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Álbum de Testamentos

Mulher de muitas paixões e adoro escrever (extensamente) sobre elas.

Música 2021 #5: A definição de divisivo

 

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No início de 2021, o terceiro álbum de Lorde era uma das minhas maiores expectativas para esse ano. Agora que estamos em inícios de 2022, Solar Power é uma das minhas desilusões. Não que estivesse à espera de um álbum da mesma qualidade estratosférica de Pure Heroine e Melodrama, mas estava à espera de algo um pouco melhor. 

 

Eu explico melhor aqui.

 

Não tenho muito a acrescentar à minha análise a Solar Power. No entanto, desde que publiquei esse texto, Lorde lançou dois videoclipes para músicas deste álbum: Fallen Fruit e Leader of a New Regime. 

 

O vídeo de Fallen Fruit está muito bem feito em termos de cinematografia. A maneira perfeita como alterna entre o “antes” e o “depois”, o paraíso e o inferno. E a mensagem não podia ser mais clara.

 

Isto é, tirando o momento final em que Lorde decide deixar aquilo tudo para trás. No entanto, no vídeo seguinte, para Leader Of A New Regime, Lorde aparece de novo num lugar paradisíaco. Em termos de meta, sabemos que é a mesma praia em que os vídeos de Solar Power e Fallen Fruit foram filmados (isto é, acho eu).

 

 

Dentro do universo, não sei se é suposto assumirmos que é um lugar diferente – a tal ilha para onde a narradora de Leader of a New Regime fugiu aquando da queda da civilização. E o que é que impede de acontecer o mesmo que aconteceu em Solar Power? 

 

No seu último e-mail, Lorde referiu que este vídeo representa o meio da história. Talvez a coisa fique mais clara nos vídeos seguintes.

 

Não se sabe ainda quais serão, no entanto. The Path parece ser a candidata mais óbvia. Depois Dominoes? Oceanic Feeling? Quem sabe…

 

Pelo meio, Lorde partirá em digressão este ano. Ela tem dado a entender que não irá demorar tanto tempo com o próximo álbum. Talvez comece a trabalhar nele pouco depois do fim da digressão. 

 

Por um lado aplaudo. Por outro, só cria mais buracos na história do “ai e tal, estou farta de ser famosa”. Um dos vários problemas que tenho com Solar Power.

 

 

Não fui a única pessoa a não ficar satisfeita com este álbum, mas existem muitas pessoas que gostaram. Chegou a ocorrer um caso caricato: um site em que Solar Power surgiu tanto numa lista de “melhor do ano” como numa lista de “pior do ano” – escolhas de pessoas diferentes, claro. 

 

A definição de um álbum divisivo. 

 

Alguns membros da equipa “Solar Power Yay” acusam os membros da equipa “Solar Power Nay” de sermos puristas, de querermos um segundo Melodrama. É possível que hajam casos desses, mas não é o meu. 

 

Vocês sabem que, por norma, não critico mudanças só por serem mudanças. Eu até gosto de pelo menos algumas das ideias de Solar Power. O meu problema é a execução, conforme expliquei na análise. Esperávamos um álbum leve, solarengo, mas Solar Power em demasiados momentos soa demasiado aborrecido e incompleto. Além de que se foca demasiado em problemas de primeiro mundo.

 

No entanto, no fim do dia, são apenas opiniões. Não me choca que haja quem goste. Melhor para eles.

 

E a verdade é que tenho de destacar uma música: o tema-título, lançado no início do verão, mesmo não sendo a melhor do álbum ou mesmo a minha preferida. Estávamos todos à espera de um primeiro single com mais substância, não apenas de uma mera música de verão. Porém, era aquilo de que precisava na altura, depois de meses de confinamento, stress e música triste. “Forget all of the tears that you’ve cried, it’s over”.

 

 

O meu verão mais tarde não seria grande coisa, mas Solar Power foi um bom consolo, ajudou-me a aproveitar aquilo que pude do estio. 

 

Isso compensa tudo o resto.

 

Muito bem, ficamos por aqui. Só fica a faltar um texto. A ver se o publico até ao fim da semana. 

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