Música de 2019 #2
Segunda parte da minha retrospetiva musical de 2019. Hoje começamos com...
- Roxette e companhia ilimitada
Já estava nos meus planos falar sobre os Roxette neste texto antes de recebermos a notícia da morte de Marie Fredriksson, a vocalista feminina. A sua partida foi uma infeliz coincidência. Assim sendo, estes parágrafos não são exatamente iguais ao que seriam não fosse esta perda.
Já se sabe como é: depois de alguém morrer, temos a tendência de homenagear o defunto de uma forma que nem sempre fazemos quando a pessoa está viva. Um dos motivos pelos quais tenho este blogue é para contrariar essa mania, mostrar a minha apreciação por trabalhos mediáticos enquanto os seus criadores estão vivos – mesmo que seja altamente improvável eles lerem o meu blogue. Mas neste caso não fui a tempo.
A verdade é que, embora esteja um bocadinho triste com a morte da senhora, não sabia muito sobre ela. Marie foi diagnosticada com um tumor cerebral em 2002. Apesar de ter sido operada com sucesso, a sua saúde nunca recuperou por completo. Nas últimas digressões ela passava os concertos quase todos sentada, num estado visivelmente fragilizado. Em 2016 finalmente deu-se por vencida e reformou-se as digressões.
É possível que Marie estivesse em sofrimento nesta reta final, que o seu estado de saúde se degradasse cada vez mais a partir de agora. Talvez tenha sido melhor assim.
É também triste porque Bryan é apenas um ano mais novo. Nunca teve problemas graves de saúde e, mesmo que a idade se vá notando aqui e ali, ainda não dá sinais de abrandar. Ele diz que é a dieta vegan, mas acho que será sobretudo sorte: conta mais do que se pensa.
Já tinha referido num texto anterior que a música Listen to Your Heart me ajudou a definir o meu gosto musical em miúda. Durante algum tempo foi a única música dos Roxette que ouvia com alguma regularidade. Mais tarde (para aí há dez anos) houve uma altura em que andei obcecada com Sleeping in My Car. Com o passar dos anos, aliás, sobretudo desde que comecei a usar o Spotify, fui continuando a acrescentar canções deles às minhas playlists. Ainda hoje o faço.
Muitas dessas músicas estão dentro do estilo de Listen to Your Heart: baladas rock no feminino, emotivas mas confiantes, com personalidade. Fading Like a Flower e Spending My Time são provavelmente as minhas preferidas. Almost Unreal é uma descoberta mais recente e tenho andado um bocadinho viciada.
It Must Have Been Love, o maior êxito dos Roxette, também se encaixa nesse estilo. Está entre as minhas preferidas mas, como tenho andado a explorar outras músicas, tenho-lhe dado menos atenção ultimamente – porque já a conheço bem. Continua a ser uma excelente canção, como escrevem neste artigo. Eu destacaria o piano nesta canção, sobretudo o solo antes dos últimos refrões, em tom mais agudo.
Por outro lado, este ano tenho encontrado músicas dos Roxette que fogem um pouco ao rock mas que não são em nada inferiores às demais. Já conhecia Wish I Could Fly, embora não soubesse que era deles – havia uma altura há muitos anos (quando eu tinha treze ou catorze? Mais tarde?) em que a apanhava várias vezes na rádio. Breathe e Queen of Rain são agradavelmente atmosféricas, com letras a condizer.
Depois, temos músicas sem ser baladas, mais alegres e divertidas. Como referi acima, conheço Sleeping in My Car há muito tempo, embora me tenha cansado um bocadinho dela. Também gosto de Joyride (uma das mágoas da minha vida é não conseguir replicar os assobios) e sobretudo de The Look, ambas com vocais de Per Gessle. Confesso que a maior parte das canções de que gosto dos Roxette são cantadas a solo por Marie, mas os dois fazem uma dupla fixe.
Bem… faziam.
Ainda estou em modo de exploração, na verdade. E vou continuar. Vou continuar a adicionar músicas dos Roxette à fila, se gostar adiciono-as às minhas playlists. Talvez um dia compre um dos CDs: Look Sharp! ou Crash! Boom! Bang! Mesmo que Marie já não esteja entre nós, a musica dela está. E pelo menos da minha parte o legado dela não sofrerá de falta de apreciação.
Existem outros exemplos de pop rock/soft rock no feminino que tenho ouvido nos últimos anos, em particular no passado, se bem que menos que os Roxette. Pat Benatar é um desses casos, bem como Blondie – dá para ver que estes últimos são uma influência importante dos Paramore.
Por outro lado, os Cranberries também perderam a sua vocalista, Dolores O'Riordan, vai fazer dois anos daqui a dois dias. Tenho ouvido alguns singles deles, mas gosto muito de um cover de Zombie, dos Bad Wolves. Consta que o plano era Dolores contribuir com vocais para o cover. Infelizmente ela morreu antes de poder gravar. Os Bad Wolves acabaram por gravar o cover à mesma e lançá-lo como homenagem à cantora – os lucros reverteram para os seus filhos.
A meu ver, a versão dos Bad Wolves ganhou personalidade própria. Não apenas pela instrumentação mais pesada e atualizações da letra (como por exemplo “It’s the same old theme in 2018”), mas também porque a dor pela perda de Dolores acabou por se entretecer na música, dando-lhe um carácter ainda mais melancólico. O videoclipe contribui ainda mais para esse efeito, como poderão ver abaixo.
Outra música marcante este ano e que podia também ser incluída nesta secção foi Holding Out For a Hero, de Bonnie Tyler… mas antes tenho de falar sobre outra.
- Carry On & Holding Out for a Hero
Vou ser sincera, se as circunstâncias fossem outras, se por exemplo tivesse ouvido esta canção na rádio, esta teria entrado por um ouvido e saído por outro. Não sendo má, tem pouco que a distinga do resto da música mainstream dos últimos anos. Instrumentalmente, é uma espécie de pop tropical, disco tropical, com piano e sintetizadores, com um interregno musical mais ou menos dançante a seguir ao refrão – no caso desta música, uma sequência vagamente dançante com sintetizadores.
Existem canções neste estilo que exploram bem essa fórmula: Stay the Night, This One’s For You, Outside de Calvin Harris (gosto muito desta). Não acho que Carry On seja uma delas. Enquanto as melhores músicas neste estilo conseguem construir um crescendo, aumentando a excitação, culminando com o tal interregno musical, Carry On mantém-se sempre no mesmo nível, não atinge nenhum clímax.
Mesmo a letra em si não é nada de especial. Fala sobre amor e saudade, com algumas referências a praia e ao mar que lhe conferem características de música de verão. Pode referir-se a uma relação romântica, pode referir-se a uma relação platónica. Dá a ideia que a letra foi mantida vaga de propósito para que o ouvinte pudesse projetar os seus próprios significados nela. Sou a primeira a admitir que isso tem vantagens – passo a vida a fazê-lo, incluindo com esta canção – mas para um compositor e/ou letrista é o caminho mais fácil.
Como referi antes, se as circunstâncias fossem outras, Carry On ter-me-ia passado ao lado. No entanto, foi a música escolhida para os créditos do filme Pokémon: Detetive Pikachu. Agora, mesmo não tendo sido composta de propósito para este filme (consta que a primeira demo datava de setembro de 2016), faz parte do cânone da franquia – pelo menos na minha mente.
Um dia destes hei de escrever sobre este filme aqui no blogue. Posso adiantar desde já que gostei muito, mesmo não tendo sido perfeito.
A letra de Carry On podia ser aplicada à relação entre Tim e o Detetive Pikachu. Ainda assim, se me permitem, acho que se aplica ainda melhor a Digimon Tamers. Como disse antes, a letra fala em amor e saudade. As estâncias focam-se na saudade. No refrão, no entanto, o sujeito narrativo reconhece que o ser amado mudou a sua vida, ajudou-o a crescer, e promete seguir em frente por ele.
No fundo, Carry On é um resumo geral, ultra-simplificado, dos voicemails dos Treinadores para os seus Digimon, no CD Drama Message in a Packet.
Tendo eu dedicado uma grande parte do meu ano a Tamers e tendo Detetive Pikachu sendo um filme tão marcante, não posso deixar de referir Carry On como uma das músicas de 2019. Mesmo que a canção em si não seja nada por aí além. Às vezes basta um pouco de sentimentalismo – e eu sou extremamente sentimental e lamechas – para elevar uma canção mediana a algo extraordinário.
Falemos agora de Holding Out for a Hero. Esta foi usada no segundo trailer de Detetive Pikachu – depois de Happy Together ter sido usada no primeiro. De início não compreendi a escolha das músicas – e não apreciei muito. Iam lançar um filme de Pokémon, uma franquia com uma forte componente musical, e em vez que usarem essas músicas, iam usar canções pop?
No entanto, depois de pesquisar, fiquei a compreender a lógica. Se formos a ver (ou melhor, a ouvir), as duas canções – Happy Together, dos Turtles, e Holding Out for a Hero, de Bonnie Tyler – partilham características com os dois principais temas da franquia. No início dos respetivos trailers, ouvem-se notas discretas desses temas.
Happy Together (uma música de que não gosto muito, confesso), usada no primeiro trailer, é muito parecida com o tema principal de Pokémon nos jogos – o tema que ouvimos em quase todos os ecrãs iniciais de quase todas as versões, com variantes, claro. No site TV Tropes alegam que o tema dos The Turtles terá influenciado a música de Pokémon. É possível, mas não encontrei nenhuma fonte que o confirmasse.
Por sua vez, Holding Out for a Hero terá sido escolhida pelas suas semelhanças com Gotta Catch'em All, o primeiro tema de abertura do anime. Ambos se caracterizam pelo piano (ou teclado?) em ritmo acelerado, que entusiasma, que funciona bem como banda sonora de cenas de ação.
Entre Happy Together e Holding Out for a Hero prefiro a segunda. Não apenas pelos méritos da canção, também porque… eu adoro Gotta Catch'em All. Gosto do tema dos jogos tanto quanto qualquer fã da franquia mas para mim, por muitos defeitos que o anime tenha, o primeiro tema de abertura será sempre a música de Pokémon. Se a oiço quando não estou à espera, derreto como manteiga. Aconteceu neste filme – ouvir o Ryan Reynolds cantando-o a chorar é uma das várias cenas do filme que, por si só, valem o preço do bilhete. Aconteceu com dois dos trailers para Let’s Go – num usaram a versão inglesa, noutro usaram a versão portuguesa. Uma jogada suja porque… resulta.
Holding Out For a Hero fica, agora, associada a dois filmes de que gosto. Detetive Pikachu e Shrek 2: pela célebre cena a que serve de banda sonora.
Por muito que goste da versão original, tenho de admitir que a versão de Shrek 2, interpretada de forma soberba por Jennifer Saunders, é melhor. A instrumentação é mais moderna, com variações para acompanhar os eventos no ecrã. Além de ser uma combinação única de dance music com elementos orquestrais.
Suponho que tenha de falar do elefante na sala: a mensagem obsoleta e pouco feminista da canção. Não me incomoda muito. Quando a oiço, gosto de imaginar um videoclipe irónico, mostrando mulheres tomando conta de si mesmas, em diametral oposição à letra. Ou entanto, pura e simplesmente, pessoas salvando-se umas às outras.
Voltaremos a falar sobre Detetive Pikachu em breve, como referi acima. Prossigamos.
- Carly Rae Jepsen
Como poderão ler no texto correspondente do ano passado, Carly Rae Jepsen, cantautora canadiana, foi uma artista marcante para mim em 2018. Sobretudo por causa do álbum Emotion, a edição padrão, faixas extra e o EP Side B, lançado um ano mais tarde. Como tal, estava interessada no seu álbum novo Dedicated, lançado em maio de 2019.
Antes de mais nada, devo confessar que demorei alguns meses a dar a atenção devida a Dedicated. Como já referi aqui no blogue, muitas vezes só consigo ouvir um álbum como deve ser sob a forma de CD, no meu carro. Só comprei Dedicated perto do fim do ano.
Uma das coisas que me chateou foi o facto de Party for One não fazer parte da edição padrão do álbum – a que comprei em CD. Já com Emotion deixaram várias músicas excelentes de fora… mas este foi o primeiro single. Qual é a lógica? Obrigar toda a gente a compar a versão Deluxe?
Ainda preciso de passar mais algum tempo com Dedicated, mas, nesta altura, posso desde já adiantar que gosto da maior parte das músicas. Now That I Found You, Happy Not Knowing, The Sound (gosto muito do pré-refrão), I Want You In My Room (ameninada, engraçada, com um saxofone que me recorda Let’s Get Lost).
Too Much tem uma letra interessante – acho que todos conhecemos alguém assim, incapaz de meio termo, de moderação, que leva tudo ao extremo. A própria Carly, então, já admitiu ser uma romântica incurável. É possível que seja daquelas pessoas que, quando se apaixona, deixa-se levar pelas suas emoções – o que pode levar a que se magoe a si mesma ou a que assuste os demais.
A minha preferida até agora, no entanto, é Real Love. A sonoridade é semelhante à dance pop dos dias de hoje. Ao contrário de Carry On, no entanto, Real Love executa a fórmula com mestria. Um crescendo constante desde as estâncias, passando pelo pré-refrão, culminando com o último verso do refrão e o interregno dançante.
Mas aquilo que destaca Real Love das demais é a sua letra. Real Love exprime o desejo de encontrar amor num mundo cada vez mais degradado, numa altura em que parece que estamos todos em guerra constante uns com os outros (sobretudo na Internet), em que a apatia e a indiferença são uma tentação cada vez mais forte. Deseja-se amor verdadeiro, mesmo que não se saiba ao certo o que isso é.
No fundo, é Lesson Learned por outras palavras e noutro estilo musical. Com a diferenca de que na música de My Indigo já se tem amor. Em Real Love ainda se está à procura.
Falemos agora dos aspetos de que menos gosto em Dedicated. Os vocais artificiais em várias canções irritam-me – bem como os apitos e algumas escolhas de instrumentos. A sonoridade em geral é um bocadinho homogénea demais para o meu gosto.
Além de que todas as canções são sobre relações amorosas. Mesmo Party For One, que procura celebrar a solidão, começa como uma “break up song”. É certo que a larga maioria de Emotion também é assim, mas sempre tinha algumas exceções, como Boy Problems, L.A. Hallucinations e, até certo ponto, Making the Most of the Night (que também podia ser aplicada a uma amizade).
Aliás, tenho de dizer que numa ocasião, ao fim de algum tempo com Dedicated, fiquei com vontade de ouvir Emotion. Como disse antes, é possível que Dedicated suba na minha consideração no futuro, mas duvido que ultrapasse o seu antecessor. Dedicated pura e simplesmente fica atrás de Emotion.
Para sermos justos, era muito difícil ser melhor.
Pergunto-me se Dedicated terá um side B este ano, como Emotion teve. Aparentemente está nos planos de Carly, se bem que não necessariamente nos mesmos moldes do de Emotion. Afinal, Carly terá composto umas duzentas músicas durante os trabalhos para este álbum. Só estas quinze é que merecem ser ouvidas? Duvido.
Esperemos para ver.
E pronto, foi assim 2019 em música para mim. Existem outras canções e/ou artistas que ouvia com regularidade. Não acho que justifiquem uma secção, mas não queria deixar de mencioná-los.
Billie Eilish foi um dos fenómenos deste ano. Há uns meses pus-me a ouvir o álbum dela no Spotify. À primeira não gostei assim muito – só agora é que me estou a habituar ao estilo musical – mas Bury a Friend ficou-me logo na cabeça. Sobretudo a frase que dá título ao álbum “When we all fall asleep, where do we go?”. Também gosto de Bad Guy. Hei de ouvir mais músicas dela.
Por outro lado, nos últimos anos tenho andado interessada na música de António Variações. O filme inspirado na vida dele, que saiu no verão passado, reforçou esse interesse. A Canção do Engate é para mim uma das melhores da música portuguesa. Por outro lado, tive uns dias em que andei absolutamente viciada em Anjinho da Guarda. “Ele não, não usa aaaarmaaa… Ele não, não usa a foooorçaaa…”
Tenho também andado a explorar um bocadinho mais a discografia de Mika, sobretudo os seus dois últimos álbuns – o mais recente lançado este ano. Por fim, os Coldplay lançaram Everyday Life em novembro, mas preciso ainda de passar algum tempo com o álbum. Talvez escreva sobre ele – num texto independente ou no da música de 2020.
Como mudámos não apenas de ano como de ano como de década, muita gente tem aproveitado para fazer retrospetivas dos anos 10. Para mim não faz muito sentido. Uma década é demasiado tempo, muitas coisas acontecem, de bom e de mau. Gostos e opiniões mudam, alguns deles de forma radical. Tirando coisas muito gerais, é muito difícil encontrar aspetos que se tenham mantido consistentes ao longo de dez anos.
Suponho que possa referir os álbuns que mais me marcaram esta década (ainda que, lá está, estas opiniões não estejam gravadas em pedra): os dois que os Paramore lançaram, em 2013 e 2017, os dois álbuns de Lorde (sobretudo o segundo), Living Things dos Linkin Park, Post Traumatic de Mike Shinoda. Menções honrosas seria Goodbye Lullaby de Avril Lavigne, The Unforgiving e Hydra, dos Within Temptation, Bare Bones de Bryan Adams, My Indigo, Emotion, de Carly Rae Jepsen.
Em relação a 2020, teremos o projeto a solo de Hayley Williams, Petals For Armor. A primeira música (ou músicas? Ou o álbum ou EP inteiros?) sairá já este mês, no dia 22 – falaremos sobre isso na altura.
Tirando isso, e possivelmente o side B de Dedicated, não há nada de concreto planeado para sair este ano. Lorde tinha um álbum quase pronto no ano passado, mas entretanto morreu-lhe o cão que adotara no ano anterior. Pearl, que é como se chamava o bichinho, mudara a vida de Ella para melhor, como ela descreve na mensagem que escreveu: “Pearl trouxe uma quantidade imensurável de alegria e propósito para o meu mundo. Amor vibrava à nossa volta. Sentia a minha vida a crescer, inchando de saúde, esta esfera de satisfação brilhando à minha volta, de Pearl, da nossa família”. Supostamente, o seu terceiro álbum refletiria esse estado de espírito.
No entanto, com a perda de Pearl, isso mudou. Não sou capaz de censurá-la por precisar de tempo para, como ela diz, recalibrar antes de trabalhar no seu álbum novo – quando eu mesma tenho a minha Jane. Eu, aliás, andava contente por Lorde ter "seguido" o meu conselho e arranjado um cão e um gato, como revelara uns meses antes. Ninguém merece…
*breve pausa para festinhas à Jane*
Assim sendo, a haver álbum este ano, deverá ser mais para o fim. Não me importo de esperar. Se estiver ao nível dos anteriores, até se espera uma década, como a própria Lorde referiu uma vez.
Muito obrigada por terem acompanhado este blogue durante mais um ano. Vou agora tentar despachar os vários textos que tenho atraso, tanto aqui como no meu outro estaminé. Deixo-vos uma playlist com as músicas que se comentaram aqui, bem como as músicas que mais toquei no Spotify este ano (não são um espelho muito muito rigoroso, aviso desde já). A próxima publicação será, provavelmente, a análise a Petals For Armor, o que quer que isso seja – se forem mais do que três ou quatro músicas, devo demorar um bocadinho ainda. Continuem por aí!