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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

Músicas Não Tão Ao Calhas – Shine a Light

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Bryan Adams lançou, na passada quinta-feira, dia 17 de janeiro, o single Shine a Light, primeiro avanço do álbum com o mesmo nome, que sai a 1 de março.

 

Shine a Light foi co-composta com Ed Sheeran. Consta que os dois se conheceram há uns meses, em Dublin, e mantiveram o contacto. Porque ninguém do mundo da música é idiota ao ponto de conhecer Ed Sheeran e não manter o contacto. A certa altura, Bryan enviou-lhe aquele que se tornaria o refrão de Shine a Light. Uns dias depois, recebeu o esboço de volta, com estâncias compostas por Ed.

 

Tenho uma certa pena que Ed não tenha também cantado, até porque Bryan disse que “devíamos tê-lo ouvido a cantar”. Por outro lado… não estou a ver ao certo onde está a influência de Sheeran nesta música. Não sei o que é que ele fez pela música que Bryan não podia ter feito. O estilo musical dos dois não é assim tão diferente quanto isso. Não havia necessidade, na minha opinião.

 

Mas, lá está, é o Ed Sheeran. Como disse acima, nos dias que correm, ninguém deixaria a oportunidade escapar.

 

 

"Big city lives, fast lane living but
You never forgot your roots"

 

Cinismo à parte, esta é uma canção que, não sendo extraordinária, cativou-me à primeira audição com o seu tom luminoso – a condizer com o título da música. A guitarra acústica domina (ouve-se muito pouca guitarra elétrica), num ritmo acelerado marcado pela bateria. Lembra-me um bocadinho Oxygen, do álbum 11, se bem que a bateria de Shine a Light não seja tão dominadora.

 

Outra música que Shine a Light me recorda é Breakin’, dos All-American Rejects.

 

Infelizmente, regressa uma das falhas de Get Up: a ausência de solos de guitarra. De que serve ter um guitarrista excelente, como Keith Scott, se não podemos ouvir a guitarra dele na música de Bryan?

 

Enfim. Passemos à frente.

 

O tema de Shine a Light não é inédito na discografia de Bryan. À semelhança de Walk on By, do álbum 11, a letra aborda a história, muito típica na cultura americana e canadiana, da jovem que deixa a terra pequena onde nasceu e parte para a cidade para seguir os seus sonhos. Enquanto a letra de Walk on By é mais cautelosa, Shine a Light conta a mesma história numa luz (pun intended) bem mais otimista. Aqui ninguém duvida que a menina em questão conseguirá desenrascar-se sozinha e tornar os seus sonhos realidade – até porque ela ilumina tudo o que a rodeia.

 

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Em suma, Shine a Light é uma boa introdução ao álbum com o mesmo nome. Não acho que se vá tornar uma das minhas músicas preferidas, mas imagino-a ganhando um estatuto parecido ao de I thought I’d seen Everything, do álbum 11, e de She Knows Me.

 

Esta última, aliás, tem andado a subir na minha consideração ao longo do último ano. De vez em quando passa na Rádio Comercial, enquanto estou a trabalhar. Quando a oiço, lembro-me que saiu num dos períodos mais difíceis da minha vida. Só o percebi muito depois, mas na altura soube-me a um dia de sol, no meio de um verão invulgarmente cinzento e gélido.

 

Espero que seja esse o significado do nome deste álbum. Talvez o objetivo de Shine a Light seja mesmo esse: trazer música que nos aqueça neste inverno, que nos ilumine os dias, numa altura em que as vidas de muitos de nós já foram bem mais fáceis.

 

Já se conhece a tracklist do álbum Shine a Light. Desta feita, não temos apenas nove faixas inéditas, com quatro versões acústicas para nos poderem cobrar o preço de um álbum inteiro – mais de três anos depois de Get Up, ainda acho uma jogada super manhosa.

 

IMG_20190120_125342.jpg

 

Nada disso desta vez. Vamos ter direito a treze faixas inéditas. Bem, mais ou menos, uma é um cover de Whiskey in a Jar. A versão digital, em CD e em cassete (?) vai ter The Last Night on Earth como faixa exclusiva, enquanto a versão em vinil terá I Hear You Knockin’.

 

Um destaque da tracklist é o dueto com Jennifer Lopez. Confesso que não estava à espera desta. Não sou grande fã de JLo – tirando uma música ou outra, considero-a uma cantora mediana. No entanto, estou com algumas expectativas em relação a este dueto. Acho que pode sair uma coisa gira daqui.

 

Como disse antes, o álbum Shine a Light sai a 1 de março. Ou seja, no próximo mês e meio, vou receber três álbuns novos de artistas do meu nicho, com um intervalo de duas semanas. Resist, dos Within Temptation, a 1 de fevereiro. Head Above Water, de Avril Lavigne, a 15. Shine a Light a 1 de março. Que luxo!

 

Ainda bem que aderi à promoção do Spotify, que oferecia três meses de Premium pelo preço de um. Fiz a compra perto do Ano Novo e abarca estes três lançamentos. Bem jogado, Sofia-do-passado!

 

Já arranjei, aliás, uma playlist para toda a música nova que foi saindo este ano, para me ser mais fácil ir-me familiarizando com o material novo até arranjar os CDs. E também para ir manipulando o número de reproduções.

 

 

Entretanto, tenho andado a trabalhar num texto de Músicas Ao Calhas sobre duas músicas, uma de Bryan, outra de Avril Lavigne. Talvez o timing não seja o melhor – vai ser muita Avril e muito Bryan em pouco tempo neste blogue. Por outro lado, vou regressar às origens neste texto. Já que os dois se preparam para lançar álbuns novos, acho que é uma boa altura para voltar atrás e recordar o início da nossa relação musical.

 

Preparem-se, então, para muita música aqui no blogue nas próximas semanas, se não forem meses. Estamos apenas a começar. Continuem desse lado!

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