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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

3 Aplicações/Sites que mudaram a minha vida

O assunto de hoje é diferente do costume. Quero falar sobre três aplicações/sites que comecei a usar no último ano, ano e meio e mudaram a minha vida – ou, vá lá, parte dela. A parte que incluí a minha escrita, os meus blogues, a minha música. Não, não estou a ser paga por nenhuma destas aplicações, gosto genuinamente delas e recomendo-as.

 

Seguindo uma ordem mais ou menos cronológica, comecemos por falar do…

 

Pocket:

 

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Foi aqui, no Sapo Blogs, que descobri acerca desta aplicação . Conforme a Ana explicou muito bem no seu texto, o Pocket permite guardar artigos da Internet para ler ou consultar mais tarde. Podemos etiquetá-los consoante a nossa conveniência e acedê-los a partir de qualquer dispositivo que tenha a app, até mesmo offline.

 

Tenho usado o Pocket desde que esse texto foi publicado, mais coisa menos coisa. Este tem-me facilitado imenso o processo de escrita, sobretudo no que toca aos meus blogues. Quase todos estes textos requerem pesquisa: entrevistas aos criadores do material que estou a analisar (música, filmes, séries, jogos…), páginas da Wikipédia ou de sites semelhantes, críticas. No meu outro blogue, consulto notícias e crónicas sobre a Seleção.

 

Com o Pocket, guardo todas essas fontes no mesmo sítio, com a etiqueta adequada. Facilita a fase de planeamento dos textos, sobre a qual já falei aqui, e também a escrita propriamente dita – por muito bem que planeie os textos, muitas vezes preciso de voltar a consultar os artigos originais. Como costumo escrever em sítios sem wi-fi, o facto de o Pocket funcionar offline dá muito jeito.

 

Existem outras coisas que guardo no Pocket, para além de pesquisa para os meus blogues. Algumas delas são artigos sobre escrita – vários dos quais acabaram por inspirar estes textos.

 

Gosto também de ir colecionando artigos para ler nos tempos mortos: quer coisas que encontre nas redes sociais, quer na secção dos “Recomendados” do próprio Pocket. Os meus preferidos são os do The Guardian. Como, aliás, o Pocket usa a mesma formatação para todos os artigos (eu uso a tradicional: serif preto em fundo branco) muitas vezes prefiro mesmo ler os artigos por lá, em vez de lê-los nos sites originais – sobretudo quando estes têm anúncios a mais e formatações esquisitas.

 

Descobri há bem pouco tempo que o Pocket tem uma componente áudio, que lê os artigos em voz alta, mesmo offline. Ainda não tive tempo para usá-la muito, mas tenho-me divertido ouvindo os meus próprios textos – alguns dos quais, como este, escritos com o coração na ponta da caneta – lidos por uma voz feminina robótica com sotaque brasileiro.

 

Em suma, só para terem noção, quando fiquei sem telemóvel durante algumas semanas, há quase um ano, a aplicação que mais falta me fez não foi o Facebook, nem o Twitter, nem o WhatsApp, nem mesmo o Pokémon Go. Foi o Pocket.

 

Genius

 

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O Genius é um site de letras de músicas. O que o destaca de milhentos sites do género é o facto de permitir aos visitantes anotarem as letras das músicas – quer com factos sobre as mesmas, quer com sugestões de interpretações. Consta que, de início, o site dedicava-se exclusivamente a hip-hop – o seu primeiro nome era Rap Genius – mas acabou por expandir-se a outros géneros musicais. Hoje em dia, vários artistas têm contas verificadas no site, confirmam letras e/ou fornecem-nas antecipadamente – os Linkin Park fizeram isso este ano com Heavy – e chegam mesmo a anotar as letras com a interpretação “oficial” – Lorde fê-lo com Perfect Places.

 

Tendo em conta que analiso música neste blogue, este site dá-me imenso jeito. Com o Genius, temos quase tudo o que se sabe sobre determinada música no mesmo sítio – o que poupa imenso tempo no planeamento das minhas análises. Gosto, também, de ler as interpretações de outros visitantes no site, mesmo que nem sempre concorde com elas.

 

Tenho, aliás, contribuído com alguns factos e interpretações minhas. O meu username é bg_sofia, se tiverem curiosidade. Já fui convidada, até, para ser editora. Só não aceitei, porque ainda não me sinto preparada para isso. Ainda me atrapalho com a formatação das anotações, com a adição de links, citações, imagens. Mas tenciono ir praticando – tenho o conhecimento de mais de metade da minha vida como ouvinte de música para partilhar. Ainda agora comecei.

 

O site Genius tem uma aplicação móvel. Cheguei a sacá-la, mas eliminei-a quando precisei de espaço. As únicas diferenças entre a aplicação e aceder ao site através do navegador em que reparei foram a ligação automática à letra da música que estiver a ouvir no momento e uma funcionalidade tipo Shazam – mas que funciona pior que o Shazam. Não achei que justificasse o espaço que ocupa.

 

O site, contudo, vale a pena – sobretudo se forem fãs de música, como eu.

 

A próxima aplicação de que vou falar também se relaciona com essa área.

  

Spotify

 

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Esta é, sem dúvida, a aplicação mais popular desta pequena lista. Eu, como toda a gente, já conhecia serviço de streaming há alguns anos. Só há cerca de seis meses é que saquei a aplicação para o PC e experimentá-la a sério (nem me lembro ao certo do motivo). Desde essa altura, uso-o quase sempre que estou ao computador, o que tem mudado muito a maneira como consumo música.

 

A grande vantagem do Spotify é a facilidade no acesso a música. Sacar ficheiros mp3, ou semelhantes, quer legalmente quer não, ou então passá-los dos CDs para o computador, são coisas que dão trabalho. No Spotify, contudo, basta pesquisá-las e fazer um par de cliques para adicioná-las ao nosso catálogo pessoal. Ainda são precisos menos cliques quando essas músicas aparecem sugeridas nas sugestões, nos Daily Mixes, no Discover Weekly ou outras playlists.

 

Essas mesmas playlists são, aliás, outro dos pontos fortes do Spotify. Sempre fui fã delas – desde que descobri, quando era miúda, que podia tirar as músicas do CDs para o computador e reorganizá-las conforme quisesse, com o Windows Media Player. Penso que já falei, algures aqui no blogue, acerca da playlist que oiço quando escrevo cenas de ação nos meus livros. No meu outro blogue, tanto quanto me lembro, já falei algumas vezes da minha playlist da Seleção.

 

Agora, com o Spotify, posso partilhar essas playlists sobre as quais falo há anos com quem quiser e onde quiser. Já tenho a tal playlist da Seleção incorporada no meu outro blogue, por exemplo. Também criei e incorporei playlists em alguns textos antigos sobre música deste blogue – mas acho que ainda não partilhei a playlist com todas as músicas sobre as quais escrevi nesta rúbrica. A playlist do Top 10 de Canções de Amor está sempre a ser atualizada com novas canções de amor que vou descobrindo – como, por exemplo, Underwater.

 

Não sou grande fã das playlists sugeridas pelo próprio Spotify, como por exemplo, aquelas para o ginásio ou os Hits do momento. Em parte, porque não costumo gostar da maior parte das músicas da moda, mas sobretudo porque… sou esquisita e casmurra com a música. Prefiro ser eu a escolher o que oiço. Não que nunca oiça nada de novo – pelo contrário, desde que tenho o Spotify, tenho adicionado imensas canções ao meu leque habitual. Mas sempre tive dificuldades em alargar os meus horizontes – tenho andado a trabalhar nisso e já fui pior.

 

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Como uso a versão gratuita do Spotify, uma das desvantagens é ter de levar com anúncios de tantas em tantas canções. No entanto, estes não me incomodam muito – continuam a ser em menor número e um bocadinho menos irritantes do que os habituais da rádio. E, pelo menos, veem entre músicas escolhidas por mim.

 

O Spotify têm uma componente móvel, como toda a gente sabe, mas eu não a uso. No modo gratuito, a app só funciona se estiver ligada à Internet e nem sempre podemos saltar músicas. Tendo eu um cartão microSD cheio de música que pode ser lida pelo Google Play, mesmo em modo offline, para quê estar a gastar dados móveis com o Spotify?

 

A maior desvantagem do Spotify, na minha opinião – e o único motivo pelo qual ainda não pus a hipótese de aderir ao Premium – é o facto de faltarem coisas ao seu catálogo. B-sides que nunca foram lançadas oficialmente, certas versões instrumentais, acústicas ou ao vivo, a banda sonora dos jogos de Pokémon, as músicas de Digimon – embora tenha encontrado um cover bastante jeitoso de Brave Heart.

 

O Spotify não é, por isso, o meu único meio de consumo de música. E não acho que alguma vez chegue a ser. Ainda faço questão de comprar música, quer no iTunes, quer CDs – dos meus artistas preferidos, pelo menos. Em parte, porque não me parece que o Spotify pague devidamente aos músicos.

 

Mas também porque, apesar de tudo, continuo a gostar de CDs. São a única maneira de ouvir a minha música no carro que conduzo, por um lado. Por outro, sabe-me bem pôr um álbum a tocar e ouvi-lo do princípio ao fim. Quando era miúda, a minha aparelhagem não tinha modo aleatório e ouvir sempre o mesmo alinhamento aborrecia-me – foi um dos motivos pelos quais me virei para as playlists, como referi acima. Agora, no entanto, gosto de ouvir as músicas pela ordem que os artistas queriam que ouvíssemos. Em teoria, podia fazer o mesmo no Spotify – na prática, acabo sempre por adicionar outras músicas à fila.

 

De qualquer forma, acho que vou acabar por aderir ao Premium, mais cedo ou mais tarde. Quanto mais não seja porque não me parece que o Spotify consiga manter-se gratuito por muito tempo – se é verdade o que dizem neste artigo.

 

Cá estão: três das minhas aplicações ou sites preferidos neste momento. Talvez um dia escreva outro texto deste género – tenho um ou dois sites sobre os quais poderei escrever, mas não para já.

 

Obrigada pela vossa visita, de qualquer forma.

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