Já se calculava que Let Me Go, o dueto de Avril Lavigne e Chad Kroeger - vocalista dos Nickelback e, agora, marido da cantora - seriam o terceiro single do seu álbum homónimo. Também se sabia que era possível que este single fosse lançado mais ou menos nesta altura, ainda antes do CD. No entanto, fomos todos apanhados de surpresa quando, quase sem aviso, Let Me Go foi lançada como single na passada segunda-feira.
"And two goodbyes led to this new life"
Composta por Avril, Chad e David Hodges dos Evanescence, Let Me Go é uma balada, conduzida pelo piano, acompanhada por violinos, sempre muito evidentes, bateria e, em certos momentos, uma batida muito discreta, só distinguível com headphones, que me faz lembrar uma pulsação. O tom melancólico, algo gótico, faz lembrar o álbum Under My Skin, músicas como Together. No entanto, as comparações mais gritantes são mesmo baladas dos Nickelback: músicas como Hero e Savin' Me. Let Me Go acaba, até, por ter algumas semelhanças com o cover que a Avril gravou de How You Remind Me. Não que isto constitua surpresa. Conforme já afirmei aqui, era expectável. E, tal como calculei, este lado dos Nickelback é compatível com o estilo da Avril.
A participação de Chad nos vocais e a sua provável influência na composição dão a Let Me Go aquilo que falta a Here's to Never Growing Up e Rock N Roll: o fator novidade. As vozes de Avril e Chad soam bem juntas - no entanto, fiquei um bocadinho desapontada com o facto de o Chad apenas cantar os vocais de apoio (ou backvocals) no refrão. Acho que haveria maior impacto caso ambos tivessem cantado os vocais principais em coro, se a voz do Chad tivesse tido maior destaque, em particular nos "Oh..." após os refrões. O "it's too late" do final da segunda estância ficou demasiado prolongado, devia ter sido cantado da mesma maneira como o primeiro foi. Por outro lado, a Avril fez coisas diferentes com a sua voz. Temos como exemplo os "Don't let me go, don't let me go" no final do último refrão e o arrepiante "Love's never too late" - esse, sim, merecia ser esticado ou, pelo menos, ter sido seguido de um "Oh" que se prolongasse pelo refrão. A parte final da música, o "outro" instrumental, está talvez um pouco longo de mais, mas confere uma aura de mistério à música e os vocais desvanecidos combina com a imagem dos ecos, na letra.
Esta foi a primeira canção em que a Avril e o Chad colaboraram - tanto vocalmente como em termos de composição. Segundo os mesmos, inicialmente Let Me Go era apenas sobre uma separação. Só que, entretanto, apaixonaram-se, ficaram noivos, não faria muito sentido lançarem um feat sobre o término de um relacionamento. Logo, alteraram a música de modo a incluir uma reconciliação. Acabou por ser uma boa ideia, na minha opinião, pois músicas de rompimento são o que não falta na discografia da Avril. A história de Let Me Go fica, assim, mais interessante. Há quem diga que cada um dos cantores fala de relações passadas e depois, na parte final, falam da relação um com o outro. É uma interpretação possível. Eu, no entanto, prefiro interpretar a música como a história de um relacionamento que precisava de uma rotura temporária, para que cada uma das partes resolvesse os seus problemas de modo a poderem começar de novo. De qualquer forma, à parte a história, em termos de qualidade de letra, não se pode falar de uma evolução significativa - o conceito das recordações de que é necessário abdicar já é recorrente, com destaque para a música My Happy Ending.
Estou particularmente curiosa em relação ao videoclipe de Let Me Go. Ando a torcer para que não façam um vídeo estilo Nickelback - geralmente os vídeos deles são protagonizados por atores contratados, a banda limita-se a aparecer interpretando a música. Se fizerem isso com Let Me Go, os fãs atiram-se ao ar, eu incluída. Estamos todos à espera de momentos Chavril. Eu, aliás, imagino um vídeo num cenário semelhante àquele onde se casaram e onde fizeram uma sessão fotográfica para a revista italiana Glamour.
Não fiquei desiludida com este primeiro feat original da Avril mas não posso dizer que este me tenha arrebatado, como aconteceu noutros lançamentos de músicas, quer da Avril quer de outros. Let Me Go é um single mais interessante, mais inovador do que os que o precederam e já ando a cantá-lo por aí mas não faz mais do que isso. Quero ver se o álbum Avril Lavigne terá músicas ainda melhores, por que me apaixone a sério. Posso também estar a ficar demasiado exigente... Em todo o caso, Let Me Go ajuda-nos a ligar com a síndrome de privação de músicas novas, consequente destes adiamentos todos do quinto disco da cantora. Faltam, agora, vinte e seis dias do lançamento oficial e já conhecemos as quatro músicas - venham as restantes!
Já se sabia há algum tempo que Rock N Roll seria o segundo single de trabalho do quinto álbum de estúdio de Avril Lavigne. Sabia-se que sairia em julho. Confesso que não andava particularmente entusiasmada com o lançamento da música. Segundo o que a própria Avril dissera, podia-se deduzir que pouco de novo traria. Estava mais ansiosa por saber mais sobre o quinto disco. Além de que a irritante lentidão que tem caracterizado os trabalhos relacionados com este álbum em nada tem ajudado.
Em linha com este espírito, quando ontem, quinta-feira dia 19 de julho, no site oficial da cantora, desafiaram-nos a nós, os fãs, a desbloquear Rock N Roll através de tweets, julguei que, na melhor das hipóteses, desbloquearíamos um excerto de vinte ou trinta segundos da faixa. Não deixei de participar na campanha, mesmo assim, juntamente com outros fãs. Ao fim de para aí duas horas, depois de ter excedido o limite de tweets e de os ter recuperado, para minha surpresa, a música foi divulgada na sua totalidade.
"I am the motherfreaking princess You still love me"
Não sei dizer se foi por a música ser, de facto, boa, de qualidade acima da média, ou se foi apenas a emoção pelo lançamento de uma faixa nova da minha cantora preferida, ainda por cima depois de duas horas antecipando este lançamento no Twitter. A verdade é que as mãos tremiam-me quando ouvi a música pela primeira vez e, depois disso, passei mais um par de horas, com Rock N Roll em repetição nos meus headphones, dançando pela casa fora, ora no meu quarto, ora na presença de outras pessoas, quando ninguém estava a ver.
Não demorei, contudo, muito tempo a aperceber-me que Rock N Roll é, no fundo, uma segunda versão de Smile - que também foi segundo single de Goodbye Lullaby e teve o mesmo produtor - tanto em termos de sonoridade como de letra. As semelhanças são gritantes. Tal como Smile, Rock N Roll assenta em batidas fortes e acordes de guitarra elétrica, que dão um carácter dançante e verdadeiramente contagioso, com uma parte em acústico antes dos últimos refrões. Mesmo a melodia é parecida, cantada da mesma forma, apimentada com "hey! hey! hey!" e "oh oh oh oh yeah", que deixam a música ainda mais cativante. Há também quem compare à clássica I Love Rock N Roll, criada por The Arrows e imortalizada por Joan Jett.
Uma coisa de que gostei muito em Rock N Roll foi a inclusão de um solo de guitarra. Tirando Sk8er Boi e outras faixas de Let Go, uma ou outra música nos outros álbuns, não existem mais solos de guitarra na discografia da Avril, apesar do seu registo predominantemente pop rock. O que é uma pena. Todos os apreciadores de rock gostam de um bom solo de guitarra.
Por outro lado, na minha opinião, o encerramento da música ficou demasiado apressado. Gostava que tivessem prolongado a parte final. Que tivessem repetido mais duas vezes a frase "Rock N Roll! Hey! Hey! Hey!" e esticado o solo de guitarra por detrás.
A letra descreve um relacionamento semelhante ao descrito em Smile: a uma narradora amalucada, roqueira, e um homem que a ama mesmo assim, que também é assim. Enquanto Smile se foca mais no lado romântico, Rock N Roll fala mais do espírito livre, que acaba por ser uma boa descrição da atitude que tem caracterizado a carreira musical da Avril: rebeldia no comportamento, na aparência, nas palavras, muitos dedos do meio levantados. Para além das referências a Girlfriend e a Bad Reputation, de Joan Jett mais uma vez, a letra traz ainda alguns ecos de Here's to Never Growing Up.
Uma das polémicas entre os fãs relacionadas com Rock N Roll tem sido, mesmo antes de a música tem sido lançada, se a faixa é suficientemente rock para merecer ser chamara Rock N Roll. Tem a ver, também, com a velha questão, se Avril Lavigne é rock ou pop, com que muitos fãs se debatem. Penso que já aqui expliquei que não ligo por aí além a este tipo de rótulos, que os considero limitativos, que não vou gostar mais ou menos de uma música consoante esta é mainstream ou não. Daí que, para mim, a questão sobre se a música da Avril é pop ou rock é secundária, para não dizer irrelevante. Considero que Rock N Roll tem suficientes elementos rock para o título não parecer ridículo. Por outro lado, não sei se o espírito descrito na música é rigorosamente aquilo que os especialistas entendem por atitude "rock and roll" mas, tal como afirmei anteriormente, descreve bem a Avril.
Como podem ver, Rock N Roll está longe de ser uma música do outro mundo, tal como Here's to Never Growing Up não o foi. Depois da última ter "recriado" Complicated, Rock N Roll "recria" Smile. Estou, aliás, com medo que este álbum traga pouco de original. No entanto, Rock N Roll teve o mérito de me deixar de novo enfeitiçada, dançando que nem uma maluca, tal como descrevi acima - algo que Here's to Never Growing Up não conseguiu fazer. Numa altura em que me começava a fartar dos caprichos da Avril e respetiva editora discográfica, em que pensava que, se calhar, já não gostava assim tanto dela, Rock N Roll aparece para me recordar do motivo pela qual continuo a referir Avril Lavigne como a minha cantora preferida. Para renovar o encantamento. E, se já fiquei assim com apenas mais um single, imaginem o estado em que ficarei quando o quinto álbum sair, finalmente, mesmo que, tal como mencionei antes, traga pouco de inédito. Juro que não consigo explicar porque é que isto acontece. Já o afirmei aqui várias vezes, no que toca à Avril não sou capaz de ser racional. A mulher enfeitiçou-me, e bem!
E acho que não fui a única.
O que me chateia, por outro lado, é continuarmos sem saber pormenores sobre o quinto álbum (título, capa, data de lançamento...). Se realmente sair em setembro (algo de que começo a duvidar), tudo isso terá de ser divulgado em breve. Em todo o caso, até lá, ainda sairá o lyricvideo e o videoclipe.
Entretanto, os Within Temptation têm também um álbum prestes a sair do forno e o primeiro single deve sair em breve. Pelo que dá para ver neste vídeo-teaser, parece que vem aí uma coisa em grande. Não deixarei de escrever sobre este single mas tenho medo que este saia quando estiver de férias e sem acesso à Internet. Mesmo que não consiga publicar logo a seguir ao lançamento, mantenham-se ligados, publicarei a minha análise assim que puder.
Isto é, se nessa altura já tiver conseguido ouvir outra música que não seja Rock N Roll. É que, até agora, está difícil...
Esta entrada de Músicas Não Tão Ao Calhas será diferente das outras porque, em rigor, esta música ainda não foi lançada, ainda não temos versão de estúdio. Temos apenas uma versão ao vivo, extraída de um vídeo amador:
"These days are long gone, but when I hear this song, it takes me back..."
Como podem ver, a música chama-se 17 e foi apresentada pela primeira vez ao vivo, num concerto "secreto", na noite de 25 de abril. Sendo uma versão ao vivo, de qualidade longe do ideal ainda que razoável, não posso avaliar a parte instrumental da música. Pelo que se pode ouvir deste vídeo, parece ser uma faixa conduzida pela guitarra acústica, com um ritmo semelhante a outras músicas de Avril (Girlfriend, The Best Damn Thing, What the Hell), acompanhada por teclados e guitarra elétricas, em algumas partes. Uma música alegre, de verão.
Em termos de letra, de conteúdo, acaba por ter um tema semelhante a Here's to Never Growing Up: exaltação do espírito jovem, da rebeldia, ambos imagens de marca da carreira da cantautora canadiana. No entanto, em 17 isso surge numa perspetiva diferente. Surge como uma recordação de uma história de amor juvenil. Pessoalmente, noto um espírito muito Bryan Adams em 17, em vários aspetos. O grande êxito do cantautor compatriota de Avril, Summer of 69, recorda igualmente uma paixão antiga. Mas a b-side de 11, Miss America, que acaba por ser uma versão mais romântica e... politicamente correta de Summer of 69, tem ainda mais semelhanças. Por outro lado, a expressão "wild and free" recorda-me Heaven.
Como podem ver, a nostalgia de um amor passado, a saudade da inocência dos tempos de juventude não são temas inéditos na música pop. No entanto, constituem uma novidade na discografia da Avril, que nunca revelou esta sua faceta nostálgica, saudosista. Suponho que seja, de certa forma, um reflexo da sua proximidade à década dos trinta - geralmente, não são os mais novos a ter saudades de tempos passados.
Por outro lado, durante muito tempo, a Avril pareceu retrair-se, de certa forma, no que tocava a canções de amor. Parecia relutante em declarar, preto no branco, que amava alguém. Isso só aconteceu em Goodbye Lullaby, há relativamente pouco tempo. Por isso, canções de amor como esta nela ainda sabem a novo.
É este carácter refrescante, ainda que apenas considerando a discografia da Avril, que torna, na minha opinião, 17 melhor que Here's to Never Growing Up - cuja fraqueza é, precisamente, a repetitividade, conforme mencionei na entrada anterior. Especula-se se 17 será o segundo single do quinto álbum. Eu preferia que tivesse sido o primeiro. Até porque, pelas semelhanças com Here's to Never Growing Up, duvido que 17 se torne single, pelo menos não para já.
Ainda não se sabe quando poderemos ouvir a versão de estúdio de 17. O lançamento do quinto álbum está previsto para setembro, mas um single será lançado antes. Se for 17, ao menos não teremos de esperar quatro ou cinco meses para ouvir a música com boa qualidade. Se for outra música, ao menos conheceremos uma terceira faixa do quinto disco e terei algo sobre que escrever aqui no Álbum.
Se Here's to Never Growing Up não me deixou caída de quatro, como outros lançamentos de Avril Lavigne, 17 esteve bem perto disso. Ainda não decorei a letra - tratando disso! - mas o refrão faz-me saltar e dançar, como a Avril costuma fazer em palco. A mulher continua com a capacidade de me apanhar de surpresa, quando menos espero. Tal como ela diz em Here's to Never Growing Up, acho que nunca vou mudar...
Daí que esteja ainda ansiosa por saber mais sobre o quinto disco de Avril Lavigne: título, capa, tracklist... Tais informações podem sair a qualquer momento ou podemos ficar mais dois meses sem saber mais nada. Mas ao menos já temos duas músicas com que nos entreter. Tudo o que é fã da Avril sabe perfeitamente que podia ser muito pior...
Entretanto, tenho mais uma entrada pronta para o blogue. A ver se a publico nos próximos dias.
A semana passada foi anormalmente agitada para mim, tanto por causa do trabalho académico como por causa das músicas novas todas. Não me interpretem mal. Tal como já disse anteriormente, estou muito feliz por uma das minhas bandas preferidas ter lançado um CD e por a minha cantora preferida ter lançado um single mas foram demasiadas emoções... Já falei, ao longo da semana passada, de Paramore, agora é a vez de Here's to Never Growing Up.
"Stay, if you stay forever
Hey, we can stay forever young..."
O novo single de Avril Lavigne, o primeiro do seu quinto álbum de estúdio, ainda inacabado, ainda sem título, é uma faixa conduzida pela guitarra acústica, em ritmo midtempo, com uma batida forte. A voz da Avril surge com efeitos discretos mas, na minha opinião, perfeitamente dispensáveis - é o que menos gosto na música. É , ainda, acompanhada por coros, que fornecem um carácter festivo à faixa.
Here's to Never Growing Up apresenta várias parecenças, tanto em termos de sonoridade como de letra, com várias músicas. Para começar, assemelha-se muito a Complicated, chegando a parecer uma versão moderna do primeiro êxito da cantora. Também me recorda Anywhere Else But Here, dos Simple Plan, mais discretamente, mais por causa dos coros. Outra comparação gritante é Cheers, de Rihanna - faixa que, ainda por cima, reutilizou um excerto de I'm With You - tanto no som como na letra.
O tema de Here's to Never Growing Up é muito Avril. Para nós, os fãs, já é, há algum tempo, uma private joke nossa o facto de Avril não parecer ter a idade que tem, de continuar a ter o aspeto de uma jovem de 18 anos. E, apesar do seu carácter multifacetado, a imagem que sobressai em relação a ela é a de uma eterna adolescente, de menina reguila. Não que ela seja, de resto, a única cantora com essa personalidade. Muitas estrelas de rock também são assim, apenas o disfarçam melhor. É esse o espírito que Avril abraça em Here's to Never Growing Up. Um misto entre miúdos travessos, deitando a língua de fora a quem os critica, causando confusão num centro comercial, como no vídeo de Complicated, e a velha máxima do carpe diem que, na música pop, se traduz sempre por sex, drugs and rock 'n' roll e respetivas variantes. Pelo meio, ainda há tempo para abordar o lado romântico da coisa.
Em suma, Here's to Never Growing Up é uma faixa agradável, o tipo de música que podia ser cantada numa noite de verão, na praia ou no campo, por amigos à volta de uma fogueira; num bar, enquanto se dança em cima de um balcão; num parque de skate, como em Complicated. Eleva o humor de uma pessoa sem precisar de se tornar demasiado agitada, como Girlfriend, arriscando-se a tornar-se cansativa.
A maior fraqueza de Here's to Never Growing Up é, de facto, a ausência de novidade. Apesar de, pelo menos em termos de sonoridade, a música ter poucas semelhanças com a discografia recente de Avril Lavigne, não existe praticamente nada de inédito em Here's to Never Growing Up. Para além do que disse acima, sobre as comparações com Complicated e Cheers, o que não falta por aí é música sobre viver o momento. Mesmo se só considerarmos a discografia da Avril, ela possui várias faixas em que explora a sua faceta de menina travessa, bem como sobre viver o momento. Anything But Ordinary, a b-side Take Me Away, Freak Out, What the Hell, Smile... Nesse aspeto, o cover que ela fez de How You Remind Me, êxito dos Nickelback, fascinou-me mais pois mostrou uma faceta diferente da cantautora.
Aproveito a ocasião para falar sobre outras duas músicas sobre o tema não-quero-crescer embora, como já disse antes, seja um tema já bastante abordado.
"Until the day I die, I promise I won't change...
So you'd better give up"
Uma dessas músicas é Grow Up, do primeiro álbum dos Simple Plan. Esta é uma típica faixa do pop punk que caracteriza a banda e, em conformidade com o espírito dos primeiros álbuns, assume o espírito de miúdos arruaceiros. Acaba por ter uma mensagem semelhante a Here's to Never Growing Up, embora vá ainda mais longe na irresponsabilidade associada à filosofia Peter Pan. Reflete, um pouco, a mentalidade de uma criança de dez anos.
"It's now how you look, it's how you feel inside!"
18 'Til I Die também aborda a filosofia Peter Pan. De entre as três de que falo nesta entrada, é a que apresenta a minha mensagem preferida. Também fala sobre não envelhecer, pelo menos não por dentro, mas destaca-se das outras duas pois o espírito que descreve não implica, necessariamente, falta de maturidade. Fala, simplesmente, em preservar o gosto e o entusiasmo pela vida, sem preocupações em relação ao passado ou ao futuro.
Não se pode dizer que ele não tenha passado essa filosofia à prática. Apesar de os vestígios da idade já estarem bem claros, tanto o Bryan como os seus companheiros de banca (destaque para o incomparável Keith Scott) continuam enérgicos e entusiasmantes em palco - pude conferi-lo ao vivo quando cá estiveram em dezembro de 2011. Como se, de facto, ainda tivessem dezoito anos.
Não me surpreenderia nada se o mesmo acontecesse com a Avril, se daqui a uns vinte ou trinta anos continuasse com o espírito de menina reguila que hoje a caracteriza.
Conforme afirmei acima, Here's to Never Growing Up é o primeiro single do novo álbum de estúdio da cantautora canadiana, que ainda não está acabado, mas que deverá dair durante o verão. Pelo que ela tem dio em entrevistas, o álbum terá músicas de vários estilos - como aconteceu, de certa forma, com Let Go. Ela falou em baladas e canções de amor - entre as quais um dueto com Chad Kroeger - mas também num dueto com Marilyn Manson, intitulado Bad Girl, e uma faixa, Hello Kitty, que eu prevejo ser no estilo de Girlfriend ou The Best Damn Thing. Estou ansiosa por saber mais sobre o álbum - começando pelo título - pois, apesar de não se comparar nem de longe nem de perto ao drama que foi o lançamento de Goodbye Lullaby, têm existido muitas incógnitas em relação a ele. Ainda estávamos no rescaldo do quarto álbum quando, há dois anos, apareceram supostos instrumentais de músicas novas. Nos últimos dois ou três anos - incluindo o verão de 2010, quando Goodbye Lullaby ainda nem sequer tinha sido editado - a Avril compôs e gravou com várias pessoas diferentes. E, de cada vez que afirmava ter concluído tais sessões de composição e gravação, tudo o que era fã assumia que o álbum sairia daí a pouco tempo - algo que nunca se confirmava.
Também estou ansiosa por mais música para além de Here's to Never Growing Up porque este single não me entusiasmou por aí além, pelas razões que mencionei acima, em particular a repetitividade. Não posso dizer que esteja surpreendida por isso pois, tirando Girlfriend, os primeiros singles da Avril nunca inovam muito em relação ao material anterior. E raramente se encaixam entre as minhas faixas favoritas. As melhores músicas vêm sempre com o álbum em si e, muitas vezes, no caso da Avril, nem sequer se tornam singles. Por isso, apesar de ainda não estar nessa fase, não se admirem se, aquando do lançamento do CD, estiver de novo caída de quatro pela mulher.
Já não é a primeira vez que digo isto. Depois, não digam que não os avisei.
Em todo o caso, sinto-me feliz por termos tido direito a ouvir novo material da minha cantora preferida, por estarmos mais perto de ouvir ainda mais. E, de qualquer forma, isto foram apenas as primeiras impressões. É altamente provável que a música ganhe novos significados com o tempo. À medida que forem saindo declarações da Avril sobre a música, o videoclipe, atuações ao vivo, novas músicas, tanto dela mesma como de outros cantores, entre outras coisas.
O mesmo se aplica ao álbum Paramore. Só publiquei a crítica há uns dias mas já tenho vontade de acrescentar coisas.
Será para isso que servirão as entradas de Música do Ano, no fim de dezembro. Ainda vamos em abril mas já prevejo que terei muito sobre que escrever nas entradas de Música de 2013.
Concluo invocando, de novo a frase que já citei noutra entrada:
...e as histórias das músicas do álbum Paramore, bem como do quinto álbum de Avril Lavigne estão apenas no seu início!