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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

Adulta reage a Digimon Tamers #1

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Quando comecei a rever Digimon Adventure há quatro anos – depois de descobrir que esta temporada teria uma sequela (isto é, outra para além de 02) – não sabia no que me estava a meter. Não imaginava a dimensão da franquia, não tinha noção de que as duas primeiras temporadas do anime eram apenas um universo entre vários. Muito menos imaginava que viria a conhecer tantos outros fãs de Digimon, tanto portugueses como estrangeiros, tanto online como em pessoa.

 

Não imaginava, em suma, que depois de reentrar neste mundo, após dez anos de ausência, não quereria voltar a sair.

 

De qualquer forma, não demorei muito a descobrir que, lá está, cada temporada do anime depois de 02 (exceto Tri) decorre numa cronologia diferente, com o seu próprio elenco e a sua própria versão do Mundo Digital. Os Digimon em si são essencialmente os mesmos, tirando as novas espécies introduzidas, claro, embora algumas das suas características mudem.

 

Até ao outono passado, só conhecia o universo de Adventure. Já fazia parte dos meus planos, há algum tempo, ver as outras temporadas de Digimon por ordem e escrever sobre elas aqui no blogue. Estive só à espera que Tri terminasse – o que aconteceu há pouco mais de um ano – para poder encerrar o capítulo de Adventure (pelo menos por agora). A ideia é fazer análises semelhantes às que fiz em 2015 para Adventure e 02 para cada uma das temporadas.

 

Isto é empreitada para levar anos, como é evidente. Familiarizar-me com todo um novo universo em Digimon o suficiente para escrever sobre o mesmo leva tempo. Não terei a vantagem de ter visto os episódios várias vezes em miúda, de cerca de quinze anos de convivência com o elenco e o mundo (ainda que apenas no subconsciente, em boa parte desses anos).

 

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Assim, antes de escrever sobre cada temporada, quero vê-la pelo menos duas vezes (uma vez a versão original, uma vez a versão dobrada em português de Portugal, a menos que esta não exista ou seja muito má). E, claro, a escrita em si também demora. Mesmo que fizesse este processo todo com todas as temporadas de seguida, o que não farei – por muito carinho que tenha pela franquia, há blogue e vida para além de Digimon – iria sempre levar um par de anos, mais coisa menos coisa.

 

Como tal, não me comprometo a nada – no que toca a este blogue, mal consigo fazer compromissos para semanas ou meses, quanto mais anos. Mas vou tentar pelo menos cobrir uma temporada por ano, mais ou menos – o lançamento de Last Evolution, no próximo ano, pode interferir com este esquema. 

 

Vamos então começar por Digimon Tamers. Tal como referi antes, não tenho a vantagem de ter conhecido a série quando era mais nova – só me lembro de ver um episódio (o décimo-segundo) e metade de outro (o vigésimo-quarto). Por outro lado, não serei influenciada pela nostalgia – que, não há como negá-lo, pesou muito nas análises anteriores.

 

Isto será mesmo um “Adulta reage a Tamers”. Uma adulta que não é assim tão madura e que não é estranha à franquia, mas acho que dá para justificar o ligeiro clickbait.

 

O principal guionista de Tamers foi Chiaki J. Konaka, que já tinha escrito para o anime Serial Experiments Lain. Estou longe de ser uma especialista em animação japonesa, mas consta que o estilo de Konaka se caracteriza por dramas psicológicos, fortemente influenciado por Lovecraft. Um bom exemplo, na verdade, é o episódio 13 de 02, onde ele colaborou (aquele onde Hikari vai parar ao Mar Negro).

 

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Outro aspeto positivo em relação a Konaka é o facto de ele ter criado um site recheado de informações interessantíssimas sobre o desenvolvimento de Tamers: descrições dos conceitos, inspirações dos mesmos, esboços, impressões sobre cada uma das personagens, entre outras coisas. Uma autêntica mina de ouro para pessoas curiosas – e uma fonte essencial para esta análise (Obrigada à minha seguidora Rita Oliveira pelo link).

 

O resultado foi globalmente positivo na minha opinião. Não sei se Konaka foi o único responsável por isso, mas Tamers quebra uns quantos dogmas estabelecidos pelo universo de Adventure, tem um enredo bastante coeso e, sobretudo, um elenco rico, bem caracterizado. Não admira que Tamers esteja entre as temporadas mais populares de Digimon.

 

Nesta análise vamos então ver o que Tamers tem de tão especial – na minha opinião, claro está. Como disse acima, vi cada episódio pelo menos duas vezes e pesquisei um bom bocado sobre a temporada antes de escrever sobre ela. Pode, no entanto, não ter sido suficiente. Estão à vontade para me corrigirem nos comentários, para me acusarem de não saber do que estou a falar – dentro dos limites do respeito, bem entendido.

 

Uns avisos antes. Primeiro, um alerta spoiler. Segundo, vou usar os nomes japoneses. Ponderei um bom bocado antes de tomar esta decisão. Nesta análise irei fazer referências ao universo de Adventure e, tal como anunciei no ano passado, passarei a usar os nomes japoneses. Não faria sentido usar nomes ocidentais para um universo e nomes originais para outro.

 

Além de que a dobragem portuguesa mistura nomes americanizados com os japoneses – e, no caso de Juri, usa um nome completamente novo. É confuso. Penso que será mais simples se usar os nomes originais.

 

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Com isto tudo, tenho vivido no universo de Tamers nos últimos meses – embora também tenha estado em Rhyme City e no Porto. E vou continuar – até porque as coisas na franquia concorrente têm andado demasiado desagradáveis para o meu gosto. Tenho procurado refúgio precisamente focando-me em Tamers. Aqui, Digimon matam-se uns aos outros, uma menina de dez anos é torturada por um programa de computador, mas continua a ser um universo menos tóxico que a comunidade de fãs dessa outra franquia, neste momento. Só espero fazer-lhe justiça. 

 

Entretanto, relembrar que este ano realiza-se de novo o encontro do Odaiba Memorial Day. Desta feita, será sábado dia 27 de julho. Eu estarei lá. Saibam mais aqui.

 

Tal como anteriormente, iremos começar por falar dos cenários. Fiquem desse lado!

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