzida pelo piano e acompanhada por violinos - como muitas baladas da música pop - misturada com elementos mais característicos, como o coro - que, nas músicas dos Within Temptation funcionam como se fossem um instrumento individualizado. E nesta são particularmente emocionantes no final da música - instrumentos de sopro e instrumentos celtas. A interpretação de Sharon também está fantástica em Somewhere. Ela é uma das melhores vozes do mundo, angelical, com um alcance incrível - que eu não consigo atingir. Ou melhor, às vezes até até consigo mas fico a anos luz da voz da Sharon e com dores de garganta durante o resto do dia... Custa a acreditar que ela tenha treinado a sua própria voz, sozinha.
 
 
Somewhere fala sobre um amor perdido, cujo paradeiro é desconhecido, nem sequer se tem a certeza se está vivo ou morto. O sentimento que transparece é dor, desorientação, agonia, tranquilizadas por uma determinação férrea de encontrado o amado ou de, pelo menos, saber o que lhe aconteceu. Todo o arranjo musical que descrevi acima faz-nos pensar em romances épicos, medievais. Por outro lado, a música sempre me recordou o final de "O Memorial do Convento", a parte em que Blimunda passa anos percorrendo o País, à procura do seu amante Baltasar Sete-Sóis. E fá-lo de uma forma tranquila, sóbria, mas determinada, tal como descrevi acima.
 
Os Within Temptation também editarão um álbum este ano. Encontram-se, neste momento, em estúdio. O lançamento está previsto para o outono; o que, nas palavras dos mesmos, condiz com o espírito do disco.   Para além disso, a banda afirmou andar a "fazer experiências". Pela parte que me toca, espero que tragam de volta as influências celtas, que foram deixadas um pouco de lado em The Unforgiving. A banda já tem concertos marcados para daqui a um ano. Ando a fazer figas para que a digressão passe pelo nosso País. Em todo o caso, quando o nome do álbum for anunciado e o primeiro single for lançado, não deixarei de falar disso aqui no blogue.
 
Termino esta entrada com um tweet que me veio parar à timeline há uns tempos que considero que resume perfeitamente o propósito das Músicas Ao Calhas:

Mantenham-se ligados se quiserem conhecer mais destas histórias.

Músicas Ao Calhas - Bitch

01.jpeg

 

Já que hoje se comemora o Dia Internacional da Mulher, falarei de uma das minhas músicas preferidas com que, julgo eu, todas as mulheres se podem identificar.


"I'm a little bit of everything all rolled into one!"

Não sei praticamente nada sobre Meredith Brooks, a intérprete de Bitch. Esta faixa é uma one-hit wonder dos anos 90, aquele tipo de música que quase toda a gente já ouviu na rádio, mesmo que não conheça os respetivos criadores. Tenho várias músicas assim entre as minhas preferidas. Em termos musicais, é uma faixa pop-rock, com um ritmo algo dançante, alegre, com uma melodia incrivelmente contagiosa, em particular no refrão. Destacaria também o solo de guitarra e a conclusão da música.

Apesar de a parte musical ter um papel importante no processo de aprisionar Bitch na cabeça, a letra é, na minha opinião, o grande ponto forte da faixa. Conforme afirmei acima, esta reflete bem a natureza feminina, multifacetada. Tanto no que toca às nossas variações de humor, sejam estas motivadas pela puberdade, menstruação, gravidez, pós-parto, menopausa, como por, de facto, sermos um pouco de tudo. Todas nós somos amigas e amantes, mães e crianças, anjos e demónios, belas e monstros ao mesmo tempo.



Conheci esta música há mais de quatro anos, numa altura em que andava a fazer imensas montagens de vídeos da Avril Lavigne. Durante algum tempo, andei bastante obcecada com Bitch. Como tal decidi montar um vídeo misturando o videoclipe da música com vídeos da Avril. Por restrições de direitos de autor, só consegui colocar no YouTube o vídeo com a faixa instrumental como bansa sonora. Um aparte só para comentar que o vídeo tem ganho inúmeras visualizações nos últimos momentos, por um motivo qualquer. Afinal de contas, a Avril é uma das minhas mulheres preferidas (juntamente com a minha mãe, a minha irmãzinha e a minha avó) e sempre abraçou a sua natureza multifacetada. Gostava que, um dia, fizesse um cover desta música. Até porque Smile acaba por ter várias semelhanças com Bitch - para além da óbvia parte do "crazy bitch", ambas falam sobre sermos aceites pelo homem que amamos tal e qual como somos.

Embarcando no espírito do dia de hoje, todas nós, mulheres, somos assim. Somos complexas. Somos lutadoras, tivemos de nos bater pelos nossos direitos, sendo um dos mais importantes o direito de escolhermos a vida que bem entendermos - e isso tem imensas ramificações. E continuamos a lutar por isso. Podemos até, em certas alturas, ser alegres, carinhosas, sensuais e, aparentemente, submissas mas é preciso terem cuidado connosco pois rapidamente nos tornamos más, caprichosas, ciumentas, carentes, exigentes, mimadas, choramingas. Não pedimos desculpa por isso! E não deixamos de ser lindas à nossa maneira. É sobre isso que Bitch fala.
 
Concluo esta entrada com as palavras do ilustre filósofo contemporâneo Bugs Bunny: cada mulher é uma bruxa por dentro. E eu acrescento que cada mulher é, igualmente, uma deusa por dentro. Feliz Dia Internacional da Mulher!

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