Pokémon através das gerações - La belle Kalos #2
Em X&Y, temos outra personagem importante, mas que só nos é apresentada numa fase muito avançada do jogo: um velho sem-abrigo gigantesco de nome AZ. Este, a certa altura, é aprisionado por Lysandre, pois possui a chave para a arma suprema que o líder dos Team Flare quer ativar.
AZ conta-nos a origem dessa arma. Fala-nos da guerra que assolou a região três mil anos antes dos eventos dos jogos. O rei de Kalos na altura teve de enviar o seu Floette para a guerra e este não sobreviveu. Consumido pelo luto, o rei construiu uma máquina que ressuscitasse o Pokémon. Ele foi bem sucedido e o Floette regressou à vida, mas o rei ainda alimentava desejos de vingança. Assim, transformou a máquina na arma suprema e usou-a para terminar a guerra, aniquilando inúmeros Pokémon dos dois lados em conflito. Depois desta, Floette, destroçado por tantas vidas se terem perdido por causa dele, abandona o rei.
Acho que isto não foi confirmado preto no branco, mas parece que a máquina conferiu vida eterna ao rei. Este passou os três milénios seguintes vagueando, à procura do seu Floette ou, pelo menos, do seu perdão.
AZ conclui a história pedindo ao jogador que faça tudo para que não se voltem a cometer os mesmos erros.
Havemos de regressar ao gigantesco sem-abrigo, mas, de qualquer forma, cumprimos a vontade dele. Com a ajuda de Shauna, Calem ou Serena e os outros rivais, invadimos o quartel-general onde a arma suprema está escondida. Enfrentamos uma data de membros do Team Flare até encontrarmos a arma, que possui Xerneas ou Yveltal (consoante a versão) aprisionado. Numa sequência espetacular nos gráficos em 3D, libertamos o Lendário e combatêmo-lo.
Tal como acontece com Reshiram e Zekrom em Black&White, respetivamente, somos obrigados a capturar o Lendário antes de prosseguirmos com o jogo e temos a hipótese de adicioná-lo logo à nossa equipa. Desta vez, no entanto, não sei se faz assim tanto sentido neste contexto. Não me admirava, aliás, se isto foi adicionado só para piscar o olho a Black&White.
Depois de capturarmos Xerneas ou Yveltal, desativando a arma suprema, temos de combater Lysandre uma última vez. O líder do Team Flare surge assustador, com uma série de implantes robóticos e um Mega Ring, disposto a recuperar o Lendário que resgatámos e a prosseguir com o seu plano.
Quando o derrotamos, Lysandre tem um ataque de fúria, não muito diferente dos de Ghetsis – incluindo a parte em que palavras de apelo à sua humanidade caem em saco roto. A diferença é que Lysandre age sob a influência da sua fúria – ativando a arma suprema, mesmo com pouca energia. Felizmente, tudo o que consegue fazer é destruir o quartel-general, enterrando-se debaixo dele. Em Y, Lysandre provavelmente morre. Em X, Lysandre provavelmente deseja ter morrido.
Havemos de regressar a Lysandre. Voltamos a ver AZ depois de vencermos a Liga – durante a grande festa em Lumiose em honra do protagonista, que travou a arma suprema e se sagrou Campeão. AZ desafia-nos para um combate, para “saber o que é um treinador”. Depois do combate, vemos AZ sorrir pela primeira vez e este agradece-nos por o ajudarmos a libertar-se da “parte de si que criou a arma suprema”.
Sim, caso ainda não tenham percebido, AZ é o rei da história.
É nesse momento que, numa cena que já se tornou icónica, o Floette desce dos céus, aparecendo perante AZ pela primeira vez desde a arma suprema. A frase “It’s been 3000 years” tornou-se conhecidíssima, já foi usada em vários memes (tenciono fazer um quando a Avril Lavigne anunciar o seu álbum), mas a cena é verdadeiramente comovente – com AZ caindo de joelhos, as mãos e os ombros a tremer. É preciso ter um coração de pedra para não ficar com, pelo menos, uma lágrima no canto do olho.
É uma história lindíssima, a de AZ. Faz lembrar as dos vilões de Once Upon a Time, sobretudo a de Regina. À semelhança de AZ, ela perdeu um ente querido e, em diversos momentos da sua vida, teve de escolher duas opções: ou ficava presa ao passado, consumida pelo ódio, pela raiva, procurando vingança. Ou libertava-se do passado, optava pela esperança, pelo perdão. procurava amar de novo, tanto às pessoas à sua volta e ao mundo em geral, como a si mesma. Regina (e outros vilões da série) tomou demasiadas vezes a opção errada, demorou muito tempo a escolher o caminho certo.
Da mesma forma, AZ escolheu a opção errada, mesmo depois de recuperar o seu Floette, e teve de viver três mil anos com as consequências dessa decisão. Mas, no fim, só lhe bastou abrir, por um momento, o seu coração à esperança – mesmo sendo uma coisa tão simples como um combate de Pokémon – para Floette o perdoar.
Dito isto tudo… a história de AZ deixa um bocadinho a desejar, na minha opinião. Conforme disse antes, AZ é-nos apresentado demasiado à frente no jogo e a história deles, ainda que bonita, parece-me algo apressada. Além disso, não acho que AZ tenha feito o suficiente para merecer o perdão. Pode-se argumentar que três mil anos de solidão são castigo suficiente, mas gostava que ele tivesse tido uma participação mais ativa na luta contra Lysandre. Afinal de contas, o Team Flare estava a usar a mesma arma que AZ construira. E haverá melhor maneira de se redimir por um massacre do que impedir outro?
Podia-se, aliás, ter feito um melhor paralelismo entre AZ e Lysandre (que até é descendente distante do primeiro): dois homens que, a certa altura, ganharam ódio à Humanidade e ao mundo em geral e quiseram destruí-lo. AZ passa das intenções aos actos, o que só provoca sofrimento, a si e ao resto do Mundo. AZ podia ter tentado dissuadir Lysandre dos seus planos, fazer-lhe ver que conferir imortalidade a uns quantos escolhidos ou matar toda a gente não resolverá nada, não apaziguará o seu ódio ou a sua dor.
O que nos leva aos problemas que tenho com Lysandre. Já tinha dado a entender acima que a motivação do vilão destes jogos não me convence por aí além. A justificação que dão para ele odiar a Humanidade é vaga – uma boa pessoa que sofreu uma desilusão? Não podiam ter sido mais específicos? Ao menos com AZ sabemos que foi a morte do seu Floette que o atirou para um caminho destrutivo. Lysandre tornar-se-ia mais credível como vilão se tivesse uma história desse género, nem que fosse um cliché tipo “cresceu como órfão”, como o Batman.
E mesmo assim não disfarçaria a hipocrisia da sua mensagem. Já antes comentámos que ele estava disposto a sacrificar Pokémon inocentes. Pior ainda é o facto de pregar contra a ganância e corrupção… mas é necessário pagar uma quantia exorbitante para fazer parte dos Team Flare e, como tal, ser poupado ao massacre.
Pois…
Não sei se é suposto Lysandre ser mesmo hipócrita, representar uma forma extrema de elitismo, ou se pura e simplesmente a personagem e respetiva organização criminosa foi construída em cima do joelho.
Em todo o caso, é por isso que, tirando a parte que diz respeito a AZ, e mesmo assim, o enredo principal de X&Y deixa muito a desejar, na minha opinião. Representam vários passos atrás depois de uma quinta geração que se caracterizou por boas histórias e personagens bem desenvolvidas – não apenas as diretamente envolvidas no enredo principal, mas também as mais secundárias, como os rivais e os líderes de ginásios.
Em X&Y, no entanto, os rivais dão pouquíssimas para a caixa e os líderes de ginásio são, de novo, esquecíveis A única com um papel mais ou menos importante é Korrina, que nos ensina acerca da Mega Evolução. Diantha é Campeã de Kalos, mas é uma mera figura decorativa – nem funciona como mentora, nem ajuda a travar Lysandre e o Team Flare. A única exceção é mesmo o professor Sycamore, que sempre aparece um bocadinho mais do que o habitual para um Professor de região e faz um mea culpa por nunca ter discordado abertamente com a mensagem que Lysandre pregava.
É possível que, num jogo que se destaca tanto pelas melhorias estéticas e pelas funcionalidades novas, o enredo e o desenvolvimento das personagens tenha sido deixado um bocadinho de lado.
Se formos a ver, o enredo de X&Y partilha as falhas do conceito de beleza em si: a superficialidade.
Existe, no entanto, uma história no post-game que tem muito pouco a ver com o enredo principal: a história de Looker e Emma.
Looker é uma personagem recorrente nos jogos desde Platinum. Foi a estrela de Pokémon Generations, conforme escrevi na altura. Sempre gostei dele, com os seus modos pomposos e vaidosos (acreditam que só no outro dia é que me apercebi que “Looker” significa “atraente, bem-parecido”? Ele deu a si mesmo o nome-código “Bonitão”!), mas a sua participação em X&Y é a minha preferida até ao momento.
Devo avisar, no entanto, que esta foi a única parte de X&Y que só fiquei a conhecer quando joguei eu mesma. É possível que isso me tenha dado um viés.
No post-game, Looker convida-nos para o ajudarmos em certas missões. É numa delas que conhecemos Emma, uma sem-abrigo orfã (semelhante a outra Emma nossa conhecida), acompanhada apenas por Mimi, a sua Espurr. Descobrimos, mais tarde, que Emma se tornara, sem dar por isso, líder de um míni-gangue (que, pelo menos a mim, parece lançar as bases para a Team Skull, da sétima geração).
Mesmo tendo em conta as origens duvidosas, Looker acolhe Emma no seu escritório – eu confesso que pensaria duas vezes antes de tomar esta decisão, até porque receava que Emma se revelasse uma anti-heroína, que a certa altura apunhalaria Looker pelas costas. O detetive dá-lhe emprego como assistente, ensina-a a ler, a escrever e a contar. Os dois acabam por desenvolver um laço de pai e filha.
A partir de certa altura, no entanto, Emma começa a sentir-se culpada por andar a viver à custa de Looker. Não que este tenha problemas com isso – quando a jovem lhe fala no assunto, o detetive aconselha-a a focar-se nos estudos. No entanto, Emma continua sem se sentir bem com a situação. Desse modo, começa a procurar outro emprego.
Depois disto, Emma começa a desaparecer durante intervalos de tempo prolongados – na mesma altura que surge uma mulher, vestida como se fizesse parte dos Daft Punk, utilizando diversos disfarces para roubar Pokémon, usando o nome de código Essentia.
Quando, a certa altura, Looker, Mimi e o protagonista conseguem cercar Essentia, descobrimos que esta é, na verdade, Emma. Descobrimos também que, no emprego que a jovem arranjou, o seu patrão é Xerosic, antigo cientista da Team Flare. Este anda a usar Emma como cobaia para o seu “fato de Expansão”, controlado remotamente. As notas de Xerosic, nos laboratórios do Team Flare, referem que Emma não está consciente enquanto usa o fato – depois de usá-lo, não se lembra do que fez com ele.
Também se descobre que Emma, no início, não sabia nada acerca de ser treinadora de Pokémon – as notas referem mesmo que a jovem prefere brincar com os Pokémon em vez de fazê-los combater. Xerosic teve de ensiná-la.
Devo confessar que acho o papel de Xerosic nesta história deveras intrigante. Os produtores são capazes de ter criado um vilão bem mais interessante e complexo que Lysandre sem darem por isso. É certo que foi cúmplice no que toca à arma suprema e afins e construiu um fato que lhe permite manipular outras pessoas. No entanto, Xerosic não é cruel para Emma. Ensina-a a ser treinadora, ou seja, dá-lhe armas para singrar na vida – algo que, provavelmente, ninguém tinha feito por ela, tirando Looker. Quando mais tarde é apanhado, Xerosic entrega-se sem reservas e ainda oferece a Emma o fato que desenvolveu e os Pokémon que utilizou.
Por fim, Emma parece genuinamente gostar dele – embora não deixe de censurá-lo pelas suas ações vilanescas.
Nada disto faz de Xerosic uma boa pessoa, nem sequer lhe serve de redenção. Mas há que reconhecer que possui um código de honra que nem todos os vilões possuem.
Devo dizer que, nesta parte do jogo, senti-me muito mais aflita e motivada para salvar Emma do que antes, para travar Lysandre e a arma suprema – ainda que seja um bocadinho chato termos de combater três vezes de seguida contra ela, enquanto a jovem se debate contra o controlo do fato.
E fiquei de coração partido quando Looker teve de partir, deixando Emma para trás, deixando-lhe o seu escritório em Lumiose.
De qualquer forma, com o escritório de Looker, o fato, os Pokémon de Xerosic e o seu novo estatuto como treinadora, Emma torna-se verdadeiramente a Essentia – uma espécie de super-heroína, guardiã de Lumiose City. Tal como a sua homónima de Once Upon a Time, a jovem passou de orfã e sem-abrigo a heroína. Até se pode dizer que encontrou uma família, com Looker, o gangue e o protagonista do jogo – mesmo que o primeiro tenha partido.
É uma história bonita.
Outro dos motivos pelos quais queria uma sequela de X&Y era para voltarmos a vê-la: uma Emma possivelmente mais madura, mais experiente como treinadora, talvez aliando-se ao protagonista na luta contra o Team Flare (se eles se mantivessem como equipa vilanesca).
Eu acredito mesmo que estes jogos precisavam de uma sequela ou, pelo menos, uma versão melhorada, sobretudo para compensar pelas falhas do enredo. Penso que era esse o plano inicial da Game Freak – talvez um ano ou dois após os remakes, como aconteceu com Emerald. Só que, entretanto, veio 2016 com o vigésimo aniversário da franquia e eles acharam melhor inaugurar uma geração nesse ano.
Bem, o mundo nunca saberá.
Voltando aos jogos X&Y em si, o meu maior problema com eles, mais do que o enredo, é o facilitismo. O Experience Share foi alterado e, agora, atribui pontos a toda a equipa, mesmo a Pokémon que não tenham participado nos combates. Aliado a isto, outro dos benefícios do Amie é um bónus nos pontos de experiência. Desse modo, os Pokémon sobem de nível muito mais depressa que antes e a dificuldade do jogo desaparece.
E com ela a piada. Quem é que quer jogar um jogo que não nos desafia minimamente? Cheguei a ver pessoas no YouTube com Pokémon dez níveis acima dos treinadores que enfrentava – o que é ridículo.
Eu joguei X com o Experience Share desligado e, desse modo, o jogo teve um nível de dificuldade mais aceitável – mesmo assim, os únicos ginásios onde tive de me esforçar foram os do Grant (aquele Amaura é traiçoeiro) e o de Valerie (só porque não tinha opções na equipa para lidar com o tipo Fada). A Elite 4 e a Diantha, por sua vez, não foram nada de especial.
Este problema repetir-se-à em Omega Ruby & Alpha Sapphire, falaremos sobre isso na altura. Para já, devo dizer que, com todo o facilitismo e uma história que deixa muito a desejar, na minha opinião, X&Y são os jogos mais fraquinhos de Pokémon para a 3Ds. Não são maus, mas os remakes e a sétima geração estão melhor conseguidos, a meu ver, conforme explicarei mais tarde.
Para concluir, falemos, como o costume, sobre a música: X&Y podem estar longe de ser os melhores jogos da franquia, mas a sua banda sonora não desilude. Nenhuma das bandas sonoras dos jogos principais de Pokémon desiludem, é quase uma impossibilidade física.
Sem surpresa, a música em X&Y caracteriza-se pelas influências francesas. O maior exemplo é o tema do Professor Sycamore, que parece mesmo saído de um trailer de uma comédia francesa. Outros exemplos são o tema de introdução ao jogo, o tema do laboratório do Professor, o tema de Dendemille – cujos acordeões, por acaso, me fazem pensar em moinhos.
Já que falamos nas cidades, os dois melhores temas, na minha opinião, são o de Laverre e o de Snowbelle. O primeiro, como referiu o Miguel, um dos meus seguidores mais recentes, bem podia ser o tema do tipo Fada. As notas de xilofone ou ferrinhos (não consigo descortinar todos os instrumentos) conferem um carácter delicado e mágico ao tema, como se estivéssemos a entrar no País das Maravilhas. A flauta e os violinos, mais tarde, no entanto, têm um tom um bocadinho mais para o nostálgico.
O tema de Snowbelle acaba por usar essencialmente os mesmos instrumentos, mas de uma maneira diferente. Começa sereno com as notas de xilofone ou ferrinhos e da flauta, mesmo adequado a uma cidade nevada, acabando por ganhar intensidade com a orquestra e com as notas de clarinete.
Por sinal, um dos melhores temas da banda sonora de X&Y é o da bicicleta: com a sua melodia alegre, primeiro no teclado (ou xilofone? Não tenho mesmo jeito nenhum para identificar estes instrumentos), depois na guitarra elétrica e a percussão. Se o Professor Oak ouvisse isto, deixaria de implicar connosco por andarmos de bicicleta dentro de portas. Este foi o último tema de bicicleta inédito até agora, na franquia, e na minha opinião é o melhor de todos.
Posso não gostar assim muito dos rivais em XY, mas a música que toca quando os encontramos é gira: alegre, inocente, perfeita para representar um grupo de amigos ainda crianças.
...isto apesar de, tecnicamente, o protagonista dos jogos ter dezasseis anos? Acho que alguém diz, a certa altura, que o protagonista tem a mesma idade que Emma, que é definitivamente adolescente.
Enfim, perdoem-me este aparte. Dizia eu que gostava do tema dos rivais. Melhor ainda são as versões lentas do mesmo. Uma delas parece uma canção de embalar. A outra lembra os temas de N, da quinta geração.
Na mesma linha, está o tema que soa durante os foguetes a que assistimos com Shauna. Na verdade, esta música é demasiado boa para aquilo que, essencialmente, é um capricho de um homem rico e mimado.
Falemos agora sobre os temas de combate. Não sou grande fã dos temas de Pokémon selvagens e de treinadores comuns, mas o tema dos ginásios tem sido um dos meus favoritos nestes jogos desde o início. É um tema muito eletrónico: começa grave e tenso, minimalista de certa forma, ganhando novas emoções quando soam as notas de guitarra elétrica.
Para além dos combates de ginásio, esta música foi também atribuída ao combate contra AZ e ainda toca quando, no fim, este sorri pela primeira vez. Esse é outro motivo para gostar desta música – porque fica associada a esse momento.
Mais uma vez, este é o último tema inédito de ginásios até ao momento. Ao contrário dos temas de bicicletas, no entanto, gosto dos seis de modo mais ou menos igual, não sou capaz de escolher um preferido.
O tema do combate com Korrina, com os Mega Lucario é muito parecido com este: a melodia é a mesma, com percussão e notas de guitarra elétrica mais intensas. É fixe, mas eu gosto mais do tema dos ginásios, por ser um pouco mais minimalista – o que não é muito comum na franquia.
Gosto do tema do combate contra Xerneas e Yveltal, conduzida por órgãos e com as notas ameaçadoras de guitarra elétrica logo a abrir. O único senão é mesmo o facto de a introdução durar mais de meio minuto, antes de a guitarra regressar.
Por sua vez, o tema do combate com os Lendários de Kanto é um remix épico do velhinho tema de Pokémon selvagens da primeira geração – mete um pouco de 8-bit e tudo!
Muito gosta a Game Freak the ordenhar a teta da nostalgia. O pior de tudo é que… resulta!
Por fim, Diantha pode não ser grande coisa enquanto personagem, mas o seu tema de combate é fantástico, representa-a bem enquanto Campeã: mistura a graça e o glamour de uma estrela de cinema, com a tensão e a solenidade de um combate final.
E é isto. Estiquei-me um bocadinho sobre estes jogos, mas teve de ser. Encerraremos a análise à sexta geração no próximo texto, sobre Omega Ruby e Alpha Sapphire. Já o tenho mais ou menos rascunhado (espero que não tenha de dividi-lo em dois...), não quero demorar muito a publicá-lo, mas não posso dar-vos uma data certa – com o Mundial à porta, vou ter de dar prioridade ao meu outro blogue.
Em todo o caso, obrigada pela vossa paciência. Continuem por aí!