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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

Música de 2012 #1

O final do ano aproxima-se a passos largos. Uma coisa que costume fazer no fim de cada ano é eleger os cantores, faixas e/ou álbuns musicais que mais me marcaram nesse mesmo ano.
 
2011, por exemplo, foi um ano bastante rico em termos musicais para mim. Há um ano, elegi Goodbye Lullaby, de Avril Lavigne, e The Unforgiving, de Within Temptation (Crítica AQUI), como os álbuns do ano, com destaque para os singles Smile e Shot in the Dark, respetivamente. Também marcantes foram o single Monster, dos Paramore, e a banda Sum 41, apesar de não ter gostado tanto assim de Screaming Bloody Murder.
 

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Este ano, Alanis Morissette foi uma cantora marcante. Já a conhecia há bastante tempo e músicas como Ironic e You Learn há muito que fazem parte da minha playlist. Este ano decidi ouvir-lhe a discografia completa. Vou ser sincera, gosto muito de cerca de uma dúzia de músicas dela, na sua maioria singles, mas o resto não me diz muito. A minha favorita, tirando Guardian, é Hand In My Pocket - um dia falarei sobre ele e sobre outras na rubrica Músicas Ao Calhas.
 
Uma coisa em que reparei ao ouvir as músicas de Alanis é que esta parece ter uma personalidade semelhante a Bia, a minha personagem principal feminina. As músicas de Alanis dão-me a ideia de uma mulher de carácter forte, terra-a-terra embora não deixe de ter uma componente espiritual, que comete erros, possui imperfeições e não tem problemas em admiti-lo, chegando a ser, por vezes, politicamente incorreta.
 
No entanto, a semelhança com Bia é mais evidente em Guardian.
 
 
Em termos musicais não há muito a dizer. O estilo é o típico rock leve e feminino, característico de Alanis. Aquilo que mais me atraiu na música foi mesmo a letra. Alanis escreveu-a pensando no filho que teve há pouco tempo, embora admita que ela mesma é bastante altruísta e protetora relativamente aos demais. A música fala, precisamente, sobre amor, dedicação, lealdade, instintos protetores.

Na verdade, Guardian acaba por ter mais a ver, não com Bia, mas com a personagem que lhe deu origem, a personagem principal da história que serviu de principal base a "Planetas Homólogos". A função dessa personagem no mundo onde a história decorre é, precisamente, a de Guardiã. Foi uma coincidência incrível que, mais de seis depois de ter criado a Guardiã, mais de dois anos depois de a ter adaptado para aquele que foi o primeiro livro que publiquei, tenha saído uma música com o mesmo nome e descrevendo perfeitamente a personalidade da minha protagonista.

 
 
Bia é uma jovem que passou por muito na vida tendo conseguido dar a volta a tais situações da melhor maneira. Só por isso serve de exemplo, de inspiração, àqueles que a rodeiam, quando eles mesmos passam por dificuldades. Ela própria é também muito altruísta, capaz de fazer tudo por aqueles que ama. Em particular por Alex, a minha personagem principal masculina.

Começo a entrar um pouco no campo dos spoilers, mas enfim... Em "O Sobrevivente", Bia torna-se a principal protetora, a principal mentora de Alex e da sua irmã no mundo em que entram. O mais engraçado é que a própria letra de Guardian acaba por remeter para Alex: "You who has pushed beyond what's humaine", "they were distracted and shut down". Outra coisa em Guardian que me recorda as minhas personagens é o facto de o protegido já possuir uma certa força por si só, já ser um ser extraordinário à sua maneira, não apenas uma criatura indefesa e insignificante.


Uma outra música que acaba por ter um espírito semelhante a Guardian é Angel With a Shotgun, dos The Cab. A letra fala igualmente em instinto protetor, algo feroz até, embora com um carácter mais romântico e ficcionado. Lembra igualmente Bia, capaz de tudo como ela é para proteger aqueles que ama, que ainda por cima anda sempre munida de uma arma. A soniridade remete igualmente para a ficção, com um rock algo sinfónico, que lhe confere um carácter épico.

O único "defeito" desta música é mesmo não ter voz feminina. Se tivesse, Bia poderia assinar por baixo. Sei que existe uma versão feminina, por Nightcore, mas nota-se que é uma manipulação informática da música orignal. Se surgir algum cover feminino genuíno de Angel With A Shotgun, avisem!

 
Fica aqui a receita: se algum artista que me quiser conquistar, tem de criar música que se ligue, de uma forma ou de outra, às minhas histórias. Se a música for capaz disso, rapidamente tornar-se-à imortal para mim. Falo aqui meio a brincar meio a sério pois, desde que comecei a considerar-me uma escritora buscando inspiração em diversas fontes, sinto cada vez menos paciência para música superficial e anseio por música com algum conteúdo. Foi por isso que não gostei tanto quanto esperava da recém-lançada trilogia de álbuns dos Green Day.

É claro que existem algumas exceções, em particular uma certa exceção e mesmo nesses casos, é raro tais músicas serem as minhas preferidas. Mas isso fica para outras escritas, se se justificar.

Esta foi apenas a primeira entrada sobre Música de 2012. Planeio publicar mais uma. Mantenham-se ligados!

E, já agora, Feliz Natal!

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