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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

Within Temptation - Hydra (2014) #4

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Última parte da crítica a Hydra. Parte anterior aqui.

 
De acordo com a mitologia grega, a Hidra de Lerna era um monstro de múltiplas cabeças. Tal como o monstro de quem recebe o nome, o álbum Hydra, o sexto trabalho de estúdio dos Within Temptation, é multifacetado, equilibrando perfeitamente os elementos mais clássicos dos Within Temptation - alguns deles resgatados dos primeiros trabalhos da banda - com os elementos mais modernos e experimentais. Discos anteriores da banda, como The Silent Force, pecavam por terem sonoridade demasiado homogénea, repetitiva. Hydra é provavelmente o álbum mais diversificado da banda, sem, no entanto, deixar de ter consistência - um equilíbrio que é difícil de obter. A única coisa que tenho pena de não ter sido incluída em Hydra diz respeito aos elementos célticos. Enfim...
 
Outra característica que Hydra partilha com a criatura homónima é o facto de, visto que, quando uma das cabeças da Hidra era cortada, duas novas nasciam no seu lugar, esta era considerada invencível. De uma maneira análoga, este disco não tem fraquezas. É provavelmente o álbum mais sólido, mais homogéneo em termos de qualidade, que ouvi nos últimos anos. Tem músicas melhores do que outras, naturalmente, mas nenhuma delas se destaca gritantemente das demais, nem pela positiva nem pela negativa. Não há fillers, cada uma das músicas, das dez cabeças de Hydra, tem algo a oferecer, seja em termos de sonoridade ou em termos de história.
 

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Reza, ainda, a lenda da Hidra que esta se escondia na noite permanente de uma caverna escura. Uma das poucas maneiras pela qual podia ser derrotada seria trazendo-a para a luz do dia, onde perderia os seus poderes. Segundo o mito, a Hidra simboliza demónios interiores, os vícios, os defeitos da Humanidade. Estes, se não forem combatidos, tornam-se imortais, continuam a crescer dentro dos homens, regenerando-se continuamente. Só poderão ser vencidos quando deixarem de ser ignorados, quando forem arrastados para a luz, quando forem enfrentados. A outra maneira de derrotar a Hidra é cauterizando os cotos das cabeças depois de cortadas - por analogia, é igualmente necessário recurar às origens dos traumas e defeitos humanos para que estes possam ser curados.
Tudo isto vai em linha com a própria mensagem do álbum, revelada durante uma sessão de perguntas e respostas no Twitter (em que a Sharon respondeu a uma das minhas perguntas! High-five!): precisamente, reconhecer os próprios vícios e fraquezas, aceitá-los, saber transformá-los em forças. As músicas de Hydra falam de várias dessas dificuldades, dessas facetas sombrias, de como lidar com elas, de como vencê-las. Em linha com o que disse anteriormente, Whole World is Watching funciona como epílogo por se focar na mensagem geral do álbum, ao recordar os vários altos e baixos da vida, ao reforçar a necessidade de decidir quem verdadeiramente somos, de que fibra somos feitos, o que vamos fazer quando não houver fuga possível, quando tivermos de enfrentar a Hidra - o que quer que esta simbolize.

Nesse aspeto, no que toca ao conceito de Hydra, às histórias que as músicas contam, este álbum possui um grande potencial de me ajudar na escrita. Não esperava menos dos Within Temptation, de resto, já que esta é a característica que mais aprecio neles.  Agora, gostava de, em breve, vê-los pela primeira vez em concerto. Até porque muitas músicas de Hydra têm potencial para darem excelentes momentos ao vivo.
 

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Em termos musicais, 2014 começa, assim, da melhor maneira. Para além dos Within Temptation, uma das bandas que estará em destaque este ano será Linkin Park. A banda californiana já foi confirmada no Rock in Rio e eu, em princípio, vou. Comprei um daqueles bilhetes em promoção, no Continente, em que temos de escolher o dia até 31 de março. Estou a dar um compasso de espera, no pouco provável caso de os Within Temptation ou a Avril Lavigne serem igualmente confirmados - visto que, ao contrário dos Linkin Park, nunca vi estes ao vivo. Se, entretanto, alguns deles forem confirmados, escolho o dia deles. Não me perguntem, no entanto, o que farei caso os Paramore aparecerem no cartaz. O mais certo, contudo, é que eu marque para dia 30 e pronto. Não vou esperar até que o dia esgote.
 
Em todo o caso, com esta confirmação, podemos assumir, com um nível razoável de certeza, que eles editarão o sexto álbum de estúdio este ano. Nada sabemos sobre este trabalho, exceto que será pesado e sombrio. Depois de Living Things, as minhas expectativas estão altas para o seu sucessor. A ver se este consegue manter o nível, ou mesmo suplantá-lo. Em todo o caso, mesmo que esse álbum não chegue a ser editado ainda este ano, 2014 já se pode gabar de ter oferecido um disco de qualidade: Hydra, dos Within Temptation.
 

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Within Temptation - Hydra (2014) #1

 

2014 começa muito bem, com o lançamento do sexto álbum de estúdio da banda holandesa Within Temptation, Hydra. Um disco bastante variado, com muitas participações especiais - todas elas desconhecidas até ao lançamento das músicas em questão - em que a banda não desilude.

Ao contrário do que fiz com críticas anteriores, desta feita não vou ordenar as faixas de acordo com a minha preferência. Isto porque, neste álbum, a qualidade é relativamente homogénea, não existe nenhuma de que não goste, todas têm os seus pontos fortes. Assim sendo, neste texto seguirei a ordem da tracklist oficial.

1) Let Us Burn


"I'll face all that is coming my way!
Denying the devil of silence,
Embracing the world on the edge..."

A faixa de abertura de Hydra não é propriamente desconhecida. Foi uma das que foi lançada sob a forma de demo com o single Paradise (What About Us), em setembro de 2013. Segundo o que a vocalista Sharon Den Adel disse em entrevista recente, foi a primeira a ser composta para este álbum servindo, assim, de modelo para as faixas seguintes. Das três demos, Let Us Burn foi a menos alterada, logo, não existem grandes surpresas na versão final. As poucas alterações, no entanto, foram bem conseguidas, na minha opinião. Começando pela introdução, que a adequa à abertura do disco. Foram, também, adicionados vocais de Sharon à parte inicial e aqui e ali, ao longo da faixa. Este género de vocais é um denominador comum à larga maioria das músicas de Hydra e pergunto-me se não terá sido influência da participação de Tarja em Paradise.

Outro denominador comum à maioria das músicas de Hydra é o facto de, em várias musicas, como esta, repetirem várias vezes o verso que dá o título à faixa. É um vício que herdam da rádio atual e que, por vezes, se torna cansativo e passa por falta de imaginação.

Em todo o caso, fiquei satisfeita por terem retirado os efeitos à voz de Sharon na terceira estância, bem como do coro no fundo, aumentando o dramatismo desse segmento da faixa.

A letra de Let Us Burn não é propriamente original, existem melhores neste álbum - já toda a gente sabe que o fogo pode simbolizar revolta, os Jogos da Fome são um bom exemplo disso. No entanto, cumpre o seu papel, condiz com o dramatismo da música. Em suma, não sendo das mais marcantes de Hyrda, Let Us Burn abre bem o álbum.

2) Dangerous
 
 
"We're going on, no we'll never stop
We're going on 'till worlds collide"

Dangerous já havia sido lançada como segundo single de Hydra, no final do ano passado. Com a participação de Howard Jones, é provavelmente a faixa mais "moderna" do álbum, com o seu ritmo absurdamente rápido, pedindo headbangs. A participação de Howard enriquece a música, dá-lhe mais tensão. Gosto particularmente da terceira estância, em que o ritmo abranda ligeiramente, fazendo-me pensar num momento de êxtase provocado pela adrenalina. A letra fala, precisamente, da apetência por liberdade, experiências fortes, por viver nos limites, esticar a corda o mais possível - um tema que recorda The Unforgiving.

Se a música em si não desiludiu, o mesmo não se pode dizer no videoclipe. Penso que a banda perdeu aqui uma oportunidade para criar algo memorável. Em vez disso, há uma gritante falta de coesão entre as cenas patrocinadas pela Red Bull - mais adequadas a um estilo musical mais leve, menos dramático - e as da atuação da banda, que até estão bem conseguidas. As cenas em que Howard aparece também não encaixam - ele recorda-me demasiado o Timbaland, não um vocalista de heavy metal. Um tiro falhado sem que, contudo, impeça de apreciar a música.

3) And We Run


"Don't blink, you'll miss it
Lift up your head
We gotta get gone

Yeah, we outta here"

Esta será, certamente, a faixa que mais opiniões divide em Hydra. Mesmo eu demorei algum tempo a formar uma opinião. And We Run - que, segundo o que Sharon deu a entender numa entrevista recente, será single de Hydra - começa só com piano, a que se vão juntando acordes de guitarra e, depois, a bateria, num crescendo de tensão até ao refrão. Na segunda parte deste, ouve-se um crescendo de bateria, que se assemelha estranhamente a dubstep - será de propósito? - culminando nos primeiros versos de rap de Xzibit. Sim, rap. Quem diria que os Within Temptation incluiriam rap numa música?
 
 
Como seria previsível, esta participação do rapper Xzibit gera controvérsia entre os fãs e não só, mas eu gosto. Talvez por ser fã de Linkin Park - Mike Shinoda seria, igualmente, uma boa escolha para And We Run. A letra, que fala de demónios interiores, cicatrizes por sarar, desejo de fugir, acaba por ter, também, um tema muito Linkin Park. Na minha opinião, combina surpreendentemente bem com o resto da música, dando um elemento original àquilo que seria um típico tema dos Within Temptation. A única coisa que eu, eventualmente, acrescentaria seria uma segunda estância, cantada por Sharon, deixando o rap para a terceira parte da música. Admito, no entanto, que tal tornasse a faixa demasiado comprida - e Hydra já tem a sua quota-parte de faixas com cinco ou seis minutos de duração.


Segunda parte

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Músicas Ao Calhas: Somewhere

Hoje quero falar de uma música de uma das minhas bandas preferidas da atualidade: os Within Temptation. Já havia falado deles AQUI, a propósito do seu último álbum The Unforgiving. Hoje quero falar de uma das minhas músicas preferidas deles: Somewhere.

 
"I just need to know whatever has happened, the truth will free my soul"
 
A faixa faz parte do álbum The Silent Force, o meu preferido deles por, entre vários motivos, considerar que a voz da vocalista, a linda Sharon den Adel, se encontra no seu melhor, bem como a sonoridade: temos um equilíbrio quase perfeito entre o metal/rock pesado e as influências celtas. Somewhere é um bom exemplo deste carácter híbrido: é uma balada conduzida pelo piano e acompanhada por violinos - como muitas baladas da música pop - misturada com elementos mais característicos, como o coro - que, nas músicas dos Within Temptation funcionam como se fossem um instrumento individualizado. E nesta são particularmente emocionantes no final da música - instrumentos de sopro e instrumentos celtas. A interpretação de Sharon também está fantástica em Somewhere. Ela é uma das melhores vozes do mundo, angelical, com um alcance incrível - que eu não consigo atingir. Ou melhor, às vezes até até consigo mas fico a anos luz da voz da Sharon e com dores de garganta durante o resto do dia... Custa a acreditar que ela tenha treinado a sua própria voz, sozinha.
 
 
Somewhere fala sobre um amor perdido, cujo paradeiro é desconhecido, nem sequer se tem a certeza se está vivo ou morto. O sentimento que transparece é dor, desorientação, agonia, tranquilizadas por uma determinação férrea de encontrado o amado ou de, pelo menos, saber o que lhe aconteceu. Todo o arranjo musical que descrevi acima faz-nos pensar em romances épicos, medievais. Por outro lado, a música sempre me recordou o final de "O Memorial do Convento", a parte em que Blimunda passa anos percorrendo o País, à procura do seu amante Baltasar Sete-Sóis. E fá-lo de uma forma tranquila, sóbria, mas determinada, tal como descrevi acima.
 
Os Within Temptation também editarão um álbum este ano. Encontram-se, neste momento, em estúdio. O lançamento está previsto para o outono; o que, nas palavras dos mesmos, condiz com o espírito do disco.   Para além disso, a banda afirmou andar a "fazer experiências". Pela parte que me toca, espero que tragam de volta as influências celtas, que foram deixadas um pouco de lado em The Unforgiving. A banda já tem concertos marcados para daqui a um ano. Ando a fazer figas para que a digressão passe pelo nosso País. Em todo o caso, quando o nome do álbum for anunciado e o primeiro single for lançado, não deixarei de falar disso aqui no blogue.
 
Termino esta entrada com um tweet que me veio parar à timeline há uns tempos que considero que resume perfeitamente o propósito das Músicas Ao Calhas:

Mantenham-se ligados se quiserem conhecer mais destas histórias.

Músicas Ao Calhas - Nobody's Home e similares

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Quero introduzir aqui uma pequena variante dentro da rubrica Música Ao Calhas. Conforme já afirmei nesta entrada, a cantautora Avril Lavigne e respetiva discografia são o termo de comparação com que analiso praticamente todos os artistas e respetivos trabalhos musicais. De tal forma que acabo por rotular certas músicas de acordo com o tema de Avril Lavigne que me recordam: Nobody's Fool, Naked, Innocence, When You're Gone, Goodbye, I Will Be, etc. Tenciono, então, escrever algumas entradas de Músicas Ao Calhas sobre algumas dessas faixas-rótulo, bem como sobre músicas que a elas se assemelham. Começo hoje por Nobody's Home.



"She's fallen from grace
She's all over the place"

Nobody's Home foi o terceiro single e Under My Skin, o segundo álbum de estúdio de Avril Lavigne, Este é o álbum mais pesado da cantora, tanto em termos de sonoridade - dos quatro, é o disco mais rock, chega a ter influências góticas - como em termos de letras, por vezes exagerando no dramatismo.

Nobody's Home é razoavelmente representativa do espírito de Under My Skin. Resultou de uma colaboração entre Avril e Ben Moody, ex-Evanescence. A cantora escreveu a letra pensando numa antiga colega de escola que optou por maus caminhos. A letra - tanto desta faixa como das outras faixas de que falarei nesta entrada - fala de uma personagem feminina maltratada pela vida, marginalizada, perdida em vários aspetos. Na minha mente, assume a forma de uma sem-abrigo toxicodependente, que se prostitui para sobreviver e arranjar dinheiro para a droga. Mas também podia ser uma adolescente grávida, repudiada pela família. Nestas coisas, apenas somos limitados pela nossa imaginação.

Na verdade, Nobody's Home recorda-me o livro A Lua de Joana, de Maria Teresa Maia Gonzalez. Para aqueles que não o leram, é constituído por cartas de Joana, a personagem principal, destinadas a Marta, a melhor amiga que morreu devido à droga. A própria Joana acaba por se tornar também toxicodependente e, no fim, morre da mesma forma. Não se pode dizer que Joana tenha sido marginalizada, mas esta sente-se sozinha, ignorada pela família, em particular após a morte da avó. Na última carta do livro, antes de morrer, chega, curiosamente, a usar a expressão "Não está ninguém em casa". Devem, de resto, existir imensos casos semelhantes aos descritos, tanto no livro como na música - deve ser daí que vem o verso "She's all over the place"



No entanto, apesar de este conceito ser interessante, foi, na minha opinião, mal aproveitado, pelo menos no que toca à letra. demasiado simplista, fraca, sobretudo se compararmos com Everything Burns e Stand in the Rain - de que falarei mais à frente. Infelizmente, existem demasiados exemplos de letras fracas no trabalho musical da Avril - se em Sk8er Boi isso faz parte da graça da música, a maior parte dos temas saem enfraquecidos pela letra, em diferentes graus. Nobody's Home é um bom exemplo disso. Pelo menos nesse aspeto, acho que se desperdiçou uma oportunidade.

A força de Avril reside, de resto, nas melodias, na interpretação vocal, no tratamento dos instrumentos. Toda essa parte musical está bem construída em Nobody's Home: temos uma balada rock, dramática, algo gótica, conduzida pela guitarra acústica, sendo acompanhada por guitarras elétricas e violinos, estes últimos mais evidentes na parte final da faixa.

Em algumas apresentações ao vivo - como a mostrada acima - a música aparece com um arranjo diferente mas que funciona. Começa apenas com guitarra acústica e voz até ao fim do terceiro verso - o momento do cúmulo dramático - altura em que "explodem" as guitarras elétricas e a bateria.


O videoclipe de Nobody's Home é um dos mais interessantes da carreira de Avril. Aqui, a cantora desempenha o papel da personagem que descreve na música: uma jovem sem-abrigo que vive nas ruas, à margem da sociedade, desprezada por todos. As cenas da vida da jovem - dormindo no chão, tocando guitarra na rua, tentando lavar-se numa casa de banho pública, procurando abrigo da chuva em carros estacionados - alternam com cenas de Avril cantando acompanhada por uma orquestra, tratadas de modo a  assemelharem-se a um filme antigo. Existe uma versão alternativa desse videoclipe, em que estas cenas surgem a cores e em que, em adição às cenas listadas em cima, Avril aparece vageando num supermercado, sorrindo a uma criança no colo de uma senhora que, ao reparar na atenção da jovem, afasta-se olhando-a de lado - uma cena que, no meu ponto de vista, reforça a ideia de marginalização.


"Burn it all down 'cause my anger raise 'till everything burns!
Watching it all fade away..."

Ben Moody trabalhou noutra música muito parecida com Nobody's Home. Trata-se de Everything Burns, que integra a banda sonora do filme Quarteto Fantástico. Curiosamente, o plano inicial era Avril cantá-la, juntamente com Ben, algo que não chegou a acontecer - e que não lamento pois, provavelmente, traria demasiados ecos de Nobody's Home. Estou até convencida que uma das músicas inspirou a outra - as semelhanças entre ambas as faixas são demasiadas para ser coincidência. Em todo o caso, Anastacia foi bem escolhida e, com a sua voz poderosa, pôde espelhar a sua personalidade na canção, dando um verdadeiro espetáculo.
 
Conforme afirmei antes, Everything Burns tem várias semelhanças com Nobody's Home. Começando pela temática, que é essencialmente a mesma - a letra está um pouco melhor mas não muito - acrescentando referências a dor recalcada, reprimida, que se vai acumulando até transbordar, até "explodir". Em termos de tratamento musical, também não difere muito de Nobody's Home: também é guiada pela guitarra elétrica de Ben Moody, sendo acompanhada por violinos e algumas notas de piano. Destaque para o fim do segundo refrão, em que a música "explode" - como na versão ao vivo de Nobody's Home - refletindo bem o conflito descrito pela música. 

Destas três músicas, a minha favorita é Stand in the Rain, por Superchick, uma banda do chamado christian rock, de que sei muito pouco. Descobri-a em montagens de vídeos da Avril Lavigne - e, como podem ver, eu mesma montei um vídeo da música - em 2009. Foi depois de a ouvir que me apercebi das fraquezas de Nobody's Home, em particular em termos de letra. A de Stand in the Rain descreve uma situação semelhante às descritas em Nobody's Home e Everything Burns mas fá-lo de uma forma bem melhor, acrescentando uma mensagem de força e coragem, como forma de não se deixar afogar pela dor.

Stand in the Rain também se destaca das outras pela parte musical: conduzida por arpejos de guitarra, a que se juntam guitarras elétricas distorcidas e pesadas, notas de piano suaves e violinos frenéticos, dando uma nota dramática à faixa. Destaque para os solos após o segundo e o terceiro refrões, bem como para a sequência de piano no desfecho da música.


Há pouco mais de uma semana, Avril anunciou no Twitter o nome do primeiro single do seu próximo álbum. Nós, os fãs, assumimos que isso significa que o disco está, finalmente, pronto a ser editado. Aposto em maio ou junho para o lançamento. Quanto ao primeiro single, Here's to Never Growing Up, devemos ouvi-lo pela primeira vez algures nas próximas semanas - e mesmo só com o nome tenho já vários tópicos que planeio abordar quando escrever sobre a música. As próximas semanas, em particular após o lançamento de Here's to Never Growing, serão muito entusiasmantes, à medida que as informações sobre o álbum forem sendo reveladas. Já está a ser divertido acompanhar esse processo em relação ao álbum dos Paramore, quando for o álbum da Avril sê-lo-á ainda melhor. Nessa altura, talvez publique algumas entradas de antecipação ao álbum.

Uma vez que a médio prazo teremos bastante Avril aqui no blogue, nos próximos tempos vou evitar publicar sobre o tema - a menos que Here's to Never Growing Up seja lançada nos próximos dias. Tenho até várias entradas planeadas sobre outros cantores e músicas e tenciono tê-las publicadas em breve. Mantenham-se ligados. 

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