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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

Avril Lavigne - Goodbye Lullaby (2011) #5

Quinta parte da crítica retrospetiva de Goodbye Lullaby, agora que estamos a vinte e quatro do lançamento oficial de Avril Lavigne. Esta parte inclui a música de que gosto menos neste CD e a de que gosto mais.
 
9) Not Enough

 
 

"You were stealing me away"

Esta é a última música da setlist do álbum que a Avril compôs colaborando com outra pessoa. Not Enough foi quase de certeza composta acerca do divórcio de Deryck Whibley e, em termos de significado, assemelha-se muito a Together (se bem que com menos dramatismo), com um toque à My Happy Ending; no fundo, diz: Isto não está a resultar. O solo de guitarra acústica com que começa, as batalhas frenéticas e os vocais exprimem bem esse conflito interior, a angústia de quem vê a sua relação falhar, sem poder fazer nada para impedi-lo, e se vê obrigada a desistir.

Esta é a canção de que gosto menos neste álbum. Não por achar que ela é pior do que as outras, porque não o é. À semelhança de quase todas as músicas do Goodbye Lullaby, possui qualidade musical, é uma obra de arte à sua maneira. Só que, a mim, não me diz muito, não me cativou como outras me cativaram. Em todo o caso, alguém que tenha passado por um término de um relacionamento semelhante pode perfeitamente identificar-se com esta música.

 10) 4 Real
 

"And now I'm stuck in the moment
And my heart is open
Tell me that you feel the same, oh..."

Esta é a minha música preferida de todo o álbum. Foi composta e produzida a solo pela Avril; talvez tenha sido a primeira canção que ela produziu em toda a sua carreira.

A parte instrumental é muito simples, constituída quase só pela guitarra acústica e a bateria discreta. Na verdade, é a voz da Avril é o instrumento principal, carrega toda a música. A letra é simples, fala sobre o nascimento do amor, é cantada com fluidez, com sentimento etéreo que se torna mais evidente na terceira estância. Esta é, na verdade, a melhor parte da música. Assemelha-se à terceira estância de Hot, só que aperfeiçoada. É capaz de ser um dos melhores segmentos músicais de toda a carreira da Avril. No fim, temos uma balada de amor, doce e romântica, com sentimento semelhante a Naked, outra que sempre foi uma das minhas preferidas.


 11) Darlin


"You're not the only one who's been through it"
 
Esta era a música em relação à qual me sentia mais curiosa, antes do lançamento do Goodbye Lullaby. Foi das primeiras que foram anunciadas, a Avril chegou mesmo a mencioná-la, de passagem, numa entrevista em 2008. É capaz de ser a faixa sobre a qual ela falou mais de todo o CD. Esta foi a segunda canção que a Avril compôs em toda a sua vida (a primeira foi Can’t Stop Thinking Of You), quando tinha catorze ou quinze anos. Ela tentou gravá-la para o Let Go, mas não a deixaram.
 
Darlin é uma faixa maioritariamente acústica, à qual vão sendo discretamente acrescentados violinos, piano e bateria, em que a voz da Avril sobressai. Mais uma vez, cinco estrelas para a produção feita pelo Deryck. Tenho pena de não termos tido acesso à versão instrumental em boa qualidade, sobretudo depois deste excerto prometedor:


A letra é um pouco inocente, notando-se que foi uma menina de quinze anos a compô-la, sobre ser-se forte para ultrapassar as dificuldades, mais uma vez, em consonância com a mensagem geral do álbum. Também deixa uma mensagem de empatia, de já-passei-por-isso-e-sei-que-é-difícil. A Avril pode tê-la composto sobre a irmã, sobre um amigo, sobre um colega, talvez sobre as habituais complicações da adolescência – nesse aspecto, faz lembrar um pouco as músicas de Let Go e Under My Skin que ajudaram muitos de nós, os fãs mais velhos, a ultrapassar essa fase. E agora, como disse uma vez no Twitter aquando do aniversário de Under My Skin, há-de ajudar os fãs mais novos, que estão a passar por isso neste momento. Em todo o caso, fica a pergunta: quem é que foi ou foram as alminhas iluminadas que não a deixaram gravar esta música antes?
 
A canção não tinha grande potencial comercial para servir de single, embora um videoclipe baseado nas recordações que esta música despoleta na Avril (ela tocando a música na sala de estar da casa onde cresceu para a sua mãe) fosse interessante. No entanto, uma das coisas que mais me intriga é o facto de esta música nunca ter sido tocada ao vivo, até ao momento. Que ela não toque 4 Real ou Remember When, músicas sobre as quais ela quase nunca falou, não me surpreende. Agora, não tocar uma música sobre a qual disse tanto, que esteve tantos anos na gaveta antes de ser editada, que tem tantas histórias a ela associadas (as primeiras incursões da Avril pela composição, o dia em que conheceu o Deryck e lhe tocou esta música e ele, não sei quantos anos depois, produzindo-a…) é que me causa imensa confusão.


Leiam as outras partes desta crítica:
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