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Álbum de Testamentos

"Como é possível alguém ter tanta palavra?" – Ivo dos Hybrid Theory PT

Avril Lavigne

 

Já publiquei cá no blogue duas críticas a álbuns musicais e tenciono publicar mais umas quantas nos próximos tempos. No entanto, sinto que, antes de mais nada, devia ter falado sobre a minha maior referência no que toca a música, aquela com quem comparo, quer consciente quer inconscientemente, praticamente todo e qualquer cantor ou banda: a minha cantora preferida: Avril Lavigne.
 
Faz mais ou menos agora nove anos desde que a conheci, quando comecei a ouvir I'm With You várias vezes na rádio. Não me tornei imediatamente fã, pelo menos não conscientemente. Contudo, ao longo dos meses que se seguiram, ainda antes de saber o nome dela, dava por mim cantarolando: "Isn't anyone trying to find me? Won't somebody come take me home?". Mais tarde, conheci Complicated e Sk8er Boi na rádio e, quando saiu o Under My Skin (o segundo álbum dela), comecei a ver os videoclipes de Don't Tell Me e My Happy Ending - até à data, dois dos meus preferidos, juntamente com Complicated e Alice. Finalmente, comprei os dois CD que ela havia lançado até à altura (Let Go e Under My Skin) e fiquei fã. Agora, há já uns bons sete ou oito anos, tem-se mantido como a minha cantora feminina preferida. 
 
Existem muitos motivos para tal. A sua voz, inconfundível, inimitável, que considero a melhor voz feminina do Mundo. O facto de ter músicas para todas as ocasiões, de praticamente cada uma das músicas da sua discografia ser diferente de todas as outras, sem se desviar do estilo pessoal - quer dizer, tem algumas exceções mas até agora, não encontrei um único cantor ou banda que conseguisse ter um trabalho musical tão variado, sem perder a sua identidade. A maneira como mete o seu cunho pessoal em tudo o que faz, como é genuína, não recorrendo a artifícios, a alter-egos, a máscaras, por motivos comerciais, para aumentar a popularidade, ao contrário do que fazem a maioria das cantoras femininas hoje em dia, como me ensinou a ser assim, a ser fiel a mim mesma, aos meus princípios, independentemente de isso agradar a outros ou não.



Podia escrever mais umas duzentas linhas sobre os motivos pelos quais adoro a Avril, mas vou passar ao motivo principal. Avril Lavigne é uma das razões principais - se não for a principal - pela qual neste momento sou uma autora publicada. Por vários motivos. Para começar, as músicas dela têm servido de fonte de inspiração, algumas delas seriam a banda sonora perfeita de certos momentos dos meus livros. Além disso, a Avril despeja a sua personalidade, os seus gostos, o seu coração, nas coisas que faz, sejam estas a sua música, a sua linha de roupas, os seus perfumes, a sua Fundação. Eu procurei fazer o mesmo com a minha escrita. Sei perfeitamente que, na sua essência mais básica, os meus livros não são absolutamente originais. No  entanto, tenho sempre procurado recorrer aos meus gostos, às minhas paixões,  aos meus estudos, às minhas crenças, de modo a criar algo que, ainda que não seja propriamente único, não possa ser criado por mais ninguém.


A maior razão de todas, contudo, é o facto de ela, com o seu exemplo, com a mensagem que tem transmitido, através das suas músicas e não só, ter-me ensinado o que mais ninguém me ensinou: a acreditar em mim própria, a saber o que quero, a lutar por isso, independentemente das opiniões dos demais. Foi ela quem me deu a coragem de verter a minha alma no meu livro e de fazer com que ele fosse publicado.

É por estas e por outras que me é quase impossível ser imparcial em relação à Avril. Não que ela esteja acima das minhas críticas, longe disso. Mas a verdade é que eu hei de gostar de praticamente qualquer coisa que a Avril faça, qualquer música que a Avril lance. Mesmo que ela lançasse um CD fraquíssimo,  eu haveria de gostar à mesma e de passar os dias seguintes a ouvi-lo e a cantá-lo outra e outra vez. Mesmo que as músicas nada tivessem a ver comigo, mesmo que eu as detestasse, haveria sempre de arranjar motivos para as adorar. Ou por ser o primeiro material inédito em muito tempo, ou porque até tem uma certa piada, ou porque gosto daquele segmento, ou simplesmente porque sim, porque foi a Avril a compô-la e a interpretá-la. Sou maluca a esse ponto! Quer isso esteja certo ou errado, adoro a música dela para lá do racional. E a verdade é que, até ao momento, não há mais nenhum cantor ou banda que tenha conseguido cativar-me a esse ponto, que me faça gostar quase automaticamente de qualquer coisa que grave, que me faça cantar e dançar, que me faça rir e chorar, que tenha influenciado tanto a minha maneira de pensar e agir, que me tenha encorajado, com a sua mensagem e o seu exemplo, a seguir o meu próprio sonho, que me tenha inspirado em tantos sentidos, que traga tanta alegria à minha vida…

Em suma, que me perdoem este ostensivo, confesso e militante favoritismo, mas, para o bem e para o mal, não há, nunca houve e, provavelmente, nunca voltará a haver, outro cantor ou banda como Avril Lavigne!

E como que para provar que não estou sozinha nisto, que existem outros como eu cá em Portugal, divulgo aqui um vídeo feito por fãs portugueses - incluindo eu própria, embora o meu contributo não seja muito significativo - precisamente para declarar o nosso amor pela cantora canadiana e fazer-lhe um apelo para que venha a Portugal.

Primeira entrada

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O meu nome é Sofia Almeida e tenho vinte e dois anos. Sou estudante de Ciências Farmacêuticas e escritora. Lancei no início deste ano o meu primeiro livro, "O Sobrevivente", através da Chiado Editora.
 
Sou, sobretudo, uma rapariga com muitas obsessões, maluqueiras, taras, paixões, interesses, doenças - chamem-lhe o que quiserem. Adoro música, livros, a Seleção Nacional de Futebol - sobre ela, tenho já outro blogue, chamado "O Meu Clube é a Seleção" - séries, filmes, etc. Todas estas minhas paixões são suportadas pela escrita - a maior paixão de todas. O meu livro acaba por ser um pouco o reflexo de todas estas paixões, o reflexo de mim própria - falarei mais em pormenor sobre o meu livro mais tarde, noutra entrada. A escrita é uma grande parte de mim, é-me quase uma necessidade fisiológica. É por isso que ando sempre com uma caneta no bolso e um caderno A5 - ou menor - na carteira. Passo a maior parte dos meus tempos mortos escrevinhando: quer seja para os meus livros, para o meu blogue da Seleção ou por outro motivo qualquer. Sou capaz de escrever em diversos locais. Já o fiz em cafés - poucas coisas superam um café pingado bem tirado enquanto se escreve ou se toma nota de notíciacrís tiradas de jornais para "O Meu Clube é a Seleção" - no Metro, no comboio, no cinema (antes de o filme começar e no intervalo), em parques ou jardins, no carro (parado!), com o caderno sobre o volante, na praia... Tenho a certeza que existem outros sítios para além destes mas, neste momento, não me recordo.
 
Ora, há cerca de um ou dois anos, talvez por ter ganho o hábito de ler críticas de livros, filmes, séries, música, comecei a escrever as minhas próprias críticas, ao último CD que tinha ouvido, ao último livro que tinha lido. Publiquei algumas delas no Fórum Avril Portugal. Contudo, recentemente, comecei a ter pena dos outros membros do Fórum, que tinham de levar com os meus testamentos. Por isso, decidi criar um espaço onde pudesse publicar tais testamentos sem impô-los a ninguém. Onde estes pudessem ficar guardados para encontrá-los facilmente se, no futuro, me apetecesse voltar a lê-los. E assim surgiu este blogue, este álbum de testamentos.
 
O Álbum será então um espaço para a minha escrita que não se enquadre nos meus livros ou n'"O Meu Clube é a Seleção". Pelo menos por enquanto, basear-se-à muito em críticas a CDs, livros, filmes, séries e afins. Tenciono, aliás, começar por publicar aqui textos que escrevi anteriormente, alguns deles já disponíveis no Fórum Avril Portugal. Mas também poderei por escrever sobre outros assuntos. Será consoante o que me der na gana.
 
Comentários, concordando ou discordando das minhas opiniões, são desde já bem-vindos. 

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