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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

"Nowhere else on Earth I'd Rather Be" ou Bryan Adams ao vivo pela terceira vez

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Yep, aquela sou eu. Fonte: Blitz

 

Bryan Adams atuou no Pavilhão Atlântico (nunca me convencerão a chamar-lhe MEO Arena) na passada segunda-feira, dia 25 de janeiro. Eu e a minha irmã estivemos lá, quase na primeira fila (tinha uma pessoa à frente). Não podia deixar de falar do concerto aqui no blogue. 

 

NOTA: Eu não sei como é com vocês, mas eu não gosto de spoilers em relação a concertos. Prefiro não saber de possíveis setlists, de truques de palco, de ocorrências engraçadas em concertos anteriores, entre outras coisas, dentro do possível, claro. Gosto de ser surpreendida, de descobrir coisas pela primeira vez por mim mesma e não por testemunhos alheios ou vídeos do YouTube – como, por exemplo, quando descobri acerca do Pressure-flip dos Paramore quando estes vieram ao Alive em 2011. Uma vez que já se passaram uns dias desde os dois concertos em Portugal, em princípio este texto não estragará a surpresa a ninguém. No entanto, pode ser que alguém esteja a pensar a ir a uma das datas da digressão no estrangeiro. Para essas pessoas fica o alerta de spoilers.

 

Depois de, em 2011, termos ficado nas bancadas e detestado (se eu quisesse assistir a um concerto sentada, teria ficado em casa, no sofá, a ver o DVD Live in Lisbon. E as pessoas ao nosso lado pareciam estar a dormitar…) e também por uma questão económica (os preços subiram imenso em apenas quatro anos, é uma coisa parva), este ano quisemos ir para a plateia. Para arranjarmos lugares decentes, chegámos lá com duas horas de antecedência (mas também pensávamos que o concerto começava meia hora antes). Tivemos de esperar uma hora ao frio antes de abrirem as portas, mas conseguíamos ouvir do lado de fora os testes de som, dando alguns spoilers da setlist.

 

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Eu, outra vez. Fonte: Blitz

 

 

Quando finalmente nos deixaram entrar no Pavilhão, eu e a minha irmã conseguimos ficar perto do palco, mais para a direita – cheguei a ter um dejá-vu pois foi quase a mesma posição em que fiquei no Rock in Rio de 2014. Ainda ficámos mis uma hora e vinte minutos à espera, entretendo-nos com a capa no ecrã gigante, que de vez em quando mexia os olhos, fazia duck faces, deitava a língua de fora, e, a certa altura, pousou-lhe uma mosca no nariz e rejeitou uma chamada no seu iPhone... 

 

Finalmente, o concerto começou com Do What You Gotta Do - por sinal, a canção de que gosto menos em Get Up, mas não deixei de cantá-la. Para além do álbum Get Up, a setlist foi também influenciada pelos 30 anos de Reckless – para além dos singles do costume, Bryan e os companheiros de banda tocaram também She's Only Happy When She's Dancin', Somebody e Kids Wanna Rock. Só ficou a faltar One Night Love Affair. Ele também tocou outros temas menos rodados, como I'll Always Be Right There, o cover de C'mon Everybody (numa versão mais rock que a de Tracks of My Years), e Lonely Nights – esta última em resposta a um pedido nas redes sociais (porque não me lembrei eu também de pedir músicas desta forma?).

 

Por acaso, houve uma altura, há cerca de... nove, dez anos (?!) em que andava a ouvir imenso esta música, imaginando-a tocada ao vivo. Foi fixe vê-la passar da imaginação à realidade sem muitas alterações - as expressões do Keith Scott nos backvocals, por exemplo, eram iguaizinhas ao que imaginei. É o que dá ter visto o DVD Live in Lisbon inúmeras vezes, na altura.

 

Gostei do facto de esta setlist ter equilibrado os Summer of 69's desta vida com temas menos rodados, como os que referi acima. Já tinha sido assim em 2011, cujo tema fora os 20 anos de Waking Up the Neighbours, rendendo temas como House Arrest, Do I Have to Say the Words, Depend on Me, Thought I'd Died and Gone to Heaven (que eu adoro). Foi um dos motivos pelos quais não me importei muito por ter falhado o concerto do Rock in Rio em 2012, no qual ele tocou quase só os singles habituais que toca em todos os concertos. São os temas de que toda a gente gosta, é certo, mas que não satisfazem completamente o fã mais dedicado, que tem favoritos entre os temas menos popularizados. O próprio Bryan admitiu, durante o concerto, que não é fácil agradar a toda a gente, que treze álbuns correspondem a muitas músicas. Eu falo por mim mas não fiquei com motivos de queixa em relação à setlist.

 

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Após a terceira ou quarta música, Bryan apresentou-se dizendo que, em Portugal, o seu nome é "O-Bryan". "O-Bryan?", perguntávamos nós. Sim, porque, em terras lusas, as pessoas cumprimentam-no com um "Ó Bryan, como está?". Ele tem sentido de humor, dá para ver, por exemplo, nesta entrevista (a propósito, será que lhe arranjaram carcaças, desta vez?). Mais tarde no concerto, ele diria algo como "This is kind of a new song for us, you may have heard it on the album, if you know it sing along..." antes de começar a tocar... (Everything I Do) I Do it For You. Como se diz em bom português, jajão.

 

Antes dessa, no entanto, já tínhamos tido outros pontos altos, como Heaven - em que o Pavilhão se encheu de luzes brancas, nós, na audiência, cantámos a primeira estrofe sozinhos, muitos agarrados aos mais-que-tudo.

 

Por outro lado, uma das minhas maiores expectativas era It's Only Love, sempre uma oportunidade para exibir as habilidades da arma secreta, como Bryan lhe chamou, Keith Scott, um dos melhores guitarristas do Mundo. Não fiquei desiludida.

 

Tivemos, contudo, um pequeno desapontamento. Para a canção Baby When You're Gone, o Bryan costumava chamar uma menina ao palco. Estando eu e a minha irmã muito perto do palco, estávamos as duas, como diz a minha irmã, cheias d'a fé. Eu ia mesmo pedir para tocar guitarra em vez de cantar - tinha andado a praticar e tudo! Bryan, no entanto, quis fazer uma coisa diferente: pediu uma "mulher selvagem" para dançar ao som de If Ya Wanna Be Bad Ya Gotta Be Good. Não é tão giro como subir ao palco, na minha opinião, mas sempre rendeu momentos engraçados, como poderão ver no vídeo abaixo. 

 

 

 

A feliz contemplada foi uma Joana, de top branco (ele só não me escolheu a mim porque eu estava vestida até ao pescoço, aposto... mas também não sou grande dançarina e demasiado tímida para aquele género de dança). Mas a Joana não se saiu nada mal e o próprio Bryan, como podem ver, não teve pejo em encorajá-la. Também poderão ver que ele tentou emparelhá-la com algum homem livre no concerto, antes de ela mostrar que era casada.

 

- Yeah, but he's not here - disse ele. Tinha ficado a jogar futebol - Of course. He's Portuguese? Of course he plays football!

 

Um aparte só para dizer que eu só aceitarei como marido (ou esposa) alguém que venha comigo a concertos, do Bryan Adams ou de outros artistas de que eu goste. Não acho nada de mais, até porque eu, ao contrário de muitas mulheres, não gosto assim tanto de compras nem de filmes lamechas e, além disso, sou fã de futebol.

 

 

 

Depois desta, ele tocou Here I Am, também a pedido - incluindo de um cartaz que se via na audiência. Fico em dívida para essa pessoa, pois é a minha canção preferida dele e ia ficar triste se não tivesse sido tocada. 

 

Tendo ficado muito perto do palco, mesmo em frente de um dos microfones, como se vê no primeiro vídeo, eu e a minha irmã pudemos ver tanto Bryan como Keith mesmo à nossa frente em várias ocasiões. Desta vez não cometi o erro do Rock in Rio de 2014 e procurei não desperdiçar essas ocasiões: sempre que olhavam na minha direção, soprava-lhes beijos, fazia-lhes corações com o dedos, apontava para eles quando as canções o justificavam. O ponto mais alto foi em 18 'Til I Die, quando o Bryan apontou para a minha irmã, a única naquela zona tirando eu que sabia a letra (estão na primeira fila e nem sequer sabem a letra de 18 'Til I Die. Tristeza...) e ela apontou de volta. Desde essa altura ela quem vindo a dizer que o Bryan cantou pelo menos aqueles três versos - We´re gonna have a ball, yeah/ We're gonna have a blast/Gonna make it last! - especialmente para ela. Até porque ela tem dezoito anos, precisamente.

 

 

 

Tal como já tinha acontecido antes, o concerto terminou com aquilo a que chamo um momento Bare Bones: Bryan sozinho com uma guitarra e uma harmónica. Antes, Bryan falou um pouco da sua infância em Birre, Cascais, dos seus primeiros passos no mundo da música: desde a música clássica do seu pai ao fado - altura em que percebeu o poder da música para tocar pessoas, independentemente das palavras - aos Beatles. De seguida, tocou Straight From the Heart. Gosto imenso de ouvir a música assim, só com guitarra e harmónica, realçando a relativa inocência da letra. 

 

Antes da última canção, All For Love, Bryan pediu-nos que acendêssemos todos os telemóveis e o Pavilhão Atlântico encheu-se de luz. Não gosto assim tanto da versão acústica da música, sobretudo por não incluir a terceira parte, mas não deixou de ser um belo encerramento de concerto.

 

E assim se passou mais uma das melhores noites da minha vida. Saí do Pavilhão Atlântico à beira da desidratação, com as pernas a querer colapsar. Fiquei dorida durante dois ou três dias e estou convencida que a constipação que apanhei está relacionada com o abuso das cordas vocais. Costumo dizer que, quando temos sintomas de bangover como estes, é porque tivemos uma das melhores experiências da nossa vida, é porque aproveitámos como deve ser. 

 

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O meu pai perguntou-me, quando regressámos a casa, se eu não estava farta do Bryan, após três concertos. Aparentemente, ainda não. Se o Bryan ainda não se fartou ao fim de mais de trinta e cinco anos e, por esta altura, de milhares de concertos, eu não me vou fartar ao fim de apenas treze anos (metade da minha vida, vejo agora) e três concertos. Como explica muito bem este artigo, existem bons motivos para uma pessoa ver várias vezes os mesmos artistas ao vivo. Vocês sabem que eu tenho uma relação muito próxima com a música - serve-me de companhia, de inspiração, de catarse, de ligação com outras pessoas. Um concerto dos meus cantores ou bandas preferidos é uma celebração disso. Uma celebração com mais gente igualmente tocada pela música e com os criadores dela. Uma maneira de mostrar a minha gratidão a esses criadores. 

 

Dizem que o dinheiro traz mais felicidade se for gasto em experiências, mais do que em objetos. Concertos de artistas de quem gosto são, para mim, um dos melhores exemplos disso. Daí que, sim, enquanto Bryan Adams estiver por aí às voltas dando concertos (e cheira-me que dá-los-á durante mais tempo do que se calcula), dentro das minhas possibilidades, eu estarei sempre lá. E, como reza a minha canção preferida, não haverá mais sítio na Terra onde preferisse estar. 

Bryan Adams - 30 anos de Reckless (2014) #1

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Em menos de um ano após o lançamento [de Reckless], o álbum que Adams fizera esperando que fosse tão bem sucedido como o seu anterior, dera seis singles de sucesso, vendera-se em quantidades que faziam o êxito de Cuts Like a Knife parecer bastante insignificante (...) e transformou Bryan Adams numa das maiores estrelas de rock do mundo. Adams diz que é capaz de indicar o momento exato em que ele se apercebeu do que acontecera (...) "Estávamos a fazer o mesmo que andávamos a fazer desde o início, o concerto era o concerto que dávamos há três ou quatro anos. E de repente tínhamos público. Uma arena cheia de gente que tinha vindo ver-nos. Tínhamos conseguido. Lembro-me de ir ter com o Keith, o meu guitarrista, e dizer 'Que fizemos de diferente? O que aconteceu?'. Ele encolheu os ombros.

 

Booklet da Edição Deluxe de Reckless

 

Como poderão deduzir a partir do excerto acima, Reckless, o quarto álbum de estúdio de Bryan Adams, foi o álbum que colocou o cantautor canadiano no estrelato. É este o álbum que inclui muitas das músicas que definem a carreira de Bryan e se tornaram autênticos clássicos do rock: Run to You, Summer of '69, Heaven... 

 

Visto que este ano, no dia 5 de novembro (no 55º aniversário de Bryan), se completaram trinta anos desde o lançamento de Reckless, Bryan decidiu lançar uma edição especial deste álbum com sete faixas inéditas. Eu vou aproveitar a ocasião para, não apenas analisar as músicas "novas, mas também falar das canções da edição original. 

 

Quero esclarecer desde já que esta não será propriamente uma crítica. Eu já não costumo ser imparcial nas minhas análises, tenho pesos e medidas diferentes para cada artista ou banda; nesta sê-lo-ei ainda menos pois os singles deste álbum são autênticos clássicos para mim, são intocáveis, estão acima de toda a crítica. No fundo, centrar-me-ei nos motivos pelos quais gosto destas músicas, bem como em algumas curiosidades, a maior parte delas retiradas do site pessoal de Jim Vallance, co-autor destas músicas, que teve a bondade de partilhar segredos por detrás da composição destas faixas. Contudo, para as músicas "novas" farei uma análise costumeira. Ao contrário do que pensava, estas músicas não são propriamente inéditas - depois de serem excluídas da tracklist de Reckless, com duas exceções, foram regravadas por outros artistas.

 

Tal como já vai sendo hábito, esta crítica virá às prestações. Ainda não sei quantas mas, visto que são dezassete canções, serão mais do que as costumeiras quatro. Respeitarei a ordem da tracklist pois, com a mistura de velhos clássicos e músicas desconhecidas (pelo menos para mim), não faz sentido estar a ordená-las por preferência. Assim, começamos por...

 

1) One Night Love Affair

 

 

 "All my senses say I'm in this much too deep

Now you're out of reach"

 

Reckless abre com uma faixa que foi single, embora não tenha tido o mesmo impacto que outros singles deste álbum. One Night Love Affair, tal como a larga maioria das faixas de Reckless, é conduzida por acordes de guitarra elétrica com um padrão característico, acompanhada por solos que fazem de segunda voz e bateria. Queira, aliás, chamar a atenção para este último instrumento, para o seu ritmo... eu chamar-lhe-ia "binário", mas não sei se é essa a designação correta. É um padrão de bateria simples, presente em muitas das músicas mais antigas de Bryan, mas que, por algum motivo, já não se ouve da música dos últimos dez, quinze anos.

 

Para dizer a verdade, atualmente ouve-se cada vez menos bateria na música, ponto.

 

Tal como diz o título, a letra de One Night Love Affair fala de um caso de uma noite que deixa sequelas inesperadas, numa altura em que o narrador já perdeu o rasto da mulher com quem se envolveu. Tal como acontece em várias músicas de Reckless, a letra é simples mas suficiente para contar a história de maneira eficaz.

 

Existe uma história engraçada por detrás desta música, revelada no site de Jim Vallance. Quando ele e Bryan estavam a trabalhar em One Night Love Affair, quiseram que, como habitual, o guitarrista Keith Scott fizesse o solo de guitarra. Em jeito de brincadeira, Bryan regravou o verso "If the night was made for love it ain't for keeps" (se a noite foi feita para o amor, não é para manter), alterando para "if the night was made for love it ain't for Keith" (se a noite foi feita para o amor, não é para o Keith), o que fez o guitarrista quase cair da cadeira com as gargalhadas. Consta que por vezes, em concertos, Bryan canta o verso alterado fazendo um gesto para Keith. Estou a contar que faça o mesmo num eventual concerto em Portugal da digressão dos trinta anos de Reckless. 

 

2) She's Only Happy When She's Dancin'

 

 

"Nothin' matters until Monday so she goes insane"

 

Na entrada sobre Tracks Of My Years, falei sobre a voz de Bryan, caracteristicamente rouca. Esta voz não se fez de um dia para o outro, demorou uma mão-cheia de anos. Se compararem os primeiros álbuns de Bryan com TOMY, hão de reparar na diferença. Reckless foi apenas o quarto álbum de Bryan, a sua voz ainda não estava no ponto certo (na minha opinião, só chega a esse ponto com Waking Up the Neighbours). Isto nota-se particularmente em She's Only Happy When She's Dancin', os vocais ainda algo imaturos, demasiado gritados.

 

Esse é, praticamente, o único defeito desta faixa. De resto, sem ser nada de extraordinário, é uma música interessante, a única música não single (tirando as "novas") que fica na memória. A sonoridade obedece à fórmula do álbum, sem nenhum aspeto que se destaque. A letra, por outro lado, conta uma história diferente do habitual - a história de uma mulher que leva uma vida monótona e cinzenta, presa à rotina, que só ganha cor quando o fim-de-semana chega e ela vai dançar. 

 

3) Run to You

 

 

 

"I know her love is true

But it's so damn easy making love to you"

 

Run to You foi o single de apresentação de Reckless (embora Heaven andasse a ser tocada nas rádios havia algum tempo) mas que, na verdade, esteve muito perto de não ser editada. Segundo Vallance, a música inicialmente fora encomendada por um produtor mas este, no fim, não gostou dela. Bryan e Vallance ainda tentaram enviá-la a outros artistas mas todos a rejeitaram. Bryan esteve perto de rejeitá-la ele mesmo. Foi o produtor Bob Clearmoutain quem o convenceu a incluir a música em Reckless. E ainda bem que o fez, pois Run to You tornou-se um dos grandes clássicos da carreira de Bryan.

 

A letra é curta, direta, mas suficiente para contar a história de um triângulo amoroso, mas o ponto forte de Run to you é outro. Durante alguns anos, a música nunca me atraiu por aí além. Foi só quando, nas aulas de guitarra, o meu professor disse que tinha as pautas da música e eu pedi-lhe que me ensinasse, que passei verdadeiramente a gostar da canção. Chegámos a gravar a nossa versão de Run to You, que apresento em baixo. Eu toco a melodia, um colega meu (já não me lembro do nome dele...) toca a guitarra rítmica e o meu professor toca o baixo. Os pontos fortes da música residem, precisamente, nos instrumentos, no riff característico, no solo de guitarra, nas linhas de baixo - é divertida de tocar. 

 

 

 4) Heaven

 

 

"Now our dreams are coming true

And through the good times and the bad

Yeah, I'll be standing there by you"

 

Heaven é a única balada em Reckless e, tal como já expliquei antes, a minha canção de amor preferida. Como já falei sobre esta música antes, não tenho muito mais a acrescentar. Destaco apenas que Heaven tem uma sonoridade muito diferente do resto do álbum (faixas extra incluídas), parecendo um outlier, sendo esse um dos motivos pelos quais esteve quase a ser deixada de fora. Ainda bem que tal não chegou a acontecer, pois Heaven teve um sucesso monstruoso, à semelhança dos outros singles de Reckless. 

 

Se formos a ver, três das músicas que definiram a carreira de Bryan - Run to You, Heaven, Summer of '69 - estiveram perto de nunca serem editadas. É a prova de como o sucesso de uma música ou de qualquer trabalho artístico pode ser completamente imprevisível e, algumas vezes, os próprios criadores não são as pessoas com melhor discernimento para determinar o potencial da música.

 

 

Mantenham-se ligados, vou tentar publicar a segunda parte da análise em breve.

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