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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

Odaiba Memorial Day: Digimon Adventure #1

 

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Hoje é dia 1 de agosto, que entre os fãs de Digimon é conhecido por Odaiba Memorial Day. Foi o dia em que, em, 1999, segundo a timeline da série animada que se centra no mundo digital, as personagens principais da primeira temporada foram transportadas para o Mundo Digimon pela primeira vez. Desse modo, este é um dia escolhido para celebrar o franchise. Eu só soube deste dia há poucas semanas, mas calha bem. Há alguns meses ouvi falar no Digimon Adventures Tri numa série de filmes, prevista para algures este ano, protagonizada pelo elenco original e passada, se não me engano, seis anos após os eventos da primeira temporada. A propósito disso, quis rever a primeira temporada e, já que hoje é considerado o Dia dos Digimon, hoje começo a escrever sobre ela.

 

Eu só vi as duas primeiras temporadas de Digimon, sendo que vi a primeira várias vezes, enquanto que a segunda só vi uma vez e falhei vários episódios, incluindo os últimos. Mesmo assim, foi o suficiente para a série animada me marcar profundamente na infância e não só. Na verdade, só me apercebi da influência que teve - e continua a ter, de certa forma - quando a revi agora. É sobre isso que quero falar nestas entradas.

 

Dois alertas antes de começarmos:

 

1) Spoilers: as entradas desta série terão inúmeras revelações sobre o enredo da primeira temporada de Digimon, talvez da segunda. Leia por sua conta e risco.

 

2) Alguns conceitos próprios desta série animada têm traduções controversas - na língua portuguesa, têm mais do que uma possível. Neste texto, vou adotar as traduções com que estou mais familiarizada e/ou que considero mais adequadas. 

 

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Quando era pequena, via a primeira temporada de Digimon mais ou menos na mesma altura em que via Pokémon: à volta do ano 2000, 2001. Inicialmente, passava no Batatoon, de segunda a sexta à tarde. Mais tarde, houve um ano - penso que 2002 - em que transmitiram a primeira e a segunda temporada na SIC, aos sábados e domingos depois do Pokémon (saudades dessas manhãs...). Isto pode surpreender-vos, tendo em conta as inúmeras referências que faço ao Pokémon neste blogue, mas nessa altura - por volta de 2002 - eu gostava mais de Digimon do que Pokémon. Eu mesma quase me tinha esquecido disso, ao fim de dez anos praticamente sem contacto com Digimon e um contacto muito maior com Pokémon. Mesmo sem este contacto, os traços da série animada de Digimon mantiveram-se no meu subconsciente como escritora - conforme procurarei demonstrar.

 

Antes de prosseguirmos, quero deixar uma coisa assente desde já. Continua a existir uma grande polémica relativamente à rivalidade entre os dois franchises acima referidos. Apesar das semelhanças mais do que óbvias, não acho que tenham assim tantas coisas em comum quanto se pensa. A diferença mais gritante é que Pokémon tem uma expressão muito maior, sobretudo por causa dos jogos que continuam bastante populares, mesmo passados estes anos todos - pelo menos é essa a ideia que eu tenho e, de qualquer forma, a comunidade online de fãs é muito forte. Julgo que existe um jogo qualquer de Digimon, talvez uma coleção de cartas, mas eu não conheço nenhuma dessas vertentes. Não posso, portanto, opinar. No entanto, do conhecimento limitado que eu tenho da série animada, Digimon é melhor que Pokémon nesse capítulo.

 

Na verdade, não é só que Pokémon, Digimon é melhor que a larga maioria das séries dirigidas ao público infantil. Sobretudo porque há mais tensão do que o habitual, há muito mais em jogo que o que costuma haver num desenho animado normal. O elenco, no início, está a tentar sobreviver num mundo para onde foi, literalmente, atirado, tentando regressar a casa. Mais tarde, estaria a tentar salvar o mundo Digimon, enfrentando inimigos que os querem ver mortos. E com um enredo tão pesado, é natural que as personagens se desenvolvam mais do que o habitual. Os episódios têm uma fórmula, sobretudo no início, é certo, mas, pelo menos na primeira temporada, raramente existem fillers e temos muitos episódios que terminam em cliffhangers - por comparação, a série animada do Pokémon é muito mais formulaica e previsível e, claro, há muito menos tensão. Não é por acaso que eu prefira os filmes e que o meu preferido tenha óbvias semelhanças com Digimon.

 

Há três aspetos que eu quero analisar separadamente no que toca a esta primeira temporada: o Cenário, o Enredo e as Personagens. Tenho muito a dizer sobre cada uma dessas vertentes, e ainda terei algumas considerações gerais a tecer, no final. Por outras palavras, esta é a primeira entrada de uma longa série. Mas já sabem como eu sou, eu escrevo muito. Não é por acaso que este blogue se chama Álbum de Testamentos.

 

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